Sinônimos:
ALFAGLIC soromucóide, mucoproteína
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não necessário.
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
– Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Uma fração das glicoproteínas séricas ricas em polissacarídeos ácidos foi designada como mucoproteína, sendo uma das primeiras frações a serem isoladas e relacionadas como proteínas de fase aguda. A alfa-1-glicoproteína ácida (GPA) é o componente quantitativamente mais importante da mucoproteína, sendo a porção carboidrato da molécula relacionada a processos de modulação do sistema imune.
Indicação:
No monitoramento de processos inflamatórios em geral. É útil também no diagnóstico diferencial entre transudato e exsudato em líquido ascítico, derrame pleural ou pericárdico.
Interpretação clínica:
Eleva-se na artrite reumatóide, no lúpus eritematoso sistêmico, nas doenças intestinais inflamatórias e em outros processos inflamatórios. Seus níveis também sobem em processos de grande proliferação celular, como o que ocorre nas neoplasias. A alfa-1-glicoproteína ácida se mostra ainda bastante elevada em derrames de causa neoplásica.
Sugestão de leitura complementar:
Picheth G, Bresolin PL, Pereira Jr O, Jaworski MCG, Santos CM, Pinto AP, Scartezini M, Alcântara VM, Fadel-Picheth CMT. Mucoproteína versus alfa-1-glicoproteína ácida: o que quantificar? J Bras Patol Med Lab 2001; 38(2): 87-91
Shiyan SD & Bovin NV. Carbohydrate composition and immunomodulatory activity of different glycoforms of alpha-1-acid glycoprotein. Glycoconj J 1997; 14(5): 631-8
Sinônimos:
Urato sérico, AU no sangue
Instrução:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
É o produto final do catabolismo das purinas. Seus níveis séricos estão diretamente relacionados com a velocidade de sua formação e inversamente com a velocidade e a capacidade de excreção. Outros fatores, como predisposição genética, raça, sexo, idade, peso corporal, ingestão de álcool, diabetes, dislipidemia, dieta e uso de medicamentos também influenciam seus níveis séricos. Sua eliminação está relacionada com a ingesta e o catabolismo das nucleoproteínas. Em condições normais setenta por cento do ácido úrico é eliminado por via renal e 30% pelo trato gastrintestinal. A minoria de pacientes com ácido úrico elevado desenvolve gota.
Indicações:
Avaliar o metabolismo das purinas. O ácido úrico é o seu principal produto final nos fígado, intestino e músculos. O balanço dinâmico entre a produção e excreção determina a sua concentração sérica.
Interpretação clínica:
Os níveis séricos variam com o sexo e idade. Crianças têm níveis mais baixos devido à maior depuração renal. Os achados de hiperuricemia são mais comuns e importantes que a hipouricemia. Nos adultos há correlação de ácido úrico com os níveis séricos de uréia e creatinina, superfície corporal, pressão arterial, e ingesta de álcool. Pode estar elevado em até 80% dos pacientes com hipertrigliciridemia e na resistência insulínica. Três tipos de doença renal estão associadas à hiperuricemia: nefropatia hiperuricêmica aguda, nefrolitíase e nefropatia gotosa. Um grande número de drogas influencia o seu resultado. Outros fatores que podem alterar o ácido úrico: a hiperuricemia pode ocorrer por aumento da produção, aumento do metabolismo ou diminuição da excreção das purinas: dieta excessiva em purinas, deficiência de glicose-6-fosfato, leucemias, linfomas, síndromes mieloproliferativas, anemias hemolíticas, anemia perniciosa, anemia falciforme, mieloma múltiplo, quimioterapia, psoríase, insuficiência renal, acidose metabólica, cetoacidose diabética, hipercalcemia, diversas drogas principalmente diuréticos e salicilatos em baixas doses (< 4g), entre outras. Já a hipouricemia pode ocorrer por aumento da velocidade de excreção ou diminuição da produção: síndrome de Fanconi, doença de Wilson, secreção inapropriada de ADH, salicilatos em altas doses, warfarin, dieta pobre em purinas, alopurinol, clofibrato, síndrome paraneoplásica, uremia, após grandes cirurgias e outras.
Sinônimos:
Folato, Vit. B9
Instruções:
Informações de preparo e coleta.
Preparo:
– Este exame necessita de 4 horas de jejum.
– Não ingerir medicamentos com folato imediatamente antes da coleta.
– Não ingerir suplementos com biotina 3 dias antes da coleta.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
O folato atua como cofator em reações de transferência. É absorvido no trato gastrointestinal, proveniente diretamente da dieta ou a partir de folato sintetizado por bactérias intraintestinais. A deficiência de folato leva a quadro hematológico quase indistinguível do causado pela deficiência de vitamina B12, com anemia megaloblástica, estando associada à diminuição da capacidade de síntese protéica e divisão celular.
Indicação:
Detecção de deficiência de folato (condição inibitória da síntese de DNA desencadeadora de anemia megaloblástica) em gestantes, usuários de medicamentos inibidores do folato e pacientes com síndromes malabsortivas (doença celíaca, doença de Crohn, outras); monitoramento de terapia com folato.
Interpretação clínica:
A principal manifestação clínica da deficiência de folato é anemia megaloblástica. Valores aumentados: dieta vegetariana, deficiência de vitamina B12, neoplasias. Valores diminuídos: deficiência primária de folato dietético, hipertireoidismo, anemia perniciosa, alcoolismo, má nutrição, doenças hepáticas, deficiência de vitamina B12, hemodiálise crônica, doença celíaca adulta, anemia hemolítica, carcinomas, mielofibroses, gravidez.
Interferentes:
Hemólise, lipemia, exposição à luz, anticonvulsivantes, metotrexato, colchicina, estrogênios, contraceptivos orais, álcool, ácido aminosalicílico, ampicilina, cloranfenicol, eritromicina, lincomicina, penicilina, tetraciclinas.
Sinônimos:
Bacterioscópico de fezes
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Enviar 5g de fezes em pote estéril.
Interpretação:
Exame útil no diagnóstico rápido de algumas infecções, antes que se dê o crescimento bacteriano na cultura.
Indicações:
Teste rápido para o diagnóstico de agentes infecciosos em materiais coletados com swab, aspirados e exudatos, escarro, líquor ou outros fluidos orgânicos, urina (não é necessária centrifugação), biópsias ou fragmentos de tecidos, cultura em caldo e colônias obtidas de meios sólidos. Apesar da vantagem da rapidez em relação á cultura, tem baixa sensibilidade e resultados negativos não excluem a presença de microrganismos que podem crescer posteriormente na cultura.
Interpretação clínica:
As bactérias são caracterizadas com base no tamanho, morfologia, agrupamento e comportamento em relação aos corantes.
Sugestão de leitura complementar:
Estrela C, Pécora JD. Características da Citologia Bacteriana. Programa Incentivo à Produção de Material Didático do SIAE – Pró-Reitorias de Graduação e Pós-Graduação da USP. Disponível em http://www.forp.usp.br/restauradora/calcio/citolog.htm, consulta em 26 de janeiro de 2015.
Freitas, CBS. A Bacterioscopia na Rotina do Exame Ginecológico das Mulheres Assistidas pelo PSF Silvia Regina, Campo Grande, MS. 2003. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/premio2004/especializacao/MonografiaCristinaFreitas.pdf, consulta em 26 de janeiro de 2015.
Sinônimos:
Bilirrubina conjugada, bilirrubina não conjugada
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo: Este exame não necessita de jejum.
Recipiente: Tubo seco ou gel separador.
Coleta: Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Investigação e monitoramento de doenças e condições hepatobiliares e hemolíticas.
A bilirrubina total compreende a fração conjugada, não conjugada e delta. A bilirrubina direta compreende a fração delta e conjugada, enquanto que a bilirrubina indireta compreende a fração não conjugada. Altos níveis de bilirrubina total e direta podem ser vistos em doença hepatocelular e biliar (intra ou extra-hepática). Bilirrubina indireta elevada pode ocorrer em casos onde a taxa de produção de bilirrubina excede a taxa de conjugação, especialmente em casos de hemólise ou anemia megaloblástica, além de síndrome de Gilbert. Neonatos exibem icterícia fisiológica com bilirrubina indireta. Várias substâncias medicamentosas são associadas com aumento de bilirrubina, e mais raramente, diminuição espúria. Pele amarelada (ictérica) com níveis normais de bilirrubina pode estar associada a hipercarotenemia.
Os valores de bilirrubina total em recém nascidos variam com o tempo e com o estado de maturidade. Mesmo em recém-natos a termo há uma elevação fisiológica nas primeiras 48 horas de vida, seguida por uma queda desses níveis entre o 3° e 5° dias. Recém-nascidos podem ter hiperbilirrubinemia devido à icterícia fisiológica, deficiência de G6PD, reabsorção de hematomas, infecções congênitas (toxoplasmose, sífilis, citomegalovírus, rubéola),anemias hemolíticas e por doenças menos frequentes, como galactosemia e hipotireoidismo congênito.
Sinônimos:
CA-OV, neoplasias de ovário e endométrio
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não obrigatório;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Uso:
Monitoramento de câncer ginecológico; avaliação de processos metastáticos de origem desconhecida. Marcador tumoral não específico, no entanto mais utilizado na monitoração terapêutica e detecção de recidivas de câncer de ovários. Pode estar elevado em outros tumores ginecológicos, como os de cérvice, endométrio e trompas, assim como nos carcinomas de mama, colon, fígado e pulmões.
Sinônimos:
Antígeno de Câncer 125, Marcador tumoral 125.
Indicação:
Diagnóstico de neoplasias metastáticas ou recorrentes, porém não sendo tecido ou órgão específico, mais utilizado em câncer de ovário. Indicado também no acompanhamento de pacientes com endometriose, na monitoração do tratamento.
Interpretação clínica: Properatoriamente pode estar elevado nos estágios avançados do tumor. Se voltar a se elevar após a cirurgia e/ou outros tratamentos, sugere recidiva ou metástase. O CA 125 é um antígeno oncofetal com alto PM, correspondendo a glicoproteínas produzidas pelas células epiteliais ovarianas. Cerca de 1% da população geral e 6% dos indivíduos com patologias benignas podem apresentar discretas elevações de CA 125. Por outro lado, cerca de 80% dos pacientes com carcinoma ovariano apresentam elevações nos níveis séricos de CA 125, que parecem correlacionar com a extensão do tumor e prognóstico da doença. Mais de 50% dos casos de carcinoma ovariano são de origem epitelial. Seus níveis também podem se encontrar elevados em neoplasias ginecológicas não-malignas, e metástases de mama, cólon, pâncreas e pulmão. Seu principal uso se associa ao monitoramento de resposta ao tratamento de carcinoma ovariano. Níveis que não normalizam são indicativos de focos residuais. Aumento de níveis após tratamento ou cirurgia quase sempre representam recidiva do tumor. Contudo, alguns casos de recidiva ou presença de massa residual não elevam os níveis de CA 125. Adicionalmente, níveis elevados de CA 125 em períodos pós-cirúrgicos podem ser associados a sinal de menor prognóstico.
A concentração sérica do CA 125 é superior a 35 U/mL em aproximadamente 80% das mulheres com carcinoma do ovário, 26% das mulheres com tumores benignos de ovário e em 66% de pacientes em condições não-neoplásicas, inclusive o primeiro trimestre da gravidez, fase folicular do ciclo menstrual, endometrioses, miomas uterinos, salpingites agudas, tuberculose pélvico-peritoneal, cirrose hepática, pancreatites e inflamações do peritônio, do pericárdio e da pleura.
Sugestão de leitura complementar:
Nicklin J, Janda M, Gebski V, Jobling T, Land R, Manolitsas T, et al. The utility of serum CA-125 in predicting extra-uterine disease in apparent early-stage endometrial cancer.
van Altena AM, Holtsema H, Hendriks JC, Massuger LF, de Hullu JA. Cancer antigen 125 level after a bilateral salpingo-oophorectomy: what is the contribution of the ovary to the cancer antigen 125 level? Int J Cancer. 2012;131:885-90.
Sinônimos:
CA GI, cancêr de colo-retal e neoplasias pancreas
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não obrigatório;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Uso:
Monitoramento de neoplasias de pâncreas e câncer colo-retal.
CA 19.9:
Mucina de alto peso molecular e rica em carbohidratos utilizada na monitoração do tratamento de carcinomas, principalmente do pâncreas, e também nos do estômago, fígado, vias biliares e colon.
Sinônimos:
Antígeno de Câncer 19.9; marcador de câncer 19.9.
Indicação:
Monitorização do tratamento quanto à recidiva e presença de metástases de carcinomas, principalmente os do pâncreas. Associado e métodos de imagem, pode ser um adjuvante para o diagnóstico.
Interpretação clínica:
Tem utilidade limitada no diagnóstico do Ca de pâncreas encontrando-se positivo em 70-80% dos casos e seus níveis têm correlação com o tamanho do tumor – níveis mais elevados são observados em tumores com mais de 5 cm. É o marcador com melhor acurácia para a monitoração após o tratamento. Em outros Ca do sistema gastrointestinal tem baixa sensibilidade: Ca colorretais = 53%, gástricos = 25% e esofageanos = 18% . A especificidade é de 86%, se analisados em conjunto. Também pode estar positivo nos de pulmões, mamas, renais e de próstata. Se combinado com CEA a sua sensibilidade aumenta no diagnóstico dos demais tumores gastrointestinais.
Atente-se que doenças benignas também podem cursar com aumento do CA19.9, como pancreatite, doenças autoimunes, cirrose e intestinais. O nível varia durante o ciclo menstrual, sendo mais alto durante a menstruação. O conhecimento de que uma elevação fisiológica pode ocorrer nesse período pode evitar interpretações equivocadas dos resultados.
Valores aumentados: carcinoma pancreático (72 a 100%), carcinoma hepatocelular (67%), carcinoma gástrico (62%), carcinoma coloretal (19%) e patologias não neoplásicas (pancreatite – 96%).
Sugestão de leitura complementar:
National Comprehensive Cancer Network, Inc. 2015. NCCN Guidelines: Pancreatic Adenocarcinoma. Version 2.2015, disponivel em https://www.nccn.org/store/login/login.aspx?ReturnURL=http://www.nccn.org/professionals/physician_gls/pdf/pancreatic.pdf, consulta em 16 de maio de 2015.
Philip PA, Mooney M, Jaffe D, et al. Consensus report of the national cancer institute clinical trials planning meeting on pancreas cancer treatment. J. Clin. Oncol 2009;27:5660-9.
Sinônimos:
Calcemia
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Este exame não necessita de jejum;
– Informar os medicamentos em uso;
– Caso seja necessário realizar exames de imagem, com administração de contraste radiológico, coletar este exame anteriormente. Caso já tenha realizado exames de imagem com administração de contraste radiológico, aguardar 72 horas para coleta deste exame.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
O cálcio no compartimento extracelular e tecidos moles corresponde a 1%, estando o restante no esqueleto. Como 40% a 50% circula ligado à albumina, o cálcio total varia com as variações desta proteína.
Sinônimos:
Cálcio, Ca
Indicação:
Diagnóstico de hipocalcemias e hipercalcemias. Avaliação de coma; investigação de pancreatites e outros problemas gastrointestinais; nefrolitíase; polidipsia; poliúria; azotemia; adenomatose endócrina múltipla; doenças malignas ou granulomatosas.
Interpretação clínica:
Principais causas osteomatabólicas de hipocalcemia: hipoparatireoidismo (associada a fosfato elevado), síndrome do osso faminto (cálcio e fosfato baixos), deficiência de vitamina D (enquanto não se desenvolve o hiperparatireoidismo secundário; fosfato tende a ser também baixo). Principais causas osteometabólicas de hipercalcemia: hiperparatireoidismo, hipervitaminose D e, menos frequentemente, doença de Paget. O HPT é responsável por mais de 80% dos casos de hipercalcemia em pacientes ambulatoriais e as doenças malignas são a principal causa em pacientes internados.Se a albumina é mais baixa ou mais elevada do que 4,0 g/dL, para cada variação de 1,0 g/dL da proteína ocorre uma variação inversamente proporcional do cálcio de 0,8 mg/dL. Assim, o cálcio total deve ser corrigido pela albumina a fim de ajustar o resultado. A fórmula para correção do cálcio pela albumina é: Cálcio corrigido = Cálcio medido + [(4,0 – albumina)x 0,8].
Sugestão de leitura complementar:
Bringhurst FR, Demay MB, Kronenberg HM. Hormones and Disorders of Mineral Metabolism. In: Melmed. Williams Textbook of Endocrinology. 12th ed. Saunders; 2011.
Vencio S, Fontes R, Scharf M. Manual de Exames Laboratoriais na Prática do Endocrinologista, anexo doenças osteometabólicas. 1 Ed, Rio de Janeiro, Gen 2012.
Sinônimos:
CKMB, Creatinofosfoquinase MB Isoenzima, Massa
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não obrigatório;
– Colher o soro em tubo de amostra com gel separador;
– Aguardar a retração do coágulo;
– Centrifugar a 3.200 rpm por 12 min;
– Encaminhar amostra sob congelamento, de -8° a -30 ° C;
– A estabilidade da CK-MB depende em extremo da temperatura. Amostras inativadas por termosensibilidade serão reconvocadas.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
A isoenzima CK-MB é marcador bioquímico para o diagnóstico de lesão miocárdica.
Sinônimos:
CK MB e CK MB massa.
Indicações:
Marcador de lesão miocárdica.
Interpretação clínica:
Apesar de ser específica de lesão do miocárdio, o músculo esquelético tem maior atividade de CK total por grama de tecido e pode ter até 4% de CK-MB. Isso pode diminuir sua especificidade, especialmente em pacientes com lesões concomitantes na musculatura esquelética e cardíaca. Para aumentar a especificidade cardíaca pode ser calculado um índice relativo, de acordo com a equação: Índice de CK-MB = 100 (CK-MB/CK total). Essa equação permite verificar em termos percentuais se a isoenzima MB está aumentada em relação à CK total.
Embora haja alguma variação entre diferentes autores níveis acima de 5% indicam provável origem cardíaca indicando lesão do miocárdio; níveis acima de 25% por outro lado, indicam uma possível interferência na dosagem causada pela presença da CK-BB ou macro-CK já que os pacientes com infarto agudo do miocárdio raramente têm uma concentração percentual de CK-MB que exceda este limite.
Sugestão de leitura complementar:
Peter M. Guzy. Creatine Phosphokinase-MB (CPK-MB) and the Diagnosis of Myocardial Infarction. West J Med. 1977; 127(6): 455-60.
G M Graeber, P J Cafferty, M J Reardon,et al. Changes in serum total creatine phosphokinase (CPK) and its isoenzymes caused by experimental ligation of the superior mesenteric artery. Ann Surg. 1981; 193(4): 499-505.
Sinônimos:
CEA
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não é necessário;
– Fumo pode alterar o resultado do exame, elevando-o;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Exame que tem sua principal utilidade no acompanhamento terapêutico e na detecção de metástases dos carcinomas gastrointestinais, principalmente os coloretais.
Indicação:
No acompanhamento de carcinomas.
Interpretação clínica:
Pode estar aumentado nas metástases dos carcinomas gastrointestinais, principalmente os coloretais. Ouros tumores gastrointestinais também podem cursar com CEA elevado, como pâncreas, intestino delgado e estômago. Também pode ocorrer elevação em tumores extra intestinais, como de pulmão, mama e ovários entre outros. É muito baixo em adultos não fumantes e mulheres não grávidas.
Várias doenças não malignas também podem estar associadas ao aumento de CEA como tabagismo, pneumonia crônica, hepatite e doença inflamatória intestinal. Mas nestes casos os níveis são bem mais baixos do que nas doenças malignas.
Sugestão de leitura complementar:
Cedrés S, Nuñez I, Longo M, Martinez P, Checa E, Torrejón D, et al. Serum tumor
markers CEA, CYFRA21-1, and CA-125 are associated with worse prognosis in advanced
non-small-cell lung cancer (NSCLC). Clin Lung Cancer 2011;12(3):172-9.
Giessen-Jung C, Nagel D, Glas M, Spelsberg F, Lau-Werner U, Modest DP, Schulz C, Heinemann V, Di Gioia D, Stieber P. Preoperative serum markers for individual patient prognosis in stage I-III colon cancer. Tumour Biol 2015, disponivel em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/25953265, consulta em 16/3/2015.
Sinônimos:
Depuração de Creatinina; filtração glomerular.
Instruções:
Informações de preparo e coleta
IMPORTANTE: Informar peso, altura do paciente e a informação do volume urinário total das 24 horas.
Encaminhar Tubo de Soro (CLEAR1) e o Tubo de Alíquota de Urina 24 h em tubo de transporte (CREAT2).
SORO:
– O soro pode ser obtido em qualquer momento do período da colheita da urina.
URINA 24 HORAS:
– Recomendável não realizar durante o período menstrual, em casos excepcionais utilizar o tampão vaginal.
– O frasco para coleta do material deve ser retirado no Laboratório. O paciente deve desprezar a primeira urina da manhã, anotar o horário em que ocorreu esta micção e a partir deste horário, coletar todas as urinas emitidas durante as próximas 24 horas no mesmo frasco (sem perder nenhum volume). A urina deve ser coletada em frasco sem conservante e mantida refrigerada durante a coleta (não congelar).
– Encaminhar a urina de 24 horas ao Laboratório no prazo máximo de 4 horas após o término da última coleta. O frasco deve ser identificado com nome, data e horário inicial da coleta.
– A urina deve ser aliquotada e encaminhado o volume de 1 mL em tubo de transporte (com todas as informações de coleta no cadastro do exame).
Interpretação:
A creatinina é uma das melhores substâncias para a avaliação da taxa de filtração glomerular por várias razões: é uma substância endógena, sintetizada a uma taxa relativamente constante por cada indivíduo e é praticamente excretada por filtração glomerular (não há reabsorção tubular e existe uma secreção tubular apenas residual), podendo ser facilmente analisada. Assim, o clearence de creatinina é a prova mais popularizada para determinar a função renal.
Teste utilizado na analisa a taxa de filtração glomerular em avaliação da função renal, calculado através da fórmula Cl= U x V/ P sendo que: U= concentração urinária de creatinina; obtida por método colorimétrico – reação de Jaffé ; V= Volume urinário minuto, calculado dividindo-se o volume total da amostra pelos minutos de coleta. Ex: clearence de 24h divide-se por 1440 min; 12h = 720min, etc. Pode-se calcular o clearence de qualquer período, desde que o tempo de coleta e o volume urinário sejam rigorosamente anotados; P= concentração plasmática de creatinina. O resultado encontrado deve então ser corrigido pela área corpórea, onde Fator = 1,73/A onde A= área corporal obtida por nomograma A correção se dá pela fórmula: Cl corr= Cl sem x Fator.
Sinônimos:
Depuração renal de creatinina.
Indicação:
Avaliação da função renal; estimativa da taxa de filtração glomerular; seguimento de progressão de insuficiência renal.
Interpretação clínica:
Quando comparado à avaliação dos níveis séricos de uréia e creatinina isolados, permite um diagnóstico mais precoce de alteração da função renal. A depuração está diminuída em nefropatias agudas e crônicas. Usadtambém no acompanhamento destas nefropatias e ajuste de dose terapêutica de algumas medicações. Deve-se considerar que a função renal decresce em 10% a cada década após os 50 anos.
A velocidade de filtração glomerular aumenta na gravidez, e com exercícios físicos. Vários medicamentos interferem com a sua excreção, incluindo trimetoprim, cimetidina, probenecid, ácido ascórbico, hidantoína e cefalosporinas e na presença de glicose e corpos cetônicos.
Sugestão de leitura complementar:
Shivaraj Gowda, Prakash B. Desai, Shruthi S. Kulkarni, et al. Markers of renal function tests. N Am J Med Sci. 2010; 2(4): 170-3.
Sinônimos:
Cloretos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não obrigatório.
– Retração do coágulo 30 min.
– Centrifugar a amostra por 12 min a 3.200rpm.
– Não manipular a amostra e enviar em tubo primário soro gel.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
O cloro (Cl-) é o anion com maior concentração no meio extracelular e, junto com o sódio, é o principal componente osmoticamente ativo. Assim, tem papel essencial na manutenção da neutralidade eletroquímica do líquido extracelular.
Sinônimos: Cl.
Indicação: Avaliação dos distúrbios hidroeletrolícos e ácido-básicos.
Interpretação clínica:
– Condições que cursam com cloro aumentado: desidratações hipertônicas, acidoses tubulares renais, insuficiência renal aguda, diarréias com grande perda de bicarbonato, intoxicação por salicilatos, hiperparatireoidismo primário, alcalose respiratória, diabetes insipidus e hiperfunção adrenocortical.
– Condições que cursam com cloro baixo: vômitos prolongados, aspiração gástrica, nefrite com perda de sal, acidose metabólica, insuficiência suprarrenal, porfiria intermitente aguda, secreção inapropriada de hormônio antidiurético (SIADH), aldosteronismo, doença de Addison, sudorese excessiva, cetoacidose diabética, acidose respiratória compensada.
Sugestão de leitura complementar:
Burton D, Rose TW. Post, clinical physiology of acid – base and electrolyte disorders. 5.ed. McGraw-Hill; 2001.
DuBose TD, Hamm LL. Acid-base and electrolyte disorders: a companion to Brenner & Rector’s. The Kidney. W
Saunders. 2003.
Sinônimos:
Contagem de palquetas, TS, TC, TP e TTPA
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Jejum não necessário.
– Uso de anticoagulante altera o resultado do exame.
Importante informar:
* Se há histórico de transfusão, sangramento ou trombose.
* Uso de medicamentos; Anticoagulantes.
* Tempo de Sangramento.
* Tempo de Coagulação.
Recipiente:
Plasma Citrato + Sangue total EDTA
Coleta:
Orientações de coleta – PLASMA CITRATADO:
– Obter sangue por punção venosa e evitar garroteamento por mais de 01 minuto, hemólise, formação de bolhas e aspiração de líquido tissular. A agulha deve penetrar diretamente na veia na primeira tentativa (punção NÃO traumática). O sangue deve fluir livremente sem que seja necessário aplicar demasiada força ao êmbolo. Não realizar o teste em amostra cuja punção for difícil (punção traumática);
– A amostra deve ser centrifugada imediatamente após coleta por 15 minutos a 3000 rpm;
– SEPARAR o plasma com cuidado para não o misturar com o sedimento;
– Congelar o plasma imediatamente após a centrifugação;
– Manter a amostra congelada durante o armazenamento e transporte;
– As amostras deverão chegar ao local do destino ainda congeladas, sendo mantidas assim até o momento da análise. As amostras não podem ser recongeladas, interferindo diretamente nos fatores de coagulação, levando a resultados incorretos.
– Amostras que apresentam fibrina e ou coágulos NÃO são adequadas para o envio. Uma nova amostra será solicitada.
Orientações de coleta – SANGUE COM EDTA:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Coletar amostra no tubo com EDTA e refrigerar amostra imediatamente após a coleta; Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC, evitar o contato direto com o gelo.
ATENÇÃO: O plasma deve ser enviado congelado e o sangue total com EDTA refrigerado.
Interpretação:
Uso:
Diagnóstico diferencial de discrasias sanguíneas; componente do exame pré-operatório.
Esta prova de triagem para coagulopatias inclui: contagem de plaquetas, tempo de sangramento, tempo de coagulação, TAP e KPTT, sendo que a maioria dos desvios da coagulação sanguínea pode ser rastreada por esta prova (ponto de partida para o diagnóstico clínico de problemas da coagulação).
Valores alterados geralmente são associados a defeitos pontuais no mecanismo normal de coagulação. Testes normais não excluem a presença de patologias da coagulação, primárias ou adquiridas.
Sinônimos:
Colesterol da fração HDL
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Manter dieta habitual nos 5 dias antes da coleta.
– Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Avaliação de risco cardíaco; diagnóstico e monitoramento de estados dislipidêmicos.
Os HDL são as menores lipoproteínas encontradas no organismo humano. São sintetizados pelo fígado e intestino, sendo compostos por uma associação entre componentes lipídicos, fosfolipídicos e proteínas. As principais apoproteínas (fração protéica do HDL colesterol) são Apo-AI e Apo-AII, além de Apo-C e Apo-E. O HDL carrega cerca de 20-35% do colesterol plasmático total, sendo o responsável pelo transporte reverso do colesterol (dos tecidos ao fígado). Conhecido como “bom colesterol”, é desejável que seus níveis sejam o mais elevados possíveis.
Níveis reduzidos de HDL estão relacionados a um maior risco de desenvolvimento de doença cardíaca coronariana, como fator de risco independente, pois se associam fisiologicamente a uma menor deposição de lipídeos em placa ateromatosa. Assim valores de 55 mg/dL para homens e 45 mg/dL para mulheres são considerados ponto de corte para risco cardíaco: abaixo deste ponto há um risco estatístico crescente inversamente proporcional aos níveis, e acima, da mesma forma, há uma condição “protetiva” para doença cardíaca.
Valores aumentados:
Manutenção periódica de exercícios físicos, uso moderado de álcool (em especial vinho e substâncias contendo antioxidantes), tratamento de insulina, terapia de reposição hormonal em mulheres, dislipidemias (hiperalfalipoproteinemia familiar, hipobetalipoproteinemia familiar), uso de certos medicamentos (lovastatina, simvastatina, pravastatina, atorvastatina e similares, etc).
Valores diminuídos:
Stress, obesidade, sedentarismo, história familiar, tabagismo, diabetes mellitus, hipo e hipertireoidismo, doença hepática, nefrose, uremia, doenças crônicas e mieloproliferativas, dislipidemias (hipertrigliceridemia familiar, hipoalfalipoproteinemia familiar), doença de Tangier homozigota, deficiência familiar de LCAT, deficiência familiar de HDL e apolipoproteínas associadas, uso de certos medicamentos (esteróides, diuréticos tiazídicos, bloqueadores beta-adrenérgicos, probucol, neomicina, fenotiazinas, etc).
Sinônimos:
LDL – Col
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Avaliação de dislipidemias; avaliação de risco para doença coronariana.
As lipoproteínas de baixa densidade (LDL – low density lipoproteins) são sintetizadas no fígado, sendo responsáveis pelo transporte do colesterol a partir do fígado para os tecidos periféricos.
Valores aumentados:
Risco de doença cardíaca coronariana, hipercolesterolemia familiar, hiperlipidemia familiar combinada, diabetes mellitus, hipotireoidismo, síndrome nefrótica, insuficiência renal crônica, dieta hiperlipídica, gravidez, mieloma múltiplo, porfiria, anorexia nervosa, uso de medicamentos (esteróides anabolizantes, beta-bloqueadores anti-hipertensivos, progestina, carbamazepina, entre outros).
Valores diminuídos:
Doença crônica, abetalipoproteinemia, uso de estrogênios.
Sinônimos:
Colesterolemia
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Manter dieta habitual nos 5 dias antes da coleta.
– Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Avaliação de risco de desenvolvimento de doença cardíaca coronariana (DCC); diagnóstico e monitoramento de tratamento de estados hiperlipidêmicos primários ou secundários; avaliação da função hepática.
O colesterol é uma espécie de álcool encontrado quase exclusivamente em animais. Quase todas as células e tecidos contêm alguma quantidade de colesterol, que é utilizado na fabricação e reparo de membranas celulares, síntese de moléculas vitais como hormônios e vitaminas. No organismo pode ocorrer a partir de ingestão ou metabolismo interno por transformação de outras moléculas. A regulação dos estoques corpóreos depende de mecanismos metabólicos e ingestão. No corpo, cerca de 70% do colesterol está imobilizado em pools teciduais na pele, tecido adiposo e células musculares, entre outros, e o restante forma um contingente móvel circulante no sangue, entre fígado e tecidos. Na circulação sanguínea, normalmente cerca de dois terços do colesterol está esterificado, ligado a lipoproteínas (HDL, LDL, IDL, VLDL), e um terço na forma livre.
Os níveis séricos desejáveis de colesterol situam-se abaixo de 200 mg/dL. Níveis entre 200 e 239 mg/dL são considerados intermediários, e níveis acima de 240 mg/dL em mais de uma ocasião são considerados hipercolesterolêmicos. Pacientes cujas dosagens de colesterol resultam superiores a 200 mg/dL devem receber assistência no sentido de tentar reduzir seus níveis, reduzindo o risco de doença cardíaca coronariana futura. Contudo, é digno de nota que os níveis de colesterol, apesar de representarem fator de risco independente para o desenvolvimento de DCC, não são o único fator de risco descritos para a doença: sexo, idade, tabagismo, história familiar, níveis baixos de colesterol HDL, obesidade e diabetes mellitus são outros possíveis fatores de risco associados. Indivíduos com idade mais avançada devem ser avaliados com critérios mais flexíveis.
Valores aumentados:
Hipercolesterolemia idiopática, hiperlipoproteinemias, estados obstrutivos biliares, doença de von Gierke, hipotireoidismo (fator importante, especialmente em mulheres de meia idade em diante), nefrose, doença pancreática, gravidez, uso de medicamentos (esteróides, hormônios, diuréticos, etc), jejum muito prolongado que induza cetose.
Valores diminuídos:
Dano hepático, hipertireoidismo, desnutrição, doenças mieloproliferativas, anemias crônicas, terapia com cortisona ou ACTH, hipobetalipoproteinemia, abetalipoproteinemia, doença de Tangier, processos inflamatórios crônicos e medicamentos (alopurinol, tetraciclina, eritromicina, isoniazida, inibidores da MAO, androgênios, cloropropramida, climifeno, fenformin, clofibrato, azatioprina, kanamicina, neomicina, estrogênios orais, colestiramina, agentes hipocolesterolemiantes como lovastatinas, simvastatinas, pravastatinas, atorvastatinas e similares).
Interferentes: o uso de certos medicamentos e drogas, bem como a ingestão de bebidas alcoólicas pode estar associado ao encontro de valores alterados de colesterol total sérico. De modo ideal, a avaliação do colesterol total sérico deve ser realizada após pelo menos uma semana com dieta habitual mantida, sem o uso de bebidas alcoólicas ou exercícios. Em geral, recomenda-se que as coletas de determinações periódicas (ou check-ups) não sejam realizadas nas segundas ou terças-feiras.
Sinônimos:
Fraçôes do colesterol, vldl col
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso: avaliação de risco cardíaco.
Extraído por cálculo dos triglicérides. Ver Triglicérides.
Sinônimos:
Pseudocolinesterase, Exposição a Agrotóxicos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Jejum não necessário
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador (amarelo);
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Uso:
Diagnóstico e monitoramento de exposição e intoxicação por compostos organofosforados e carbamatos, utilizados em agricultura comercial; triagem pré-operatória de pacientes com sensibilidade de succilcolina, genética ou secundária a exposição a inseticidas; estudos familiares de anomalia molecular das colinesterases.
Existem dois tipos de colinesterase encontrados no sangue: a acetilcolinesterase (colinesterase “verdadeira”, existente dentro dos eritrócitos) e a pseudocolinesterase (encontrada no plasma, uma glicoproteína produzida pelo fígado). Embora a constelação de sintomas relativos à intoxicação por organofosforados ou carbamatos seja devido à inibição da colinesterase verdadeira (com posterior acúmulo de acetilcolina, um neurotransmissor distribuído por quase todo o organismo), a pseudocolinesterase, ou colinesterase sérica é inibida paralelamente, constituindo um marcador de exposição.
Pacientes expostos a estes inseticidas apresentam diminuições na colinesterase sérica, de modo que reduções de cerca de 40% são associadas a sintomas iniciais ou leves, e diminuições de cerca de 80% são associadas a efeitos neuromusculares. Devido à faixa referencial relativamente grande, eventualmente são possíveis diminuições de até 50% cujos valores ainda resultem normais, portanto é recomendável o estabelecimento de valores basais nos trabalhadores possivelmente expostos, de modo a fornecer dados referenciais quando necessário.
Valores aumentados:
Carcinomatoses em tratamento quimioterápico, obesidade e diabetes.
Valores diminuídos:
Variações genéticas (apesar de função normal, a atividade no vitro encontra-se reduzida, dificultando a interpretação dos resultados), triquinose, doenças hepáticas (especialmente hepatites e cirroses), desnutrição, gravidez, cirurgia recente, anemia, uso de medicamentos (neostigmina, quinina, fluoretos, cloreto de tetrametilamônio).
Sinônimos:
Contagem de trombócitos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Orientações de coleta:
1 – Jejum recomendado;
2 – Coletar amostra no tubo com EDTA;
3 – Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC;
4 – Evitar o contato direto com o gelo.
Interpretação:
Exame útil no diagnóstico de plaquetopenia e hiperplaquetemia.
Sinônimos:
Contagem de trombócitos
Indicações:
Avaliação da hemostasia, monitoramento do tratamento quimioterápico de leucemias e púrpuras.
Interpretação clínica:
Valores aumentados: doenças mieloproliferativas, policitemia vera, leucemia mielóide crônica, mielofibrose com metaplasia mielóide, doenças inflamatórias, febre reumática aguda, artrite reumatóide, colite ulcerativa, tuberculose, osteomielite, carcinoma, doença de Hodgkin, pós esplenectomia.
Valores diminuídos:
Síndrome de Wiscott-Aldrich, trombocitopenia, anomalia de May-Hegglin, síndrome de Bernard-Soulier, anomalia de Chediak-Higashi, síndrome de Fanconi.
Sugestão de leitura complementar:
Briggs C, Harrison P, Machin SJ. Continuing developments with the automated platelet
count. Int J Lab Hem 2007; 29: 77-91.
Butkiewicz AM, Kemona H, Dymicka-Piekarska V, Matowicka-Karna J, Radziwon P,
Lipska A. Platelet count, mean platelet volume and thrombocytopoietic indices in
healthy women and men. Thromb Res 2006; 118(2): 199-204.
Sinônimos:
Coprocultura
Instruções:
Informações de preparo e coletaEnviar as fezes em meio de transporte Cary Blair, pois este meio é conservante de fezes para isolamento de enteropatógenos.
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coletaColetar com swab e enviar em meio de transporte Amies (meio com carvão ativado).
Sinônimos:
Creatininemia
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Este exame não necessita de jejum.
– Informar os medicamentos em uso.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
A creatinina sérica é o principal teste para a avaliação da função renal, refletindo a filtração glomerular, sendo mais sensível e específica que a uréia. É amplamente utilizada para o cálculo da estimativa de filtração glomerular pela fórmula Cockroft-Gault ou MDRD, na triagem de doença renal crônica.
*Ver também Clearence de creatinina e Estimativa da filtração glomerular.
Indicação:
Avaliação inicial da função renal; uso para o cálculo da estimativa de filtração glomerular pela fórmula Cockroft-Gault ou MDRD.
Interpretação clínica:
Está elevada em quadros de insuficiência renal aguda (IRA) e crônica (IRC). Considera-se como IRA o aumento da creatinina de 0,5 mg/dL em até duas semanas se o nível basal for menor que 2,5 mg/dl; ou de mais de 20% em relação ao nível basal se este for superior a 2,5 mg/dL.
Sugerem IRA pré-renal a relação uréia/creatinina no sangue está acima de 20:1, as elevações de creatinina ocorrem abaixo do esperado e a relação creatinina urinária/plasmática é maior que 40. Sugerem IRA renal a relação uréia/creatinina no sangue se situa entre 10-15, os níveis séricos de creatinina se elevam mais lentamente que os da uréia e a relação creatinina urinária/plasmática é menor do que 20.
Na IRC a creatinina se altera apenas quando mais da metade dos nefrons cessam a sua função, não sendo, portanto, um marcador precoce. Para cada redução de 50% do ritmo de filtração glomerular, os níveis de creatinina em média duplicam. No entanto é importante para o cálculo da estimativa da taxa de filtração glomerular através das seguintes fórmulas:
– Fórmula Cockcroft-Gault:
Depuração de creatinina = [(140 – idade) x peso]/creatinina sérica x 72 (x 0,85 para mulheres)
– Fórmula MDRD simplificada:
RFG = 186 x creatinina sérica-1,154 x idade-0,203 x 0,742 (se mulher) x 1,212 (se afro-americano)
Algumas observações:
– Quando a taxa de filtração glomerular diminui para menos de 10 mL/min a creatinina no sangue aumenta cerca de 0,5 a 1,5 mg/dL/dia, estando na dependência de idade, massa muscular e se há lesão muscular.
– Normalmente, a creatinina não é afetada pela dieta; porém, se houver consumo de quantidades excessivas de carnes, os níveis séricos poderão sofrer aumento por um período de 48 horas.
– Como a creatinina é de produção hepática, em pacientes com cirrose hepática, a creatinina, assim como o seu clearance não são bons métodos para a avaliação da função renal.
– O aumento dos níveis de creatinina no pós-operatório denotam um maior risco de evolução para falência renal.
– A creatinina é influenciada por vários fatores sem que indique insuficiência renal: está diminuída em situações de desidratação, diminuição da massa muscular (idade avançada, inanição, estados debilitantes), baixa estatura e na insuficiência hepática; outras situações com diminuição da massa muscular, também cursam com níveis diminuídos de creatinina, como miopatias, distrofia muscular, paralisia, dermatomiosite, polimiosite, miastenia gravis; durante a corticoterapia a creatininemia também está diminuída; na gestação, especialmente nos primeiro e segundo trimestres, os níveis de creatinina acham-se diminuídos, devido à maior taxa de filtração glomerular.
Sinônimos:
CK, Creatinofosfoquinase, CPK
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
A eletroforese de CK permite a separação das isoenzimas nas três frações BB (CK1), MB (CK2) e MM (CK3) permitindo a detecção de mudanças nos padrões característicos. Avalia as três isoenzimas, BB (CK1), MB (CK2) e MM (CK3).
Sinônimos:
CPK isoenzimas; Isoenzimas de CK.
Indicações:
Avaliação do padrão de distribuição das três isoformas da enzima.
Interpretação clínica:
A CK-MM é a isoenzima encontrada no soro normal, estando elevada nas lesões de músculo esquelético, miocárdio e cerebral. A CK-MB pode estar presente em concentrações baixas no soro normal estando elevado no infarto agudo do miocárdio, distrofia muscular de Duchene, polimitose, mioglobinúria e rabdomiolise. A CK-BB pode ser encontrada no soro de pacientes com carcinoma prostático, outros carcinomas, lesão cerebral, choque, insuficiência renal crônica, síndrome de Reye e hiperpirexia maligna.
Duas frações atípicas podem ser observadas em alguns indivíduos: A CK-macro pode ser identificada na eletroforese entre as frações MM e MB, podendo ser encontrada em idosos sem significado clinico; a CK-mitocondrial pode ser encontrada em pacientes com carcinoma metastático.
Sugestão de leitura complementar:
Peter M. Guzy. Creatine Phosphokinase-MB (CPK-MB) and the Diagnosis of Myocardial Infarction. West J Med. 1977; 127(6): 455-60.
G M Graeber, P J Cafferty, M J Reardon,et al. Changes in serum total creatine phosphokinase (CPK) and its isoenzymes caused by experimental ligation of the superior mesenteric artery. Ann Surg. 1981; 193(4): 499-505.
Sinônimos:
CKMB, Creatinofosfoquinase MB Isoenzima, Massa
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não obrigatório;
– Colher o soro em tubo de amostra com gel separador;
– Aguardar a retração do coágulo;
– Centrifugar a 3.200 rpm por 12 min;
– Encaminhar amostra sob congelamento, de -8° a -30 ° C;
– A estabilidade da CK-MB depende em extremo da temperatura. Amostras inativadas por termosensibilidade serão reconvocadas.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
A isoenzima CK-MB é marcador bioquímico para o diagnóstico de lesão miocárdica.
Sinônimos:
CK MB e CK MB massa.
Indicações:
Marcador de lesão miocárdica.
Interpretação clínica:
Apesar de ser específica de lesão do miocárdio, o músculo esquelético tem maior atividade de CK total por grama de tecido e pode ter até 4% de CK-MB. Isso pode diminuir sua especificidade, especialmente em pacientes com lesões concomitantes na musculatura esquelética e cardíaca. Para aumentar a especificidade cardíaca pode ser calculado um índice relativo, de acordo com a equação: Índice de CK-MB = 100 (CK-MB/CK total). Essa equação permite verificar em termos percentuais se a isoenzima MB está aumentada em relação à CK total.
Embora haja alguma variação entre diferentes autores níveis acima de 5% indicam provável origem cardíaca indicando lesão do miocárdio; níveis acima de 25% por outro lado, indicam uma possível interferência na dosagem causada pela presença da CK-BB ou macro-CK já que os pacientes com infarto agudo do miocárdio raramente têm uma concentração percentual de CK-MB que exceda este limite.
Sugestão de leitura complementar:
Peter M. Guzy. Creatine Phosphokinase-MB (CPK-MB) and the Diagnosis of Myocardial Infarction. West J Med. 1977; 127(6): 455-60.
G M Graeber, P J Cafferty, M J Reardon,et al. Changes in serum total creatine phosphokinase (CPK) and its isoenzymes caused by experimental ligation of the superior mesenteric artery. Ann Surg. 1981; 193(4): 499-505.
Sinônimos:
Cultura de bacilos de Koch, Bacilo Alcool ácido.
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Médico neurologista.
– Encaminhar a amostra em Tubo Falcon Estéril de 15 mL, garantindo a inocuidade da amostra.
Interpretação:
Uso:
Diagnóstico de processos infecciosos causados por micobactérias.
As infecções causadas por micobactérias têm aumentado sua incidência devido ao aumento no número de casos de imunodeficiência e ao desenvolvimento de resistência aos quimioterápicos observado na atualidade. Processos patológicos causados por estes microorganismos são de difícil diagnóstico, devido à característica crônica e inespecífica do processo e à dificuldade de isolamento do germe nos locais afetados. Micobactérias são microorganismos exigentes, e seu cultivo demanda muitos cuidados, que oneram seu custo e condicionam a culturas geralmente muito demoradas. Contudo, a cultura para BAAR oferece sensibilidade adicional à abordagem diagnóstica, além de servir como subsídio epidemiológico. Clinicamente, a opção de pesquisa de micobactérias por PCR melhorou a capacidade do laboratório em responder com boa sensibilidade e maior rapidez à necessidade diagnóstica. Os materiais empregados podem ser variados, desde escarro, sangue, urina, biópsia, etc.
Indicações:
Diagnóstico de processos infecciosos causados por micobactérias.
Interpretação clínica:
A cultura apresenta alta especificidade e alta sensibilidade, de 80-85%, no diagnóstico das infecções causadas por micobactérias.
Sugestão de leitura complementar:
Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras bactérias. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 2008. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_laboratorial_tuberculose.pdf, consulta em 29 de novembro de 2015.
Sem sinônimos
Instruções:
– Informações de preparo e coletaEnviar escarro em frasco estéril e secreções em meio AIMES.
– Líquidos cavitários devem ser enviados em tubo tipo Falcon 15 mL estéril, frasco estéril ou tubo de transporte.
Interpretação:
A cultura para germes aeróbicos comuns pode ser realizada a partir de uma série de amostras e sua condução leva em consideração as características da amostra e da bacterioscopia inicial. Cada compartimento possui diferentes características de pH, flora normal, oxigenação, etc, o que faz com que os achados sejam valorizados de acordo com o contexto clínico laboratorial. O antibiograma é realizado para a bactéria isolada considerada potencialmente patogênica, segundo as normas do CLSI.
Indicações:
Diagnóstico de infecções bacterianas; estabelecimento de perfis de sensibilidade a antibióticos.
Interpretação clínica:
O método de referência para determinar a presença de infecção é a cultura quantitativa. Para que os resultados tenham boa correlação com a clínica, é essencial que se disponha de amostra coletada de forma adequada para cada tipo de material. Quando não se conhece a sensibilidade de um microrganismo que contribui para um processo infeccioso, devem ser feitos testes, especialmente quando se trata de espécies capazes de desenvolver resistência aos agentes antimicrobianos normalmente usados. Alguns microrganismos são reconhecidamente suscetíveis a certos agentes antimicrobianos e o tratamento empírico é utilizado na rotina. A penicilina, por exemplo, é uma droga eficaz para o tratamento de Streptococcus pyogenes, o que torna desnecessário o teste de sensibilidade. A exceção é quando o paciente é alérgico a este antimicrobiano. Neste caso, deve-se testar a sensibilidade à eritromicina. Da mesma forma, é dispensável efetuar teste para a Gardnerella vaginalis, pois o tratamento empírico com metronidazol já está estabelecido.
O teste de sensibilidade aos antimicrobianos tem importante valor preditivo negativo. Detectar resistência é mais importante do ponto de vista clínico, porque pode se saber assim a probabilidade de êxito terapêutico. Por outro lado, a sensibilidade de um microrganismo diante de um agente antimicrobiano não é certeza absoluta de sucesso no tratamento, pois as reações in vivo podem ser diferentes das que ocorrem in vitro.
Alguns microrganismos fastidiosos requerem testes de sensibilidade específicos, como por exemplo Haemophilus spp, Neisseria gonorrhoeae e Streptococcus pneumoniae. Tem-se revelado de grande importância a detecção de espécies produtoras de beta-lactamase, enzima que inativa a ação de antimicrobianos que apresentam o anel beta-lactâmico na estrutura química, como as penicilinas e cefalosporinas. O teste é útil para as bactérias Neisseria gonorrhoeae, Haemaphilus
spp., Moraxella catarrhalis, Enterococcus spp., Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase-negativa.
Algumas cepas de Enterococcus spp. têm apresentado alto nível de resistência aos aminoglicosídios, indicando que o uso de penicilinas combinado a aminoglicosídios, visando uma ação sinérgica, não terá o efeito desejado. Neste caso, recomenda-se testar antimicrobianos em alta concentração de gentamicina (120ug) e estreptomicina (300ug) ou através de equipamento automatizado. Esta pesquisa é indicada em isolamentos do sangue e do liquor.
A pesquisa da enzima beta-lactamase de espectro ampliado mais comumente encontrada na E. coli e Klebsiella pneumoniae embora também possa estar presente em outras enterobactérias, tem demonstrado ser um dado fundamental na liberação dos testes de sensibilidade, já que sua presença indica resistência aos antimicrobianos beta-lactâmicos, não evidenciada no antibiograma usual.
Sugestão de leitura complementar:
Veber AJCLM. Perfil e Nível de Resistência Bacteriana em Amostras Isoladas de Infecções do Trato Urinário de Clientes de um Laboratório de Análises Clínicas. Dissertação. Universidade Federal Regional de Blumenau. Cento de Ciências da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias. 2011.
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Técnica de Coleta:
– Antes de iniciar a coleta verificar os pontos de atenção;
– Verificar os locais solicitados pelo médico com os cadastrados no sistema de atendimento, em caso de erro no cadastro, solicitar alteração para a recepção, antes da coleta.
Técnica de Coleta:
1. LESÕES EM PELE
– Observar o local da lesão a ser escarificado;
– Se não houver nenhuma indicação de uma lesão específica, coletar material de mais de uma lesão escolhendo aquelas mais evidenciadas;
– Abrir o papel e posicioná-lo abaixo da lesão, esticando a pele;
– Coletar o material através da descamação/escarificação do local com o auxílio da pinça/lecron descartáveis ou esterilizadas, as primeiras escamas deverão ser descartadas;
– Coletar preferencialmente da borda da lesão;
– Recolher o máximo possível de material no centro do papel;
– Após a coleta, fechar cuidadosamente o papel respeitando as dobras já existentes;
– Vedar o papel com a própria etiqueta de código de barras. Caso tenha exame de cultura de fungos, colar a etiqueta no lado oposto do papel;
– Exemplos de cadastros genéricos:
– Micológico dos dedos da mão esquerda – coletar dos dedos afetados da mão esquerda no mesmo recipiente.
– Micológico das mãos – coletar um recipiente para as lesões da mão direita e outro recipiente para as lesões da mão esquerda.
Importante:
– Lesões muito superficiais e pouco descamativas, a lâmina pode ser utilizada para raspagem do local, a mesma deve ser enviada dentro do papel preto.
– No caso de coleta de bolhas, devemos coletar o teto da bolha, para isto, a mesma não pode estar íntegra. Em nenhum caso o colaborador poderá romper a bolha no momento da coleta.
Observações:
– Não utilizar fita durex, etiquetas, salina e outros tipos de materiais para a coleta de micológico de lesões de pele;
– O cliente não deve utilizar antifúngicos orais por 30 dias e pomadas antifúngicas 15 dias antes do exame, qualquer outra pomada não deve ser utilizada nas 24 h que antecedem a coleta;
2. UNHA
Abrir o papel e posicioná-lo abaixo do dedo para receber o material coletado. Fazer limpeza da unha com swab álcool, para remover possíveis sujidades, evitando assim presença de artefatos que impacta na qualidade da amostra.
Os locais de invasão e localização da infecção micótica apresentam variações de acordo com 3 formas clínicas possíveis:
Na infecção sub-ungueal (mais comum):
– Coletar amostras do leito ungueal (por baixo da unha), o mais próximo possível da cutícula (periferia e lúnula), com o auxílio pinça/lecron descartáveis ou esterilizadas;
– Se não for possível a separação da unha de seu leito (debridamento) coletar amostra do leito ungueal alcançável;
– Desprezar as primeiras escamas, recolhendo o máximo possível do material no centro do papel.
Na onicomicose branca superficial:
– Escarificar a superfície da unha;
– Desprezar as primeiras escamas, recolhendo o máximo possível do material no centro do papel.
Na onicomicose por cândida:
– A infecção atinge a pele ao redor da unha (paroníquia), a amostra deve ser coletada dos limites proximal e laterais da unha (cutícula). Se a unha se apresentar também alterada, deve-se raspar o leito e face inferior da unha;
– Desprezar as primeiras escamas, recolhendo o máximo possível do material no centro do papel;
– Após a coleta, fechar cuidadosamente o papel respeitando as dobras já existentes;
– Vedar o papel com a própria etiqueta de código de barras. Caso tenha exame de cultura de fungos, colar a etiqueta no lado oposto do papel;
– A unha só deve ser cortada, nos casos onde a mesma se encontre muito comprida e não permita o alcance da região a ser coletada;
– O pedaço da unha que foi cortado deve ser desprezado.
Exemplos de cadastro de regiões especificadas pelo médico solicitante:
– Micológico do 1º dedo da mão esquerda, 2º dedo da mão esquerda e 3º dedo de a mão esquerda coletar um recipiente para cada dedo;
– Micológico do pé esquerdo e micológico do pé direito – coletar um recipiente para cada pé solicitado;
– Quando o médico não especificar o local a ser coletado, coletar de todas as regiões afetadas.
Observações:
1. Para esta coleta, é necessário que o cliente esteja há pelo menos 24 h sem fazer uso de esmalte e/ou acetona.
2. Quando o paciente estiver fazendo uso de substâncias como iodo, mertiolate e violeta genciana, o médico assistente deverá ser consultado, pois interferem no exame.
3. Observar atentamente a solicitação médica. Por exemplo: micológico de unhas das mãos.
4. Nesse caso faz-se o raspado de todas as unhas, porém devem ser enviadas em duas cartolinas pretas distintas com identificação de mão direita e mão esquerda. O mesmo deve ser feito com as unhas dos pés.
5. Para a coleta da unha do pé, o ideal é que o cliente lave os pés no dia da realização da coleta e use de preferência meias de algodão e sapatos fechados. Na impossibilidade, realizar a limpeza das unhas com swab álcool, como orientado acima.
3. COURO CABELUDO
– Raspar o couro cabeludo com a pinça lecron /espátula descartável, as lesões descamativas e recolher o material no centro do papel. Coletar preferencialmente da borda da lesão. Desprezar as primeiras escamas;
– Retirar de 5 a 10 fios de cabelo, com o bulbo capilar, e encaminhar juntamente com as descamações já coletadas. Observar também, a presença de nódulos claros ou escuros nos fios de cabelo. Neste caso, o material a ser coletado são os fios de cabelo íntegros, com os nódulos;
– Após a coleta, fechar cuidadosamente o papel respeitando as dobras já existentes;
– Vedar o papel com a própria etiqueta de código de barras. Caso tenha exame de cultura de fungos, colar a etiqueta no lado oposto do papel.
Observações: Para esta coleta, o cliente deve estar há 24 h sem lavar os cabelos.
4. LESÃO NA VIRILHA E AXILAR
– Observar o local da lesão a ser escarificado;
– Desprezar as primeiras descamações;
– Abrir o papel e posicioná-lo abaixo da lesão e coletar o material através da descamação do local com o auxílio da pinça/lecron descartáveis ou esterilizadas;
– Retirar, se possível, 5 pelos com bulbo e encaminhar juntamente com as descamações;
– Atenção com presença de nódulos brancos ou negros;
– Após a coleta, fechar cuidadosamente o papel respeitando as dobras já existentes e vedar o papel com a própria etiqueta código de barras.
Cultura de fungos:
– Quando solicitado cultura para fungos isoladamente ou em conjunto com o micológico direto das regiões descritas acima (pele/lesões, unha, couro cabeludo), a coleta deve ser realizada da mesma forma, pois o material será utilizado tanto para pesquisa quanto para cultura;
– Identificar o mesmo recipiente, com a etiqueta do micológico direto e com a de cultura de fungos e atentar-se à quantidade de material encaminhado, quando solicitado em secreções, proceder da maneira indicada abaixo.
5. SECREÇÕES
Cultura de fungos secreções
– Abrir o invólucro do meio de transporte específico para cultura de secreção, meio de amies e retirar o swab;
– Coletar a secreção com o swab e introduzir dentro do tubo vedando-o bem;
– Identificar o meio de transporte com a etiqueta de código de barras.
6. RASPADO DE LÍNGUA
– O paciente deve ter realizado a higiene bucal;
– Realizar raspado da língua com pinça/lecron descartáveis ou esterilizadas;
– Com swab, recolher o material da pinça lecron/ espátula e introduzir dentro do tubo vedando bem;
– Identificar o meio de transporte com etiqueta de código de barras.
Observações:
– Quando o médico solicitar dois ou mais locais diferentes, coletar um recipiente para cada local especificado.
Em caso de desabastecimento do papel envelope para micológico:
– Pode-se utilizar lâminas e recipiente porta-lâminas;
– Identificar a lápis, na parte fosca da lâmina, o número de identificação do laboratório;
– Posicioná-la abaixo do local a ser coletado;
– Realizar o raspado;
– Cobrir o raspado com outra lâmina;
– Vedar as laterais com esparadrapo;
– Acondicionar as lâminas dentro do porta-lâminas e identificar com a etiqueta código de barras.
7. FEZES
Coletar as fezes em frasco estéril e enviar em meio de transporte Cary Blair.
8. URINA
– Realizar a higiene da região genital com lenços umedecidos;
– Iniciar a micção desprezando o primeiro jato e coletar o jato médio no frasco estéril;
– Transferir a urina para tubo cônico e vedar bem;
– Verificar se o volume está adequado (12 ml).
Interpretação:
Exame utilizado na confirmação laboratorial de clínica compatível com infecção fúngica. Geralmente, é possível estabelecer gênero e espécie do fungo infectante. Devido às características biológicas dos fungos, a resposta da cultura é normalmente demorada e muitas vezes servem como confirmação de infecção que já está em tratamento.
O antifungigrama visa a determinação de resistência a antifúngicos. Não é solicitado rotineiramente, pois perfil o de mutação para resistências aos antifúngicos das leveduras é baixo. Os fungos dimórficos geralmente não apresentam perfis de resistência que justifiquem esta preocupação. As cepas isoladas são testadas em técnicas padronizadas (em termos de concentração inibitória e fungicida), contra os antifúngicos mais utilizados no mercado.
Indicações:
Cultura: diagnóstico de processos infecciosos causados por agentes fúngicos. Antifungigrama: pode ser solicitado em alguns casos refratários a tratamento.
Interpretação clínica:
A positividade em culturas é interpretada em concordância com os dados clínicos e exames diretos das amostras. Deve a positividade ser mantida após a repetição dos cultivos. Este exame é mais sensível do que a pesquisa direta, o que explica alguns casos em que a cultura é positiva com pesquisa de fungos negativa. O inverso, pesquisa positiva com cultura negativa, pode ocorrer, quando é coletado material de paciente que já fez tratamento antifúngico tópico ou sistêmico. Nas culturas de material obtido em mucosas a análise dos resultados leva em conta a presença de fungos comensais, como a Candida por exemplo.
Sugestão de leitura complementar:
Rex JH, Pfaller MA, Galgiani JN, et al. Development of interpretive breakpoints for antifungal susceptibility testing: Conceptual framework and analysis of in vitro – in vivo correlation data for fluconazole, itraconazole and candida infections. Clin Infect Dis 1997; 24: 235-47.
Wanger A, Mills K, Nelson PW, et al. Comparison of Etest and NCCLS broth macrodilution method for antifungal susceptibility testing: Enhanced ability to detect amphotericin B-resistant Candida isolates. Antimicrobial Agents and Chemotherapy 1995; 39 (11): 2520-2.
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Coletar com swab e enviar em meio de transporte Amies (meio com carvão ativado).
Interpretação:
Uso: Detecção de processos infecciosos.
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Os materias devem ser enviados em tubo tipo Falcon 15 mL estéril ou frasco estéril.
Interpretação:
A cultura para germes aeróbicos comuns pode ser realizada a partir de uma série de amostras e sua condução leva em consideração as características da amostra e da bacterioscopia inicial. Cada compartimento possui diferentes características de pH, flora normal, oxigenação, etc, o que faz com que os achados sejam valorizados de acordo com o contexto clínico laboratorial. O antibiograma é realizado para a bactéria isolada considerada potencialmente patogênica, segundo as normas do CLSI.
Indicações:
Diagnóstico de infecções bacterianas; estabelecimento de perfis de sensibilidade a antibióticos.
Interpretação clínica:
O método de referência para determinar a presença de infecção é a cultura quantitativa. Para que os resultados tenham boa correlação com a clínica, é essencial que se disponha de amostra coletada de forma adequada para cada tipo de material. Quando não se conhece a sensibilidade de um microrganismo que contribui para um processo infeccioso, devem ser feitos testes, especialmente quando se trata de espécies capazes de desenvolver resistência aos agentes antimicrobianos normalmente usados. Alguns microrganismos são reconhecidamente suscetíveis a certos agentes antimicrobianos e o tratamento empírico é utilizado na rotina. A penicilina, por exemplo, é uma droga eficaz para o tratamento de Streptococcus pyogenes, o que torna desnecessário o teste de sensibilidade. A exceção é quando o paciente é alérgico a este antimicrobiano. Neste caso, deve-se testar a sensibilidade à eritromicina. Da mesma forma, é dispensável efetuar teste para a Gardnerella vaginalis, pois o tratamento empírico com metronidazol já está estabelecido.
O teste de sensibilidade aos antimicrobianos tem importante valor preditivo negativo. Detectar resistência é mais importante do ponto de vista clínico, porque pode se saber assim a probabilidade de êxito terapêutico. Por outro lado, a sensibilidade de um microrganismo diante de um agente antimicrobiano não é certeza absoluta de sucesso no tratamento, pois as reações in vivo podem ser diferentes das que ocorrem in vitro.
Alguns microrganismos fastidiosos requerem testes de sensibilidade específicos, como por exemplo Haemophilus spp, Neisseria gonorrhoeae e Streptococcus pneumoniae. Tem-se revelado de grande importância a detecção de espécies produtoras de beta-lactamase, enzima que inativa a ação de antimicrobianos que apresentam o anel beta-lactâmico na estrutura química, como as penicilinas e cefalosporinas. O teste é útil para as bactérias Neisseria gonorrhoeae, Haemaphilus
spp., Moraxella catarrhalis, Enterococcus spp., Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase-negativa.
Algumas cepas de Enterococcus spp. têm apresentado alto nível de resistência aos aminoglicosídios, indicando que o uso de penicilinas combinado a aminoglicosídios, visando uma ação sinérgica, não terá o efeito desejado. Neste caso, recomenda-se testar antimicrobianos em alta concentração de gentamicina (120ug) e estreptomicina (300ug) ou através de equipamento automatizado. Esta pesquisa é indicada em isolamentos do sangue e do liquor.
A pesquisa da enzima beta-lactamase de espectro ampliado mais comumente encontrada na E. coli e Klebsiella pneumoniae embora também possa estar presente em outras enterobactérias, tem demonstrado ser um dado fundamental na liberação dos testes de sensibilidade, já que sua presença indica resistência aos antimicrobianos beta-lactâmicos, não evidenciada no antibiograma usual.
Sugestão de leitura complementar:
Veber AJCLM. Perfil e Nível de Resistência Bacteriana em Amostras Isoladas de Infecções do Trato Urinário de Clientes de um Laboratório de Análises Clínicas. Dissertação. Universidade Federal Regional de Blumenau. Cento de Ciências da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias. 2011.
Sinônimos:
Coprocultura
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Enviar as fezes em meio de transporte Cary Blair, pois este meio é conservante de fezes para isolamento de enteropatógenos.
Interpretação:
Visa diagnosticar infecções pelas enterobactérias Escherichia coli invasora, enteropatogênica, enterohemorrágica e enterotoxigênica, Salmonela spp e Shigella spp.
Sinônimos:
Cultura de fezes, Coprocultura.
Indicações:
Diagnóstico de infecções de trato gastrointestinal por bactérias enteropatogênicas.
Interpretação clínica: Cultura negativa sugere que não haja infecção por estas bactérias patogênicas.
Sugestão de leitura complementar:
WHO Scientific Working Group. Enteric infections due to Campylobacter, Yersinia, Salmonella, and Shigella. Bull World Health Organ. 1980; 58(4): 519-37.
J. Sénécal. Les diarrhées infantiles en Afrique-Occidentale française. Bull World Health Organ. 1959; 21(3): 321-36.
Sinônimos:
Urocultura
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Em caso de uso de antimicrobianos, deve-se aguardar 7 dias após o término do medicamento para realização do exame ou de acordo com orientação médica.
Recipiente:
Tubo com ácido Bórico ou Placa semeada
Coleta:
O paciente deve ser orientado a lavar bem os genitais externos com água e sabão; abrir a tampa do frasco, com cuidado para não tocá-lo internamente; desprezar o primeiro jato de urina e colher, diretamente no frasco estéril, a porção intermediária. Transferir cuidadosamente a urina para o tubo contendo Ácido Bórico, preenchendo até a marca de volume máximo (4 mL), homogeneizar e refrigerar evitando o contato direto com gelo. De preferência colher a primeira urina da manhã, ou urina com no mínimo 2 horas de retenção na bexiga.
Critério de rejeição:
Amostras transportadas em frasco sem conservante adequado.
Interpretação:
Uso:
Diagnóstico de infecção do trato urinário.
A urina é um filtrado estéril do sangue. Na ausência de infecção do trato urinário, ela surge a partir dos rins e bexiga, livre de organismos. A bacteriúria significativa é normalmente caracterizada por contagens de colônias maiores que 1.000.000 ou mais unidades formadoras de colônias/mL.
Contagens bacterianas baixas, obtidas em urinas aspiradas assepticamente de cateter, devem ser consideradas significativas, visto que estas não podem ser responsabilizadas por contaminação durante a coleta. Algumas espécies bacterianas, particularmente estafilococos coagulase positivo (S. aureus), crescem lentamente na urina, podendo apenas alcançar de 10.000 a 100.000 ufc/mL. Esta contagem é considerada “bacteriúria significativa” para estes microorganismos.
Os resultados de culturas de urinas com densidade baixa (principalmente de crianças) devem ser analisados e sempre levados em consideração, mesmo com contagem de colônias menor que 1.000.000 ufc/mL.
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Coletar com swab e enviar em meio de transporte Amies (meio com carvão ativado).
Interpretação:
Uso:
Detecção de processos infecciosos.
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Coletar com swab e enviar em meio de transporte Amies (meio com carvão ativado).
Interpretação:
Uso:
Detecção de processos infecciosos.
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Enviar esperma em meio de transporte Amies ou frasco estéril.
Para realizar a contagem de colônias, é obrigatório o envio no frasco estéril refrigerado.
– Não há necessidade de abstinência sexual;
– Orientar o cliente a lavar as mãos e realizar a antissepsia da região genital, retraindo o prepúcio e descontaminando a glande com o lenço umedecido;
– Orientar a coletar por masturbação;
– Orientar a coletar todo o volume ejaculado em frasco estéril, evitando perdas;
– Identificar o frasco com a etiqueta código de barras e encaminhar sem contato direto com o gelo.
Obs.: Caso tenha que realizar os exames de urina e esperma, realizar a coleta de urina inicialmente;
Paciente menor de idade (17 anos, 11 meses e 29 dias) é obrigatório a presença do responsável legal para atendimento.
Interpretação:
A cultura para germes aeróbicos comuns pode ser realizada a partir de uma série de amostras e sua condução leva em consideração as características da amostra e da bacterioscopia inicial. Cada compartimento possui diferentes características de pH, flora normal, oxigenação, etc, o que faz com que os achados sejam valorizados de acordo com o contexto clínico laboratorial. O antibiograma é realizado para a bactéria isolada considerada potencialmente patogênica, segundo as normas do CLSI.
Indicações:
Diagnóstico de infecções bacterianas; estabelecimento de perfis de sensibilidade a antibióticos.
Interpretação clínica:
O método de referência para determinar a presença de infecção é a cultura quantitativa. Para que os resultados tenham boa correlação com a clínica, é essencial que se disponha de amostra coletada de forma adequada para cada tipo de material. Quando não se conhece a sensibilidade de um microrganismo que contribui para um processo infeccioso, devem ser feitos testes, especialmente quando se trata de espécies capazes de desenvolver resistência aos agentes antimicrobianos normalmente usados. Alguns microrganismos são reconhecidamente suscetíveis a certos agentes antimicrobianos e o tratamento empírico é utilizado na rotina. A penicilina, por exemplo, é uma droga eficaz para o tratamento de Streptococcus pyogenes, o que torna desnecessário o teste de sensibilidade. A exceção é quando o paciente é alérgico a este antimicrobiano. Neste caso, deve-se testar a sensibilidade à eritromicina. Da mesma forma, é dispensável efetuar teste para a Gardnerella vaginalis, pois o tratamento empírico com metronidazol já está estabelecido.
O teste de sensibilidade aos antimicrobianos tem importante valor preditivo negativo. Detectar resistência é mais importante do ponto de vista clínico, porque pode se saber assim a probabilidade de êxito terapêutico. Por outro lado, a sensibilidade de um microrganismo diante de um agente antimicrobiano não é certeza absoluta de sucesso no tratamento, pois as reações in vivo podem ser diferentes das que ocorrem in vitro.
Alguns microrganismos fastidiosos requerem testes de sensibilidade específicos, como por exemplo Haemophilus spp, Neisseria gonorrhoeae e Streptococcus pneumoniae. Tem-se revelado de grande importância a detecção de espécies produtoras de beta-lactamase, enzima que inativa a ação de antimicrobianos que apresentam o anel beta-lactâmico na estrutura química, como as penicilinas e cefalosporinas. O teste é útil para as bactérias Neisseria gonorrhoeae, Haemaphilus
spp., Moraxella catarrhalis, Enterococcus spp., Staphylococcus aureus e estafilococos coagulase-negativa.
Algumas cepas de Enterococcus spp. têm apresentado alto nível de resistência aos aminoglicosídios, indicando que o uso de penicilinas combinado a aminoglicosídios, visando uma ação sinérgica, não terá o efeito desejado. Neste caso, recomenda-se testar antimicrobianos em alta concentração de gentamicina (120ug) e estreptomicina (300ug) ou através de equipamento automatizado. Esta pesquisa é indicada em isolamentos do sangue e do liquor.
A pesquisa da enzima beta-lactamase de espectro ampliado mais comumente encontrada na E. coli e Klebsiella pneumoniae embora também possa estar presente em outras enterobactérias, tem demonstrado ser um dado fundamental na liberação dos testes de sensibilidade, já que sua presença indica resistência aos antimicrobianos beta-lactâmicos, não evidenciada no antibiograma usual.
Sugestão de leitura complementar:
Veber AJCLM. Perfil e Nível de Resistência Bacteriana em Amostras Isoladas de Infecções do Trato Urinário de Clientes de um Laboratório de Análises Clínicas. Dissertação. Universidade Federal Regional de Blumenau. Cento de Ciências da Saúde. Doenças Infecciosas e Parasitárias. 2011.
Sinônimos:
Cultura de bacilos de Koch, Bacilo Alcool ácido
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Urina – Realizar higiene genital, desprezar o primeiro jato e colher todo volume da primeira urina da manhã, enviar uma alíquota em frasco estéril de 50 mL (volume mínimo 5,0 mL).
Fezes – Coletar as fezes de qualquer evacuação no pote do laboratório ou coletor tipo universal e transferir para o meio de transporte Cary blair.
Líquidos Nobres – Enviar de 5,0 a 10,0 mL, preferencialmente em tubo Falcon para evitar derramamento durante o transporte.
Tecidos e Biópias – Enviar todo o volume coletado em frasco estéril em solução salina.
Aspirado gástrico e secreção gástrica – Enviar de 5,0 a 10,0 mL, em frasco estéril.
Materiais de trato respiratório (escarro, secreção traqueal, secreção brônquica, lavado brônquico): Enviar de 5,0 a 10,0 mL, em frasco estéril.
Medula Óssea: Enviar no meio de cultura BACTEC Myco/F.
Interpretação:
Uso:
Diagnóstico de processos infecciosos causados por micobactérias.
As infecções causadas por micobactérias têm aumentado sua incidência devido ao aumento no número de casos de imunodeficiência e ao desenvolvimento de resistência aos quimioterápicos observado na atualidade. Processos patológicos causados por estes microorganismos são de difícil diagnóstico, devido à característica crônica e inespecífica do processo e à dificuldade de isolamento do germe nos locais afetados. Micobactérias são microorganismos exigentes, e seu cultivo demanda muitos cuidados, que oneram seu custo e condicionam a culturas geralmente muito demoradas. Contudo, a cultura para BAAR oferece sensibilidade adicional à abordagem diagnóstica, além de servir como subsídio epidemiológico. Clinicamente, a opção de pesquisa de micobactérias por PCR melhorou a capacidade do laboratório em responder com boa sensibilidade e maior rapidez à necessidade diagnóstica. Os materiais empregados podem ser variados, desde escarro, sangue, urina, biópsia, etc.
Indicações:
Diagnóstico de processos infecciosos causados por micobactérias.
Interpretação clínica:
A cultura apresenta alta especificidade e alta sensibilidade, de 80-85%, no diagnóstico das infecções causadas por micobactérias.
Sugestão de leitura complementar:
Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras bactérias. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 2008. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_laboratorial_tuberculose.pdf, consulta em 29 de novembro de 2015.
Sinônimos:
Dimer, Fragmento da degradação da fibrina.
Instruções:
Informações de preparo e coleta
ORIENTAÇÃO DE COLETA:
– Jejum não necessário.
– Anotar os medicamentos em uso;
– Obter sangue por punção venosa e evitar garroteamento por mais de 01 minuto, hemólise, formação de bolhas e aspiração de líquido tissular. A agulha deve penetrar diretamente na veia na primeira tentativa (punção NÃO traumática). O sangue deve fluir livremente sem que seja necessário aplicar demasiada força ao êmbolo. Não realizar o teste em amostra cuja punção for difícil (punção traumática);
– Preferencialmente coleta a vácuo (agulha com calibre 19 a 22);
– Coletar a amostra com seringa de plástico e centrifugar em tubos plásticos. O uso de material de vidro não siliconizado pode alterar falsamente os resultados. Após remover a agulha, utilizar a porção central da amostra na seringa, usando as porções anterior e posterior para outros testes;
– No caso de sistema de coleta a vácuo, usar tubo de plástico ou vidro siliconizado (menor lesão, menos contaminação e evita formação de coágulos in vitro);
– Ao realizar coleta para testes da coagulação para execução remota (outro laboratório – apoio), o tubo de citrato deve ser o SEGUNDO na ordem de coleta dos tubos. Pode ser após o frasco de hemocultura ou do tubo de descarte sem aditivo, na falta destes coletar um tubo de citrato para descarte.
Obs: Não colher antes do citrato, ou utilizar como descarte tubos sem anticoagulante contendo ativadores de coágulos. É muito importante que o tubo de citrato seja coletado antes do tubo de EDTA. Se houver apenas exames de coagulação, o primeiro tubo deve ser descartado.
– A proporção sangue/anticoagulante deve ser exatamente de 9:1 (9 partes de sangue para 1 de anticoagulante – citrato 3,2% tamponado);
– Homogeneizar a amostra por inversão suave de 5 a 8 vezes (a falha na homogeneização adequada do sangue em tubos com anticoagulante precipita a formação de microcoágulos).
PROCESSAMENTO DA AMOSTRA:
– A amostra deve ser centrifugada imediatamente após coleta por 15 minutos a 3000 rpm;
– SEPARAR o plasma com cuidado para não misturá-lo com o sedimento;
– Deixando sempre uma parte da amostra para não pipetar o sedimento (plaquetas/leucócitos);
– Repetir esse processo de centrifugação e transferir novamente o sobrenadante para outro tubo de transporte (esse procedimento deve ser realizado para obtenção de um plasma pobre em plaquetas inferior a 10000/mm³);
– Volume mínimo para ser encaminhado é de 2,0 mL;
– Congelar o plasma imediatamente após a centrifugação;
– Manter a amostra congelada durante o armazenamento e transporte;
– As amostras deverão chegar ao local do destino ainda congeladas, sendo mantidas assim até o momento da análise. As amostras não podem ser recongeladas, interferindo diretamente nos fatores de coagulação, levando a resultados incorretos;
– Amostras que apresentam fibrina e ou coágulos NÃO são adequadas para o envio. Uma nova amostra será solicitada.
INTERFERENTES:
Antibióticos, anticoagulante orais, heparina, epinefrina, contraceptivos orais, estreptoquinase.
Interpretação:
O dímero D é um fragmento resultante da degradação da fibrina polimerizada especificamente. Após a coagulação haver iniciado, a trombina cliva o fibrinogênio, gerando monômeros de fibrina que se polimerizam, formando um coágulo. Existem outros fragmentos derivados da fibrina monomerizada, mas o dímero D é específico para a fibrina degradada após a polimerização, o que qualifica seu uso como marcador de fibrinólise de coágulo.
É crescente a associação entre os níveis de dímero D e a presença e a severidade de doenças trombóticas. Contudo, sua interpretação deve levar em conta alguns pontos, a seguir. A vida média do dímero D é de aproximadamente 6 horas em indivíduos com função renal normal. Assim, pacientes com coágulos estáveis com esporádicas degradações podem resultar em valores normais. Quanto maior o coágulo, maior será o nível de dímero D circulante. Assim, coágulos muito pequenos, embora potencialmente danosos à saúde podem resultar valores normais. A presença de dímero D pressupõe processo de fibrinólise normal.
Indicações:
Teste de triagem para trombose venosa profunda; avaliação de infarto agudo do miocárdio, angina instável, coagulação intravascular disseminada.
Interpretação clínica:
O teste do dímero D positivo indica a presença de níveis anormais de produtos da degradação de fibrina no organismo. Este resultado informa ao médico que houve formação e decomposição significativas de coágulos (trombos), mas não indica a localização nem a causa. A elevação do dímero D pode ser causada por TVP ou por CID, mas também por cirurgia, trauma ou infecção recente. Níveis elevados também são encontrados em pacientes com doença hepática, gestantes, eclâmpsia, cardiopatia e alguns tipos de câncer.
Um resultado normal do dímero D significa que provavelmente o paciente não tem um quadro ou doença aguda que cause formação e degradação anormais de coágulos. A maioria dos médicos concorda que o dímero D negativo tem maior valor e utilidade quando o teste é realizado em pacientes considerados como de baixo risco. O teste é usado para ajudar a afastar a possibilidade de coágulos serem a causa dos sintomas apresentados.
O dímero D é recomendado como teste adjuvante. Não deve ser o único exame realizado para diagnosticar uma doença ou quadro. Os pacientes com resultados tanto negativos quanto positivos do dímero D podem necessitar de acompanhamento e de outros exames complementares.
Informações em breve!
Sinônimos:
Lactato desidrogenase, LDH, DHL, LD
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não obrigatório;
– Hemólise pode interferir no resultado;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Enzima utilizada na avaliação de processos que resultem em intensa destruição celular em um órgão ou tecido poderá aumentar os níveis séricos desta enzima.
Indicação:
Avaliação das hepatopatias, do infarto do miocárdio e em doenças que cursam com lesão celular.
Interpretação clínica:
A LDH aumenta em todas as situações em que ocorre grande destruição celular: neoplasias primárias ou secundárias, doenças cardiorrespiratórias hipoxêmicas, anemias hemolítica e megaloblástica, leucemias, linfomas, hemoglobinopatias, mononucleose infecciosa, em alguns casos de hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio (em conjunto com outras enzimas como TGO, CPK, CK-MB constitui um marcador de diagnóstico, a LDH se eleva após 12 horas do IAM, seu pico é alcançado em 48 horas e usualmente retorna para níveis normais depois da CK e TGO; apresenta sensibilidade de 87% e especificidade de 88% no diagnóstico de IAM), insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência coronariana, choque, hipotensão, infarto pulmonar, doenças pulmonares, doenças musculares, hepatites agudas (geralmente menos elevada que as transaminases), na cirrose (usualmente não está muito elevada), alcoolismo crônico (usualmente elevada em combinação com VCM, triglicerídeos, fosfatase alcalina, TGO, TGP, GGT, bilirrubinas e folato), icterícias obstrutivas, pancreatite aguda, infarto renal, convulsões, doenças do sistema nervoso central, hemorragia subaracnoídea, doenças do colágeno, meningites, processos inflamatórios, fraturas, traumas, lesão muscular, distrofia muscular, necrose tecidual, obstrução intestinal e hipertermia.
Sinônimos:
Proteinograma
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
A eletroforese separa as proteínas nas suas frações pré-albumina, albumina, alfa-1-Globulinas, alfa-2-globulinas, betaglobulinas e gamaglobulinas. A pré-albumina migra em uma posição mais rápida do que a albumina em direção ao anodo, sendo uma das menores proteínas plasmáticas (62.000 daltons), possuindo meia vida muito curta, de dois dias. A albumina é a proteína mmais abundante, correspondendo a 2/3 do total. Suas principais funções são a manutenção da pressão oncótica intravascular e o transporte específico de várias substâncias endógenas e exógenas, como bilirrubinas, ácidos graxos e fármacos, entre outros. As alfa-1-globulinas correspondem a várias proteínas que migram nesta região – alfa-1-antitripsina, alfa-1-globulina, alfa-1-antiquimiotripsina, porém a alfa-1-antitripsina é a principal responsável pela coloração desta região. Isto ocorre, pois, a alfa 1 glicoproteína, outra proteína que migra na mesma região, tem baixa afinidade pelo corante. A região das alfa-2-globulinas é determinada por 2 proteínas, alfa-2-macroglobulina e haptoglobina. A haptoglobina pode ter uma variação na posição da corrida eletroforética por sua heterogenicidade molecular, podendo desde sobrepor-se à alfa 2 macroglobulina (tip 1-1), até separar-se nitidamente (tipo 2-2). Sua principal função é formar um complexo com a hemoglobina livre, sendo removido posteriormente pelas células reticulo-endoteliais. O traçado das betaglobulinas é composto por duas proteínas principais, a transferrina e o componente C3 do complemento. Outras proteínas como as beta-lipoproteínas, beta-2-microglobulina e antitrombina III corrrem na mesma posição, porém pela baixa afinidade com o corante normalmente não são visualizadas. As gamaglobulinas estão relacionadas diretamente ao processo de imunidade humoral.
Indicação:
Detecção e quantificação de bandas de paraproteínas em doenças linfoproliferativas; detecção de estados fisiopatológicos como inflamação, perda protéica, gamopatias e outras disproteinemias.
Interpretação clínica:
Pré-albumina: indicador precoce nas modificações do estado nutricional; também tem papel no metabolismo da Vitamina A, pois forma um complexo com a RBP, impedindo sua eliminação pelo filtrado glomerular; liga-se também à tiroxina; está diminuída em doenças hepáticas e aumentada com o uso de hormônios esteróides, gestação e insuficiência renal. Albumina: Está diminuída por defeito de síntese (hepatopatias graves crônicas) ou por perda renal (síndrome nefrótica), intestinal (enteropatias) ou cutânea (queimaduras extensas). Também pode estar diminuída em processos inflamatórios agudos por aumento da permeabilidade capilar.
Pode ocorrer picos distintos de albumina (bisalbuminemia) ou analbuminemia, causada por variações genéticas sem acarretar manifestações clinicas.
Tem meia vida de 17 dias, sendo que 25% tornam-se glicadas durante períodos de hiperglicemia, podendo ser útil no acompanhamento de pacientes diabéticos durante curtos intervalos de tempo. Alfa-1-globulinas: como a alfa 1 antitripsina é a principal responsável por esta fração, suas alterações são as que gerarão maior impacto; por ter a função de neutralizar as enzimas proteolíticas durante o processo inflamatório agudo, encontra-se elevada nesta situação; outras causas de elevação são doenças inflamatórias agudas ou crônicas, neoplasias, após trauma ou cirurgias, durante a gravidez ou terapia estrogênica; na deficiência hereditária haverá ausência desta região na forma homozigótica e desdobramento na forma heterozigótica. Alfa-2-globulinas: a haptoglobina também é uma proteína de fase aguda, aumentando na vigência de processos inflamatórios; Já a alfa 2 macroglobulina apresenta pouco interesse clínico, mas é mais elevada nos períodos infantil e senil, e na síndrome nefrótica; é mais baixa nas hepatopatias crônicas e algumas vezes na fibrinólise por hiperconsumo. Betaglobulinas: como a transferrina é responsável pelo transporte de ferro e seu aumento indica uma deficiência do mesmo; Por ser de síntese hepática ela estará diminuída nas hepatopatias crônicas; Já o C3 atua como medidor em várias reações imunitárias, podendo apresentar níveis mais baixos nos casos de ativação da via alternativa, como ocorre no LES, glomerulopatias pós estreptocócicas, mesangio capilar etc, ou nas deficiências congênitas de C3; níveis elevados podem ser observados em processos inflamatórios agudos, pois é considerada uma proteína de fase aguda; como esta região encontra-se vizinha à zona gama não é raro que ela seja encoberta pelas bandas monoclonais quando presentes. Gamaglobulinas: sua ausência ou diminuição indica imunodeficiências congênitas ou adquiridas. Seu aumento ocorre em doenças inflamatórias crônicas, reações imunes, doenças hepáticas ou neoplasias disseminadas, tuberculose, sarcoidose, linfogranuloma venéreo, sífilis terciária, artrite reumatóide, LES, linfomas malignos, doença de Hodgkin, leucemia linfocítica crônica, macroglobulinemia de Waldenstrom, mieloma múltiplo e hepatopatias.
OBS: Interzona Albumina-Alfa 1:Em condições normais é um espaço claro, porém, lá migram 2 proteínas (alfa feto proteína e alfa lipoproteína). A alfa feto proteína tem baixa concentração plasmática (exceto em RN) e a alfa lipoproteina tem baixa afinidade pelo corante, não sendo normalmente visualizadas.
Sugestão de leitura complementar:
Theodore X. O’Connel, Timothy J. Horita, Barsam Kasravi. Understanding and Interpreting Serum Protein Electrophoresis. Am Fam Physician. 2005 Jan 1;71(1):105-112.
Sinônimos:
FAN, ANA, AAN, anticorpos ou fator antinuclear
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
O estabelecimento dos padrões do FAN é geralmente seguido pela determinação mais específica dos anticorpos contra os antígenos a eles associados. As células Hep-2 são o melhor substrato para pesquisa por fornecer maior sensibilidade com os antígenos nucleares possíveis.
Indicação:
Diagnóstico de doenças autoimunes sistêmicas.
Interpretação clínica:
Os padrões de fluorescência geralmente indicam o grupo de antígenos intracelulares, sugerindo a investigação posterior ou associação patológica.
Alguns padrões observados:
– Homogêneo: dsDNA, ssDNA, dRNP, histonas: lupus eritematoso sistêmico (LES), outras doenças do tecido, conjuntivo, lupus induzido por drogas).
– Salpicado: Sm, U1-nRNP, U2-nRNP, SSA, SSB, PCNA, matriz nuclear, centrômero, coilina p80, PBC-95, Mi-2: LES, doença mista do tecido conjuntivo, doença de Raynaud, esclerodermia, polimiosite, síndrome de Sjögren, dermatomiosite.
– Nucleolar: Fibrilarina, NOR-90, B23, RNApolI, PM/Scl, Ku, Scl-70, To/Th, Ki/SL, SRP: esclerodermia, hipertensão pulmonar, carcinoma hepatocelular, LES, doenças do tecido conjuntivo, doença de Raynaud, polimiosite, síndrome de Sjögren.
– Periférico: NuMA, HKSP, laminina:síndrome de Sjögren, doenças do tecido conjuntivo, LES, hepatite autoimune ativa, artrite não erosiva.
– Citoplasmático: RNP citoplasmática, Jo-1, PL7, PL12, mitocôndria, centríolo, centrômero, complexo de Golgi, LES, polimiosite, doença pulmonar intersticial, esclerodermia, cirrose biliar primária, doenças do tecido conjuntivo, síndrome de Raynaud, síndrome de Sjögren, degeneração cerebelar.
São considerados de importância clínica resultados superiores a 1:80. Anticorpos antinucleares, principalmente em títulos baixos,podem ser encontrados em indivíduos normais, infecções e doenças inflamatórias crônicas, devendo ser correlacionados cm os dados clínicos.
Algumas medicações podem estar associadas ao desenvolvimento de FAN positivo, como procainamida, hidralazina, fenotiazinas, difenilhidantoína, isoniazida, quinidina, entre outros, com títulos detectáveis por meses e até anos após a interrupção de sua administração.
Sinônimos:
Látex, FR
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não necessário;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
É uma imunoglobulina que pode ser do tipo IgM, IgG, IgA ou IgM, capaz de reagir com o fragmento Fc de uma imunoglobulina G humana. É utilizado principalmente como marcador de Artrite Reumatóide (AR), mas pode ocorrer em outras situações clínicas. O valor preditivo positivo do teste para AR é de 20-30% e o valor preditivo negativo, 93-95%. Atualmente, utilizam-se análises quantitativas, como nefelometria, turbidimetria e ELISA. A presença de altos títulos de FR é preditiva para o desenvolvimento de AR em indivíduos não sintomáticos e está associada a um curso mais agressivo e destrutivo, com ocorrência de manifestações extra-articulares. Por outro lado, o sucesso da resposta ao tratamento com drogas modificadoras da doença e novos agentes biológicos, está associado à diminuição dos títulos de FR. Um aumento combinado de FR do tipo IgM e IgA é observado quase que exclusivamente em AR.
Indicações:
Diagnóstico de artrite reumatóide, síndrome de Sjögren e crioglobulinemia mista. Investigação de outros tipos de artrites e espondiloartropatias.
Interpretação clínica:
O fator reumatóide é positivo em 60-80% dos casos de Artrite Reumatóide (AR), em 20% de AR juvenil, em 60-70% das Síndromes de Sjögren e em 70% dos casos de Crioglobulinemia mista. Pode ser observado em outras doenças auto-imunes, como em 30% dos casos de lúpus eritematoso sistêmnico (LES), 25% de doença mista do tecido conectivo, 20% de esclerodermia, 20% de dermato e polimiosite e 25% de cirrose biliar. Pode estar presente também em doenças infecciosas (endocardite bacteriana: 40%, Hepatites virais: 25%, EBV e CMV: 20%); e inclusive em 5% de indivíduos sem doença, principalmente idosos. O título de FR é importante no prognóstico e acompanhamento da AR; altos títulos apontam tendência de a doença evoluir para complicações viscerais e pior prognóstico. Pode estar ausente em aproximadamente 30% dos pacientes nos estágios iniciais de artrite reumatoide. Na artrite reumatóide juvenil, o percentual de positividade de FR é mais baixo, de aproximadamente 20%.
Sugestão de leitura complementar:
Delaleu N, Jonsson R, Koller MM. Sjögren’s syndrome. Eur J Oral Sci 2005; 113(2):101-13.
Hoy DG, Smith E, Cross M, Sanchez-Riera L, Buchbinder R, Blyth FM, Brooks P, Woolf AD, Osborne RH, Fransen M, Driscoll T, Vos T, Blore JD, Murray C, Johns N, Naghavi M, Carnahan E, March LM. The global burden of musculoskeletal conditions for 2010: an overview of methods. Ann Rheum Dis. 2014: in press.
Sinônimos:
Dosagem de ferritina
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Este exame não necessita de jejum.
– Informar medicamentos em uso. Suspender suplementos e medicamentos com biotina, 72 horas antes da coleta.
– Não realizar exames com contraste radiológico, 72 horas antes da coleta. Caso já tenha realizado exames com contraste, aguardar 72 horas para a coleta deste exame.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Exame utilizado na avaliação da reserva de ferro por apresentar boa correlação com os depósitos teciduais de ferro. Cada mg/L de ferritina representa cerca de 8 a 10 mg de ferro armazenado. Tem variação biológica intra-individual próxima a 15%.
Indicações: Avaliação da reserva de ferro em anemias
Interpretação clínica:
Quando baixa, é um importante indicador de depleção de ferro, mas aumenta na doença inflamatória crônica, de modo que pode estar normal quando a deficiência de ferro coexiste com estas.
Podem aumentar aumentando a ferritina: jejum prolongado e ingestão de medicamentos contendo ferro, infecções, neoplasias, doenças hepáticas, leucemias, ingestão de álcool, anemia hemolítica, anemia sideroblástica, hipertireoidismo, hemocromatose e processos inflamatórios agudos ou crônicos sem infecção. Podem diminuir algumas horas após o desencadeamento de um processo infeccioso.
Sugestão de leitura complementar:
Alam F, Memon AS, Fatima SS. Increased Body Mass Index may lead to Hyperferritinemia Irrespective of Body Iron Stores. Pak J Med Sci 2015; ;31(6):1521-6.
El-Halabi MM, Green MS, Jones C, Salyers WJ Jr. Under-diagnosing and under-treating iron deficiency in hospitalized patients with gastrointestinal bleeding. World J Gastrointest Pharmacol Ther 2016 ;7(1):139-44.
Sinônimos:
Ferro livre, ferro circulante, ferro total
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
O ferro é componente essencial da hemoglobina e desempenha funções no metabolismo como transporte e armazenamento de oxigênio, nas reações de liberação de energia na cadeia de transporte de elétrons, na conversão de ribose a desoxirribose e como cofator de reações enzimáticas, entre outras. Após a absorção intestinal é transportado pela transferrina; a maior quantidade encontra-se ligada à hemoglobina e uma menor parte distribui-se em outras proteínas e enzimas e na forma de depósito como ferritina e hemossiderina.
Indicações:
O ferro, geralmente, é solicitado quando da observação de hemoglobina baixa. Também é usado na monitoração do tratamento de reposição com ferro.
Interpretação clínica:
A dosagem isolada do ferro tem valor limitado. Sua sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de anemia aumentam se utilizado com outros exames, como a determinação da capacidade total de ligação do ferro, saturação da transferrina e dosagem da ferritina. A interpretação deve ser cuidadosa, devido aos fatores que influenciam na dosagem.
Sugestão de leitura complementar:
Sanseviero MT, Mazza GA, Pullano MN, et al. Iron deficiency anemia in newly diagnosed celiac disease in children. Minerva Pediatr. 2016; 68(1):1-4.
El-Halabi MM, Green MS, Jones C, Salyers WJ Jr. Under-diagnosing and under-treating iron deficiency in hospitalized patients with gastrointestinal bleeding. World J Gastrointest Pharmacol Ther 2016; ;7(1):139-44.
Sinônimos:
Dosagem do fator I
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não necessário.
– Anotar os medicamentos em uso;
– Obter sangue por punção venosa e evitar garroteamento por mais de 01 minuto, hemólise, formação de bolhas e aspiração de líquido tissular. A agulha deve penetrar diretamente na veia na primeira tentativa (punção NÃO traumática). O sangue deve fluir livremente sem que seja necessário aplicar demasiada força ao êmbolo. Não realizar o teste em amostra cuja punção for difícil (punção traumática);
– Preferencialmente coleta a vácuo (agulha com calibre 19 a 22);
– Coletar a amostra com seringa de plástico e centrifugar em tubos plásticos. O uso de material de vidro não siliconizado pode alterar falsamente os resultados. Após remover a agulha, utilizar a porção central da amostra na seringa, usando as porções anterior e posterior para outros testes;
– No caso de sistema de coleta a vácuo, usar tubo de plástico ou vidro siliconizado (menor lesão, menos contaminação e evita formação de coágulos in vitro);
– Ao realizar coleta para testes da coagulação para execução remota (outro laboratório – apoio), o tubo de citrato deve ser o SEGUNDO na ordem de coleta dos tubos. Pode ser após o frasco de hemocultura ou do tubo de descarte sem aditivo, na falta destes coletar um tubo de citrato para descarte.
Obs: Não colher antes do citrato, ou utilizar como descarte tubos sem anticoagulante contendo ativadores de coágulos. É muito importante que o tubo de citrato seja coletado antes do tubo de EDTA. Se houver apenas exames de coagulação, o primeiro tubo deve ser descartado.
– A proporção sangue/anticoagulante deve ser exatamente de 9:1 (9 partes de sangue para 1 de anticoagulante – citrato 3,2% tamponado);
– Homogeneizar a amostra por inversão suave de 5 a 8 vezes (a falha na homogeneização adequada do sangue em tubos com anticoagulante precipita a formação de microcoágulos).
PROCESSAMENTO DA AMOSTRA:
– A amostra deve ser centrifugada imediatamente após coleta por 15 minutos a 3000 rpm;
– SEPARAR o plasma com cuidado para não misturá-lo com o sedimento;
– Deixando sempre uma parte da amostra para não pipetar o sedimento (plaquetas/leucócitos);
– Repetir esse processo de centrifugação e transferir novamente o sobrenadante para outro tubo de transporte (esse procedimento deve ser realizado para obtenção de um plasma pobre em plaquetas inferior a 10000/mm³);
– Volume mínimo para ser encaminhado é de 2,0 mL;
– Congelar o plasma imediatamente após a centrifugação;
– Manter a amostra congelada durante o armazenamento e transporte;
– As amostras deverão chegar ao local do destino ainda congeladas, sendo mantidas assim até o momento da análise. As amostras não podem ser recongeladas, interferindo diretamente nos fatores de coagulação, levando a resultados incorretos.
– Amostras que apresentam fibrina e ou coágulos NÃO são adequadas para o envio. Uma nova amostra será solicitada.
INTERFERENTES:
Antibióticos, anticoagulante orais, heparina, epinefrina, contraceptivos orais, estreptoquinase.
Interpretação:
Na eletroforese, o fibrinogênio se apresenta como uma banda situada entre as globulinas beta e gama. É também uma das proteínas de fase aguda.
Indicações:
Diagnóstico de hipofibrinogenemias ou afibrinogenemias primárias ou secundárias; diagnóstico de coagulação intravascular disseminada; marcador de fibrinólise.
Interpretação clínica:
Encontra-se marcadamente elevado durante a fase aguda de processos inflamatórios, sendo um dos componentes que mais afetam o VHS.
Podem aumentar o VHS: contraceptivos orais, anticoagulantes, estresse, trauma, infecção, inflamação, neoplasias, gravidez e períodos pós-operatórios.Podem diminuir: afibrinogenemia/hipofibrinogenemia hereditária, coagulação intravascular, fibrinólises, doença hepática, uso de terapia fibrinolítica e artefato de coleta.
Sugestão de leitura complementar:
Brass LF, Diamond SL. Transport physics and biorheology in the setting of haemostasis and thrombosis. J Thromb Haemost 2016; Feb 5 [In press].
Tabakc? MM, Gerin F, Sunbul M, et al. Relation of Plasma Fibrinogen Level With the Presence, Severity, and Complexity of Coronary Artery Disease. Clin Appl Thromb Hemost 2016; Feb 9 [In press].
Sinônimos:
Fosfatase alcalina, FA, FAL
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Família de enzimas produzidas principalmente no osso e fígado, mas também, no epitélio intestinal, túbulo renal e placenta. Como a fração óssea e a hepática, contribuem cada uma com 45% das isoformas, a FA total é um exame pouco específico.
Indicação:
No diagnóstico de obstrução biliar; no diagnóstico das doenças osteometabólicas é pouco específico, sendo indicado apenas para doenças nas quais se eleva muito, como doença de Paget, raquitismos e osteomalácia, tanto como diagnóstico de atividade como de controle do tratamento.
Interpretação clínica:
Aumenta, principalmente, na obstrução biliar. Aumenta também na colestase intra-hepática e nas doenças infiltrativas do fígado. Pode estar aumentada no alcoolismo crônico.
É um marcador precoce de formação óssea. Tem meiavida longa refletindo situações crônicas em que a formação óssea esteja aumentada, como doença de paget, raquitismos e osteomalácia. Sua elevação em pacientes com doença renal crônica, associada a altos níveis de PTH, é um dos indicadores da osteodistrofia renal e critério para indicação cirúrgica. Seu nível é dependente da idade, sendo mais elevada na infância e adolescência, períodos de crescimento quando a remodelação óssea está aumentada.
Sugestão de leitura complementar:
Bringhurst FR, Demay MB, Kronenberg HM. Hormones and Disorders of Mineral Metabolism. In: Melmed. Williams Textbook of Endocrinology. 12th ed. Saunders; 2011.
Pincus MR, Bock JL, Rossi R, Cai D. Chemical Basis for Analyte Assays and Common Interferences. In: Mc Pherson: Henry’s Clinical Diagnosis and Management by laboratory Methods. 22nd ed. Saunders; 2011.
Sinônimos:
Fosfato
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Avaliação do metabolismo do fósforo.
Os compostos que contém fósforo estão presentes em todas as células e participam de muitos processos bioquímicos importantes, fazendo com que os fosfatos exerçam papel fundamental no metabolismo humano. DNA e RNA contêm fósforo, assim como a maioria das coenzimas e moléculas de reserva energética, por exemplo.
É difícil compreender completamente as causas de concentrações alteradas de fósforo sanguíneo, devido ao fato de que mudanças transcelulares são a maior causa de hipofosfatemia. O fósforo sanguíneo pode ser resultado de absorção intestinal, liberação do espaço intracelular e perda óssea. Em indivíduos sadios, estes processos são relativamente constantes e facilmente regulados pela excreção renal ou reabsorção do fosfato. Distúrbios nestes processos podem alterar as concentrações de fósforo no sangue, sendo a perda da função regulatória renal o fator mais importante neste processo. Outro fator importante na regulação do fósforo é a ação do PTH, embora outros fatores também possam estar associados a esta regulação, como vitamina D, calcitonina, hormônio do crescimento e estado ácido-básico. O PTH aumenta a excreção renal, diminuindo os valores séricos. A vitamina D aumenta a absorção intestinal e a reabsorção renal, aumentando seus valores séricos. O hormônio do crescimento diminui a excreção renal aumentando os níveis. Cerca de 20 – 25% do fósforo sérico está na forma inorgânica, e o fósforo é o ânion intracelular predominante. Níveis diminuídos de fósforo sérico são comuns em pacientes hospitalizados, e embora a maioria dos casos seja moderada, quando em níveis severos podem requerer reposição.
Valores aumentados:
Diminuição da filtração glomerular, aumento de reabsorção tubular (hipoparatireoidismo primário e secundário, pseudohipoparatireoidismo, doença de Addison, acromegalia, anemia falciforme), aumento da liberação intracelular (neoplasias, lesão tecidual, doença óssea -fraturas, mieloma, doença de Paget, tumor ósseo osteolítico, infância), aumento da carga de fosfato (intravenoso, oral, síndrome do leite-álcali), obstrução intestinal alta, sarcoidose, deficiência de magnésio.
Valores diminuídos:
Perda renal ou intestinal (uso de diuréticos, defeitos tubulares renais, síndrome de Fanconi, neoplasia, uso de medicamentos, hiperparatireoidismo, hipercalciúria idiopática, hipocalemia, hipomagnesemia, diálise, hipofosfatemia primária, gota), diminuição da absorção inicial (má absorção, deficiência de vitamina D, resistência à vitamina D, desnutrição, vômitos, diarréia, antiácidos ligantes ao fosfato), absorção intracelular de fosfato (alcoolismo, diabetes mellitus, acidose, hiperalimentação, alcalose, uso de salicilatos, esteróides anabolizantes, androgênios, epinefrina, glucagon, insulina, síndrome de Cushing, hipotermia prolongada).
Sinônimos:
FSH, Gonadotrofina hipofisária
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
O FSH estimula a maturação das células germinativas estimulando, na mulher, o início do crescimento folicular através da sua ação nas células da granulosa. No homem, estimula a produção de inibina pelas células de Sertoli.
Indicações:
Avaliação do climatério, por ser seu marcador mais precoce, do hipogonadismo e da infertilidade.
Interpretação clínica:
Nas formas de hipogonadismo em ambos os sexos, quando elevado, em paralelo com o LH, indica hipogonadismo hipergonadotrófico.
No climatério, eleva-se antes da elevação do LH e da diminuição posterior do estradiol. É importante ressaltar que, mesmo com a reposição hormonal da menopausa em níveis adequados, é comum que o FSH permaneça em níveis elevados, não se devendo esperar sua queda para níveis pré-menopausa.
Na infertilidade masculina, o FSH pode estar aumentado com LH normal, indicando falência espermatogênica.
Ao contrário do LH, uma medida basal de FSH não é útil no diagnóstico da puberdade precoce, uma vez que varia pouco ao longo do desenvolvimento puberal, não havendo padronização de seus níveis.
Sugestão de leitura complementar:
Chernecky CC, Berger BJ, editors. Laboratory 102 Anexo: Neuroendocrinologia
tests and diagnostic procedures. 5th ed. Philadelphia: Elsevier Saunders; 2008
Resende EAMR, Lara BHJ, Reis JD, et al. Assessment of Basal and Gonadotropin-Releasing Hormone-Stimulated Gonadotropins by Immunochemiluminometric and Immunofluorometric Assays in Normal Children. J Clin Endocrinol Metab. 2007; 92(4):1424-29.
Sinônimos:
Sifilis; Treponema pallidum.
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Confirmação de resultados reagentes em testes não-treponêmicos no diagnóstico da sífilis; diagnóstico de sífilis tardia (mesmo com testes não-treponêmicos não reagentes).
O uso de testes treponêmicos deve trazer mais especificidade à rotina diagnóstica; sua sensibilidade situa-se em torno de 80-90% em sífilis primária, >95% em sífilis secundária e terciária e 90-95% em sífilis tardia. Na maioria dos casos, a positividade permanece por toda a vida, embora alguns pacientes tornem-se não-reagentes com o passar dos anos.
Este teste não é indicado para o seguimento terapêutico, uma vez que a variação em seus títulos não se correlaciona com a melhora clínica do paciente. O teste utilizando reagentes para a evidenciação de IgM pode ser útil no diagnóstico mais precoce de sífilis congênita. Os títulos IgG tendem a desaparecer em até 8 meses após o nascimento (a persistência nos títulos após este período pode ser interpretada como sífilis congênita). Em alguns casos de uveíte sifilítica, é possível o encontro de FTA-Abs reagentes com VDRL não reagentes. É possível a presença de falso-positivos, especialmente em quadros de doença do colágeno. Se a terapia é instituída em tempo anterior a soroconversão (no tempo da lesão inicial do cancro), estes pacientes resultarão não reagentes.
Sinônimos:
Sifilis; Treponema pallidum
Instruções:
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Confirmação de resultados reagentes em testes não-treponêmicos no diagnóstico da sífilis; diagnóstico de sífilis tardia (mesmo com testes não-treponêmicos não reagentes).
O uso de testes treponêmicos deve trazer mais especificidade à rotina diagnóstica; sua sensibilidade situa-se em torno de 80-90% em sífilis primária, >95% em sífilis secundária e terciária e 90-95% em sífilis tardia. Na maioria dos casos, a positividade permanece por toda a vida, embora alguns pacientes tornem-se não-reagentes com o passar dos anos.
Este teste não é indicado para o seguimento terapêutico, uma vez que a variação em seus títulos não se correlaciona com a melhora clínica do paciente. O teste utilizando reagentes para a evidenciação de IgM pode ser útil no diagnóstico mais precoce de sífilis congênita. Os títulos IgG tendem a desaparecer em até 8 meses após o nascimento (a persistência nos títulos após este período pode ser interpretada como sífilis congênita). Em alguns casos de uveíte sifilítica, é possível o encontro de FTA-Abs reagentes com VDRL não reagentes. É possível a presença de falso-positivos, especialmente em quadros de doença do colágeno. Se a terapia é instituída em tempo anterior a soroconversão (no tempo da lesão inicial do cancro), estes pacientes resultarão não reagentes.
Sinônimos:
GGT, gama GT, Gama glumatil transpeptidase
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
É uma enzima originada principalmente do sistema hepatobiliar, com a função de transferir o ácido glutâmico através das membranas celulares. Eleva-se em especial nas colestases intra ou extra-hepáticas, nas neoplasias hepáticas primárias ou nas alterações do parênquima hepático por metástases.
Indicações:
Confirmação de origem hepática quando fosfatase alcalina (FA) elevada; colestase; pós transplante hepático; neoplasias; alcoolismo, sobretudo crônico.
Interpretação clínica:
São causas de aumento de gama GT: colestase intra hepática, doença crônica alcoólica (relação GGT/FA > 2,5 a 5,0), obstrução biliar extra hepática, atresia biliar, cirrose, cirrose biliar primária, hepatites, hepatoma, carcinoma metastático de fígado, lúpus eritematoso sistêmico hipertireoidismo, uso de drogas como anticonvulsivantes (Ex:fenitoína,fenobarbital e ácido valpróico), barbitúricos, anticoagulantes, alguns antimicrobianos, benzodiazepínicos, antidepressivos tricíclicos e acetaminofen, rejeição aguda ao transplante hepático (mais sensível e prococe do que a FA) e pancreatite aguda, entre outras doenças . Pode estar aumentada na ingestão aguda de álcool. Nas doenças hepáticas obstrutivas os níveis de GGT estão de 5 a 50 vezes acima do normal. Já nas hepatites infecciosas o aumento é mais discreto. É útil no acompanhamento destas últimas, pois é a última enzima hepática a normalizar. Nas hepatites crônicas o aumento é mais pronunciado do que nas agudas.
São causas de diminuição: hipotireoidismo. A diminuição dos níveis de GGT em pacientes com carcinoma denota resposta ao tratamento.
Sinônimos:
Glicemia
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Manter dieta habitual.
Crianças até 3 anos e 11 meses: jejum de 3 horas, ou intervalo entre as mamadas. Crianças acima de 4 anos e adultos jejum de 8 a 12 horas.
Não realizar esforço físico 12 horas antes da coleta.
Material:
Soro ou Plasma Fluoretado
Recipientes:
Tubo seco ou gel separador (soro);
Fluoreto (plasma):
(Valores baixos de glicose podem ser ocasionados devido à demora na centrifugação tubo Gel, como nos casos coleta domiciliar, ou unidades que não possuem centrifuga, nesse caso orientado a coleta em tubo fluoreto)
– Coleta em tubo fluoreto: Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Centrifugar imediatamente a fim de evitar o consumo da glicose, a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
– Coleta em tubo Soro: Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar a retração do coagulo por 30 minutos e logo após centrifugar a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Exame utilizado no diagnóstico de diabetes mellitus (DM), desde que apresente dois ou mais resultados elevados. Apesar da American Diabetes Association (ADA) e a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) não recomendarem o rastreamento em massa para DM com a glicemia no sangue a determinação da glicemia de jejum deve ser realizada periodicamente, de acordo com a idade do indivíduo e a presença de fatores de risco para DM. No diagnóstico de hipoglicemia, glicose abaixo de 40 mg/dL associada aos demais critérios da tríade de Wipple , confirma este diagnóstico.
Indicações:
Diagnóstico e controle do DM; detecção de outras causas de hiperglicemia; diagnóstico de hipoglicemia;
Interpretação clínica: O diagnóstico de diabetes baseado na glicemia se baseia em: duas ou mais glicemias de jejum acima de 126 mg/dL ou uma glicose a qualquer momento do dia acima de 200 mg/dL em indivíduo com os sintomas clássicos de DM. Glicose entre 100 e 125 mg/dL caracteriza glicose de jejum alterada, caso outros exames confirmatórios de diabetes sejam normais. Na ausência de hiperglicemia inequívoca a presença da qualquer desses resultados deverá ser confirmada repetindo-se o exame em dia diferente.
Glicose baixa na presença da tríade de Wipple (sintomas de hipoglicemia, glicose baixa e melhora dos sintomas após sua elevação) caracterizam a hipoglicemia.
Sugestão de leitura complementar:
American Diabetes Association. Diagnosis and classification of diabetes mellitus. Diabetes Care. 2011;34(Suppl 1):S62-9
Baena-DÃez JM et al. Impaired fasting glucose and risk of diabetes mellitus at 10 years. Cohort study. Med Clin (Barc) 2011; 136(9): 382-5
Patel P , Macerollo A. Diabetes mellitus: diagnosis and screening. Am Fam Physician 2010; 81(7): 863-70
Informações em breve!
Sinônimos:
Gonadotrofina coriônica – fração Beta
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não é necessário;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Uso:
Teste de determinação de gravidez (em situações normais); monitoramento de inseminação artificial ou fertilização em vitro; diagnóstico e monitoramento de tumores trofoblásticos gestacionais; teste de triagem pré-natal para síndrome de Down; diagnóstico de gravidez ectópica na diferenciação de outras causas de dor aguda abdominal; diagnóstico e acompanhamento de aborto espontâneo.
O hCG é um hormônio protéico produzido pela placenta e células trofoblásticas, composto de subunidades alfa e beta. A subunidade alfa está presente em outros hormônios, enquanto que a beta está presente exclusivamente no hCG. A secreção de hCG serve para estimular a produção de progesterona pelo corpo lúteo, na fase inicial da gravidez, sendo fundamental para o desenvolvimento do processo. No período em que as concentrações de hCG começam a diminuir, a placenta está suficientemente desenvolvida para produzir quantidade suficiente de progesterona, para manter o endométrio e permitir que a gestação continue. Além disto, o hCG estimula o desenvolvimento fetal das gônadas e a síntese de androgênios pelos testículos fetais.
A dosagem de hCG é utilizada primariamente para o diagnóstico da gravidez. Com o aprimoramento das técnicas quantitativas do mercado, é possível a detecção de hCG em cerca de 1-4 dias após a fertilização, o que permite um diagnóstico da condição antes mesmo do atraso menstrual. As concentrações de hCG praticamente dobram a cada 48 horas durante uma gestação inicial normal, até em torno da 6a semana, quando seus níveis começam a decrescer lentamente. Com a finalidade da determinação da gravidez, níveis acima de 30 mUI/mL são associados a processos gestacionais (outrora chamados “testes positivos”). Níveis inferiores a este valor podem estar associados a processos gestacionais muito recentes, a ponto de não haver hCG suficiente para o estabelecimento do diagnóstico (especialmente antes do atraso menstrual). Em condições precoces, é necessária a dosagem repetida, em duas ou três ocasiões, separadas por dois ou três dias cada. A observação de um padrão crescente da concentração do hormônio pode ser facilmente associada à gravidez. A mesma lógica segue o diagnóstico de aborto espontâneo; em determinações seriadas durante as primeiras semanas gestacionais, a concentração sérica do hormônio encontra-se decrescente.
A determinação quantitativa do hCG no segundo trimestre da gravidez pode ser utilizada como marcador de risco para o desenvolvimento de síndrome de Down (realizada em associação com alfafetoproteína), embora esta modalidade seja discutível e sujeita a uma série de interferentes.
Valores aumentados:
Tumores gestacionais trofoblásticos benignos ou malignos (coriocarcinoma, carcinoma embrional, mola hidatiforme, mola parcial, etc.), outros tumores (especialmente tumores testiculares).
Resultados falso-positivos:
Uso de medicamentos (pregnil, por exemplo), em estados pós-orquiectomia (secundário à diminuição de testosterona), usuários de maconha. Em mulheres grávidas, valores inesperadamente diminuídos de beta-hCG podem estar associados a gestações ectópicas.
Sinônimos:
Sistema ABO-Rh
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo com EDTA
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados e refrigerar evitando contato direto com gelo.
Interpretação:
Uso:
Determinação da tipagem sanguínea do indivíduo, em relação aos principais antígenos de membrana eritrocitária. Estes dados poderão ser utilizados em rotinas pré-natais ou condições transfusionais.
Os resultados dizem respeito à presença de proteínas de membrana eritrocitária dos tipos A, B e D. Assim, é possível o encontro de diferentes situações: A (Rh positivo ou negativo), B (Rh positivo ou negativo), AB (Rh positivo ou negativo) e O (Rh positivo ou negativo). A tipagem do fator DU (ou Rh fraco) era justificada quando os reagentes para tipagem do fator RH permitiam a expressão de resultados suspeitos em pacientes ( algumas expressões Rh eventualmente não reagiam in vitro com alguns reagentes do mercado). Nas últimas décadas com uso de reagentes mais purificados e específicos (geralmente monoclonais), as recomendações oficiais de trabalho recomendam a seu abandono.
Hoje em rotina quando o Rh dá positivo, fazemos o Coombs direto ( monoclonal) .Devido aos reagentes mais sensíveis no mercado, não há mais a necessidade de fazer o DU mais fazemos outra técnica de confirmação atualizada.Embora a tipagem sanguínea obedeça a técnicas classicamente utilizadas, raríssimos casos podem determinar resultados incorretos. Estados inflamatórios agudos, proteínas plasmáticas anormais e presença de autoanticorpos podem estar associados a estes casos.
Sinônimos:
Ht
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Orientações de coleta:
1 – Recomendado evitar dieta rica em gordura antes da coleta;
2 – Coletar amostra no tubo com EDTA;
3 – Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC;
4 – Evitar o contato direto com o gelo.
Interpretação:
Uso:
Avaliação de anemias, perda sanguínea, policitemia.
O hematócrito é uma medida que tende a traduzir o percentual em volume de sangue ocupado pelos eritrócitos, sendo proporcional à quantidade de hemoglobina presente.
É um teste rápido e objetivo, sendo bastante utilizado em serviços de emergência, especialmente para avaliar a necessidade transfusional.
Valores aumentados:
Policitemias primárias e secundárias.
Valores diminuídos:
Anemias em geral, perdas sanguíneas, hemodiluição.
Resultados falsamente aumentados:
Presença de crioaglutininas, leucocitose extrema e presença de macroplaquetas (equipamentos automatizados); anisopoiquilocitose (técnicas de centrifugação).
Resultados falsamente diminuídos:
Microcitose extrema, hemólise in vitro, presença de autoaglutininas.
Após perda sanguínea aguda e importante, os níveis de hematócrito geralmente diminuem em algumas horas, podendo gerar alguma confusão em sua interpretação.
Sinônimos:
Cultura de sangue
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Coletar o material em meio de cultura apropriado (Bactec Aeróbio Plus/F). Enviar no próprio meio.
– Adulto: coletar 8 a 10 mL de sangue
– Criança: coletar 1 a 5 mL de sangue.
Interpretação:
Exame especialmente útil em casos de febre de origem obscura. Algumas variáveis influem na sensibilidade do método, como o número e momento da tomada de amostras, considerando-se que quanto maior o npumero de amostras maior é a sensibilidade e que os momentos ideais são durante ou logo após eventuais picos febris.
As hemoculturas podem ser realizadas para uma série de microorganismos; o solicitante deve considerar isto no momento da requisição, especificando os microorganismos que necessitam de cobertura (exemplo: hemocultura para germes comuns, fungos, germes anaeróbios, micobactérias). A liberação de um resultado negativo pode levar até 7 dias. A partir de sinais de positividade, relatórios parciais são passados ao solicitante.
Indicação:
Isolamento, identificação e determinação de perfis de sensibilidade a antibióticos de agentes causadores de bacteremia.
Interpretação clínica:
Resultados positivos: bacteremias em geral, endocardites e sepses. Virtualmente qualquer organismo, mesmo os organismos de flora normal, pode causar bacteremia. Os resultados positivos devem ser interpretados com cautela, devido à possibilidade de contaminação. O encontro de positividade em pelo menos duas tomadas de amostra permite mais confiabilidade à hemocultura positiva. Bacilos Gram-negativos, anaeróbios e fungos devem ser inicialmente interpretados como patógenos, até prova em contrário.
Resultados negativos:
Não implicam necessariamente em ausência de bacteremia, devido à possibilidade de presença de fatores inibidores, como uso de antibiótico, por exemplo.
Sugestão de leitura complementar:
Araujo MRE. Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos resultados. J Infect Control 2012; 1 (1): 08-19.
Sinônimos:
Cultura de sangue
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Coletar o material em meio de cultura apropriado sangue ou medula óssea em (Frasco Myco/F – BD);
– Enviar no próprio meio. Adulto e crianças: coletar 1 a 5mL de sangue;
– A coleta deve ser realizada, quanto possível antes de iniciar o tratamento com antibiótico, caso contrário a mesma deve ser realizada no momento qu antecede a próxima dose de medicamento (VALE);
– Realizar a antissepsia do local da punçaõ com swab de álcool, deixando secar por 15 segundos e repetir o procedimento com gaze estéril e clorexidina alcoólica 0,5%. Com movimentos circulares iniciando noponto de inserção da agulha e ampliando em movimentos circulares para as bordas, até atingir aproximadamente 2 cm acima e 2 cm abaixo do local da inserção;
– Deixar a região secar por aproximadamente 30 segundos (não deve ser mais tocado o local da punção);
– Seguir a ordem padronizada (Frasco aeróbico, Frasco anaeróbico e Frasco Micobactéria, quando houver);
– Homogeneizar o frasxo com movimentos circulares (não agitar fortemente);
– Identificar com etiqueta de código de barras na parte lisa do frasco e anotar horário e local de coleta na etiqueta;
– Não colar a etiqueta de identificação sobre o código de barras do frasco.
Interpretação:
Exame especialmente útil em casos de febre de origem obscura. Algumas variáveis influem na sensibilidade do método, como o número e momento da tomada de amostras, considerando-se que quanto maior o npumero de amostras maior é a sensibilidade e que os momentos ideais são durante ou logo após eventuais picos febris.
As hemoculturas podem ser realizadas para uma série de microorganismos; o solicitante deve considerar isto no momento da requisição, especificando os microorganismos que necessitam de cobertura (exemplo: hemocultura para germes comuns, fungos, germes anaeróbios, micobactérias). A liberação de um resultado negativo pode levar até 7 dias. A partir de sinais de positividade, relatórios parciais são passados ao solicitante.
Indicação:
Isolamento, identificação e determinação de perfis de sensibilidade a antibióticos de agentes causadores de bacteremia.
Interpretação clínica:
Resultados positivos: bacteremias em geral, endocardites e sepses. Virtualmente qualquer organismo, mesmo os organismos de flora normal, pode causar bacteremia. Os resultados positivos devem ser interpretados com cautela, devido à possibilidade de contaminação. O encontro de positividade em pelo menos duas tomadas de amostra permite mais confiabilidade à hemocultura positiva. Bacilos Gram-negativos, anaeróbios e fungos devem ser inicialmente interpretados como patógenos, até prova em contrário.
Resultados negativos:
Não implicam necessariamente em ausência de bacteremia, devido à possibilidade de presença de fatores inibidores, como uso de antibiótico, por exemplo.
Sugestão de leitura complementar:
Araujo MRE. Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos resultados. J Infect Control 2012; 1 (1): 08-19.
Sinônimos:
Cultura de sangue
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Coletar o material no meio de cultura apropriado (Bactec Anaeróbio Plus/F). Enviar no próprio meio.
Interpretação:
Exame especialmente útil em casos de febre de origem obscura. Algumas variáveis influem na sensibilidade do método, como o número e momento da tomada de amostras, considerando-se que quanto maior o npumero de amostras maior é a sensibilidade e que os momentos ideais são durante ou logo após eventuais picos febris.
As hemoculturas podem ser realizadas para uma série de microorganismos; o solicitante deve considerar isto no momento da requisição, especificando os microorganismos que necessitam de cobertura (exemplo: hemocultura para germes comuns, fungos, germes anaeróbios, micobactérias). A liberação de um resultado negativo pode levar até 7 dias. A partir de sinais de positividade, relatórios parciais são passados ao solicitante.
Indicação:
Isolamento, identificação e determinação de perfis de sensibilidade a antibióticos de agentes causadores de bacteremia.
Interpretação clínica:
Resultados positivos: bacteremias em geral, endocardites e sepses. Virtualmente qualquer organismo, mesmo os organismos de flora normal, pode causar bacteremia. Os resultados positivos devem ser interpretados com cautela, devido à possibilidade de contaminação. O encontro de positividade em pelo menos duas tomadas de amostra permite mais confiabilidade à hemocultura positiva. Bacilos Gram-negativos, anaeróbios e fungos devem ser inicialmente interpretados como patógenos, até prova em contrário.
Resultados negativos:
Não implicam necessariamente em ausência de bacteremia, devido à possibilidade de presença de fatores inibidores, como uso de antibiótico, por exemplo.
Sugestão de leitura complementar:
Araujo MRE. Hemocultura: recomendações de coleta, processamento e interpretação dos resultados. J Infect Control 2012; 1 (1): 08-19.
Sinônimos:
Cultura de sangue
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Coletar o material em meio de cultura apropriado (Meio de cultura Pediátrica Plus F / BD). Enviar no próprio meio.
– Coletar 1 a 5 mL de sangue.
Interpretação:
Interpretação do exame Hemocultura é um exame utilizado para diagnóstico de infecção da corrente sanguínea ou infecções localizadas como pneumonias, pielonefrite e outras. A coleta deverá ser realizada o mais precoce em relação ao início dos sintomas e, quando possível, antes do início do tratamento com antibióticos. Caso o paciente esteja em uso de antibióticos, coletar preferencialmente antes da próxima dose.
A coleta poderá ser realizada em qualquer horário do dia e sequencialmente. Quando for solicitada coleta no pico febril, realizá-la preferencialmente no período inicial de elevação da temperatura.
Sinônimos:
Hb
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Orientações de coleta:
1 – Recomendado evitar dieta rica em gordura antes da coleta;
2 – Coletar amostra no tubo com EDTA;
3 – Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC;
4 – Evitar o contato direto com o gelo.
Interpretação:
Ver Hemograma.
Sinônimos:
Hemoglobina glicada, Glicohemoglobina Hb A1, HbA1c
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Recomendado evitar dieta rica em gordura antes da coleta;
– Coletar amostra no tubo com EDTA;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC;
– Evitar o contato direto com o gelo.
Interpretação:
Uso:
Monitoramento de controle glicêmico diabético.
A glicose liga-se de forma irreversível e não enzimática a uma série de proteínas e à hemoglobina (por rearranjo de Amadori), que se torna glicosilada. A dosagem da fração HbA1c permite a avaliação de longo prazo do controle glicêmico. O prazo avaliado é de cerca de 90 dias; níveis inferiores a 6,5% são associados a um bom controle glicêmico. A determinação de HbA1c por cromatografia líquida de alta pressão diminuiu em muito a possibilidade de interferências nos resultados.
Sinônimos:
Hematológico
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Este exame não necessita de jejum. Evitar dieta rica em gordura antes da coleta.
– Não realizar exercício físico intenso antes da coleta
Recipiente:
Tubo com EDTA
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados e refrigerar evitando contato direto com gelo.
– É obrigatório o envio de 2 lâminas com extensão sanguínea (esfregaço) sem coloração para clientes da região Sul do Brasil;
– As lâminas devem ser identificadas com o nome completo do paciente, em caso de nomes extensos abreviar as inicias do meio e inserir o primeiro e último nome;
– A etiqueta de código de barras deve ser colada no Porta Lâmina, na vertical;
– É de extrema importância o envio de apenas um paciente para cada porta lâmina;
– Identificações incompletas, numerações ou informações divergentes de lâmina e porta lâmina, aliquotas serão reconvocadas.
Interpretação:
Uso:
Avaliação clínica geral; avaliação e diagnóstico de anemias, policitemias, aplasias medulares, processos infecciosos, leucemias/leucoses, trombocitose e trombocitopenia.
O hemograma é uma das análises mais utilizadas na prática médica, pois seus dados gerais permitem uma avaliação extensa da condição clínica do paciente. Embora não seja um teste extremamente sensível e específico para determinadas patologias, pode ser encarado como um sinal e/ou sintoma, integrante da avaliação inicial do paciente. No hemograma são avaliadas as três séries celulares componentes do sangue: eritrócitos, leucócitos e plaquetas, compondo o eritrograma, leucograma e plaquetograma.
No eritrograma, são contados os eritrócitos, são medidas as concentrações de hemoglobina e hematócrito, são determinados os índices hematimétricos (volume celular médio, concentração de hemoglobina corpuscular média, hemoglobina corpuscular média), além da determinação do RDW, que indica a variação do tamanho dos eritrócitos.
No leucograma, os leucócitos são contados em termos gerais, sendo classificados em uma contagem relativa em diferentes populações (neutrófilos, basófilos, eosinófilos, linfócitos, monócitos), segundo suas características citológicas.
No plaquetograma, as plaquetas são contadas e seu tamanho médio e variações de volume são determinados (MPV e PDW). Todas estas análises são seguidas por microscopia após coloração para avaliação das características e/ou alterações morfológicas de cada série. Estes dados em conjunto permitem indicativos diagnósticos que, quando cruzados com outros dados e/ou resultados, são de extrema importância clínica.
Sinônimos:
Anticorpos IgG contra o HVA
Instruções:
Informações de preparo e coleta
********* Importante *********
Volume mínimo 250 uL
Jejum recomendado, mas não obrigatório.
Interpretação:
Exame que demonstra contato prévio com o vírus da hepatite A ou imunização vacinal.
Indicação:
Avaliação de imunidade contra o vírus da hepatite A; avaliação de contato prévio com o vírus da hepatite A.
Interpretação clínica: Aumenta na fase aguda ou no início da convalescença, duas semanas após os anticorpos IgM, permanecendo positivo por muitos anos. Confere imunidade contra o vírus da hepatite A.
Sinônimos:
Anticorpos IgM contra o HVA
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Jejum não necessário
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador (amarelo)
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Anticorpo contra o capsídeo viral utilizado no diagnóstico de hepatite A na forma aguda.
Indicação:
Marcador de infecção pelo vírus da hepatite A aguda
Interpretação clínica:
Aparece de três a quatro semanas após a exposição e declina gradualmente até tornar-se indetectável, o que ocorre usualmente após três meses.
Sinônimos:
Antígeno de nucleo-capsídeo viral
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Jejum não necessário
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador (amarelo)
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
**** Importante ****
Volume mínimo de 570 uL
Interpretação:
O antigeno E é produto da degradação do core que aparece durante a replicação viral. Sua presença associa-se a uma maior quantidade de vírus completo no sangue, à replicação viral ativa e a uma maior infectividade. Sem o aparecimento do anticorpo anti-HBe, sua persistência está associada à evolução para a cronicidade. Aparece logo no início da doença, quase que concomitante com o HBsAg e, em 70% dos casos, desaparece de três a quatro semanas antes dele. Foram descritos vírus da hepatite B, com mutações na região cromossômica denominada pré-core, que não produzem o HBeAg. Neste caso, a pesquisa HBeAg é negativa mesmo na presença de replicação viral ativa.
Indicações:
Exame auxiliar no diagnóstico de hepatite pelo vírus B
Interpretação clínica:
A positividade deste antígeno está associada alto grau de replicação e infectividade pelo vírus da hepatite B. Na evolução normal, surge o Anti-Hbe. Na cronificação, indica maior gravidade.
Sugestão de leitura complementar:
EASL International Consensus Conference on Hepatitis B. 13-14 September, 2002: Geneva, Switzerland. Consensus statement (short version). J Hepatol 2003; 38: 533-40.
Lok AS, Heathcote EJ, Hoofnagle JH. Management of hepatitis B: 2000-summary of a workshop. Gastroenterology 2001; 120: 1828-53.
Sinônimos:
HBsAg, antígeno Austrália, Antígeno de envoltório
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.Informar os medicamentos em uso, especialmente hormônios tiroidianos e antiarrítmicos
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
O HBsAg é o antígeno protéico de superfície do vírus da hepatite B. Possui subgrupos antigênicos, dos quais os mais importantes são ADW, AYW, ADR, AYR, de pouco interesse clínico, mas de importância epidemiológica. Sua presença pode ser detectada durante o período de incubação, de duas a seis semanas depois da exposição. Atinge o pico na fase aguda da doença, em que é grande o grau de infectividade, e declina gradualmente até tornar-se indetectável em cerca de um a três meses. É positivo em perto de 20% a 60% das hepatites crônicas persistentes e de 9% a 60% das hepatites crônicas ativas.
Indicações:
Diagnóstico de Hepatite aguda ou crônica causada pelo Vírus B
Interpretação clínica:
A presença do HBsAg indica viremia pelo Vírus B, mas não diferencia a doença aguda da crônica. A associação do HBsAg com anti HBc IgM é diagnóstica de hepatite B aguda, principalmente quando associada à icterícia e aumento de transaminases. A presença do HBsAg com anti HBc total e fração IgM negativa é indicativa de hepatite B crônica. Nestes casos, a presença do antígeno E do vírus B no sangue mostra replicação viral e maior gravidade. Nos quadros onde há cura da hepatite B, o HBsAg desaparece e surge o anticorpo correspondente, o Anti HBs.
Sugestão de leitura complementar:
Dufour DR. Evaluation of Liver Function and Injury. In: Henry: Clinical Diagnosis and Management by Laboratory Methods. 20th ed. 2001. Saunders.
EASL International Consensus Conference on Hepatitis B. 13-14 September, 2002: Geneva, Switzerland. Consensus statement (short version). J Hepatol 2003; 38: 533-40.
Lok AS, Heathcote EJ, Hoofnagle JH. Management of hepatitis B: 2000-summary of a workshop. Gastroenterology 2001; 120: 1828-53.
Sinônimos:
Acs IgM contra o core, hepatite B
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
É a imunoglobulina IgM contra o antígeno central ou nucleocapsídeo (core) viral. Pode ser o único marcador detectável na hepatite fulminante, quando o HBsAg diminui pela necrose hepática severa.
Indicação:
Marcador de infecção aguda pelo vírus da hepatite B
Interpretação clínica:
Eleva-se na fase aguda, duas semanas após o aparecimento do HBsAg, declinando gradualmente até tornar-se indetectável, independentemente da evolução da doença. Sua presença, juntamente com o HBsAg, é sinônimo de infecção aguda.
Sinônimos:
Anti -HBsAg, anti AU
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Na fase de convalescência da hepatite B ocorre aumento progressivo do anti-HBs que, associado ao anti-HBcAg indica cura da infecção com o consequente desenvolvimento de imunidade ao vírus. No período de janela imunológica, no qual não se detecta mais o HBsAg no soro, mas ainda não está presente o anti-HBsAg o diagnóstico somente poderá ser feito pela pesquisa de anticorpos, principalmetne o anti-HBcAg total. Em pacientes vacinados contra o HBV haverá um padrão sorológico típico, com desenvolvimento apenas dos anticorpos contra o antígeno de superfície (anti- HBs). Quando encontramos o HBsAg e o anti-HBs concomitantemente positivos, no soro de um determinado indivíduo devemos pensar em reações falso-positivas, na formação de imunocomplexos ou em infecções por diferentes subtipos de HBV.
Indicação:
Avaliação da cura de hepatite e desenvolvimento da imunidade.
Interpretação clínica:
É um indicador de imunidade ou de recuperação sorológica da Hepatite B. Indivíduos vacinados apresentam Anti-Hbs. Indivíduos que tiveram a doença também possuem o marcador Anti-Hbs, além do Anti-Hbc.
Sinônimos:
Sorologia para HCV
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Indicação:
Diagnóstico de infecção atual ou anterior pelo vírus da hepatite C
Interpretação clínica:
Resultado negativo sugere ausência de contato com o vírus. Causa de resultado falso negativo é a janela imunológica que é em torno de 70 dias. Assim nos casos de hepatite aguda sintomática, o resultado negativo não exclui infecção. Em bancos de sangue o valor preditivo positivo (VPP) do teste é menor do que 50%; a realização de dois testes aumenta o VPP.
Sinônimos:
HIV1 teste
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo gel separador
Amostra coleta em tubo exclusivo.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
O agente etiológico da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é identificado como vírus da imunodeficiência humana (HIV).
Os anticorpos anti-VIH estão presentes nos doentes infectados pela AIDS e nos indivíduos assintomáticos infectados pelo HIV.
Após a penetração do vírus na célula por fusão com a membrana, o core viral se desintegra e o HIV transcreve o seu RNA em DNA através da transcriptase reversa. O DNA viral pode permanecer no citoplasma ou integrar-se ao genoma da célula, sob forma de pró-vírus, latente por tempo variável, replicando toda vez que a célula entra em divisão. A estratégia de sobrevivência do vírus HIV é a capacidade de multiplicação rápida e a capacidade de sofrer mutações, assim consegue desviar do sistema imunológico.
Associados à infecção HIV ocorrem doenças oportunistas (pneumocistose, toxoplasmose, candidíase), neoplasias (sarcoma de Kaposi, linfomas B) e complexo demencial.
Transmissão:
Contato sexual, exposição a sangue ou hemoderivados contaminados, infecção pré-natal do feto ou infecção perinatal do recém-nascido de mãe infectada.
Sinônimos:
IgE quantitativa; IgE
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
A dosagem de IgE é principalmente usada para a identificação de doenças alérgicas ou para se prever o risco de desenvolvimento das mesmas. Pode ser usada também como método laboratorial para diagnóstico de aspergilose broncopulmonar alérgica (ABPA), mieloma IgE e síndrome de hiper IgE.
Indicação:
É usada preferencialmente em pacientes nos quais o teste cutâneo não possa ser realizado como: presença de dermografismo, ictiose ou eczema generalizado; uso de anti- histamínicos ou corticóide que possam afetar a leitura do teste cutâneo; pacientes não cooperativos; em indivíduos com risco de anafilaxia.
Interpretação clínica:
Nível aumentado de IgE em crianças é sugestivo de alergia, excluindo-se outras doenças que possam cursar com aumento da mesma como parasitoses intestinais.
Níveis normais de não excluem o diagnóstico de alergia. Níveis aumentados, principalmente em adultos, podem estar associados a outras doenças. O nível de anticorpos encontradas nem sempre se correlaciona com o risco ou intensidade dos sintomas. É importante analisar o resultado com cautela associando com a clínica, além de outros exames complementares quando indicados, como teste cutâneo e IgE específica, por exemplo.
Causas de aumento, além de quadros alérgicos: dermatite atópica, doencas parasitárias, mieloma IgE, Síndrome de hiper-IgE, síndrome de Wiskott-Aldrich, ABPA, filariose pulmonar, nefrite intersticial por drogas, alguns estágios de infecção pelo HIV e doença enxerto x hospedeiro. Causas de diminuição: deficiência hereditária, imunodeficiência adquirida, telangectasia-ataxia, mieloma não IgE
Sinônimos:
Insulina circulante, insulina basal
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Crianças até 3 anos e 11 meses, jejum mínimo de 3 horas, ou intervalo entre as mamadas no caso de bebês. Crianças acima de 4 anos e adultos, jejum mínimo de 8 horas e máximo de 12 horas;
– Não realizar esforço físico, 12 horas antes da coleta;
– Quando solicitado em conjunto com o exame de glicemia, ambos devem ser coletados no mesmo dia.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Diagnóstico de insulinoma; avaliação de hipoglicemias.
A insulina é um hormônio peptídeo, sintetizado e secretado pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas. Seu efeito específico está relacionado ao aproveitamento da glicose e à diminuição desta nos níveis sangüíneos.
Indicações:
Diagnóstico do insulinoma; pode ser empregada para os estudos de outras causas de hipoglicemia.
Sinônimos:
Lactato desidrogenase, LDH, DHL, LD
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não obrigatório;
– Hemólise pode interferir no resultado;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Enzima utilizada na avaliação de processos que resultem em intensa destruição celular em um órgão ou tecido poderá aumentar os níveis séricos desta enzima.
Indicação:
Avaliação das hepatopatias, do infarto do miocárdio e em doenças que cursam com lesão celular.
Interpretação clínica:
A LDH aumenta em todas as situações em que ocorre grande destruição celular: neoplasias primárias ou secundárias, doenças cardiorrespiratórias hipoxêmicas, anemias hemolítica e megaloblástica, leucemias, linfomas, hemoglobinopatias, mononucleose infecciosa, em alguns casos de hipotireoidismo, infarto agudo do miocárdio (em conjunto com outras enzimas como TGO, CPK, CK-MB constitui um marcador de diagnóstico, a LDH se eleva após 12 horas do IAM, seu pico é alcançado em 48 horas e usualmente retorna para níveis normais depois da CK e TGO; apresenta sensibilidade de 87% e especificidade de 88% no diagnóstico de IAM), insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência coronariana, choque, hipotensão, infarto pulmonar, doenças pulmonares, doenças musculares, hepatites agudas (geralmente menos elevada que as transaminases), na cirrose (usualmente não está muito elevada), alcoolismo crônico (usualmente elevada em combinação com VCM, triglicerídeos, fosfatase alcalina, TGO, TGP, GGT, bilirrubinas e folato), icterícias obstrutivas, pancreatite aguda, infarto renal, convulsões, doenças do sistema nervoso central, hemorragia subaracnoídea, doenças do colágeno, meningites, processos inflamatórios, fraturas, traumas, lesão muscular, distrofia muscular, necrose tecidual, obstrução intestinal e hipertermia.
Mais informações em breve!
Mais informações em breve!
Sinônimos:
LH, Gonadotrofina hipofisária
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
O LH regula a secreção da progesterona na mulher e o amadurecimento dos folículos de Graaf, a ovulação, e o desenvolvimento do corpo lúteo. No homem, estimula as células de Leydig a produzir a testosterona, agindo de forma sinérgica com o FSH e é responsável pela maturação dos espermatozoides nos tubos seminíferos.
Indicações:
Investigação da infertilidade feminina e masculina, amenorreia, oligomenorreia e outras irregularidades do ciclo menstrual, início da puberdade, puberdade precoce e monitoração do tratamento para estimulo da ovulação.
Interpretação clínica:
Em ambos os sexos, o LH está elevado no hipogonadismo hipergonadotrófico. Na mulher, o aumento da concentração de LH na menopausa geralmente se segue ao de FSH. É importante ressaltar que, mesmo com a reposição hormonal da menopausa em níveis adequados, é comum que o LH permaneça em níveis elevados, não se devendo esperar sua queda para níveis pré-menopausa.
Em crianças com suspeita de puberdade precoce, LH basal igual ou acima de 0,2 a 0,4 mUI/mL é altamente específico mas pouco sensível para confirmação diagnóstica de puberdade central. É indicado o teste de estímulo posterior com hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) para confirmação diagnóstica. (Este teste está disponível no anexo sobre provas funcionais).
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Diagnóstico de pancreatites.
A lipase tem sensibilidade e especificidade maior que a amilase para o diagnóstico de pancreatites (em parotidites não está aumentada).
Valores aumentados:
Pancreatites (permanece elevada mais tempo que a amilase em fase aguda de pancreatite), cistos ou pseudocistos pancreáticos, peritonites.
Sinônimos:
Litemia
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Jejum não necessário.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Colher a amostra 12 horas após a ingestão do medicamento ou por indicação médica. Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Critérios de rejeição:
– Amostra sem identificação;
– Amostra inadequada (hemólise ou lipemia);
– Tubo de coleta danificado;
– Amostra coagulada;
– Contaminação evidente na amostra.
Interpretação:
Uso:
Monitoramento dos níveis de lítio em pacientes medicados com carbonato de lítio (monitorização terapêutica do lítio).O Lítio na forma de carbonato de lítio é usado como agente psicoativo no tratamento de doenças depressivas. A terapia de lítio demanda uma monitorização diária dos seus níveis até que a dosagem seja apropriada. Baixos níveis de lítio no soro (quando em tratamento) estão associados a retenção do lítio e altas dosagens com a eliminação.
A toxicidade do lítio ocorre quando os níveis sanguíneos se tornam superiores a 1,5mEq/L, podendo ser grave com níveis superiores a 2,0 mEq/L. Os sintomas de intoxicação por lítio incluem náuseas, vômitos, diarréia, sonolência, fraqueza, ataxia, visão borrada, poliuria, confusão estupor, convulsões e coma.
Sinônimos:
Magnésio no soro, magnesemia, Mg
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Avaliação de distúrbios hidro-eletrolíticos.
É o quarto mais abundante cátion no organismo e 1% está contido no líquido extracelular. Atua como um co-fator essencial para enzimas ligadas à respiração celular, glicólise e transporte transmembrana de outros cátions (cálcio e sódio).
Sinônimos:
Magnésio no soro, magnesemia, Mg++ no sangue.
Indicações:
Avaliação de distúrbios hidroeletrolíticos (normalmente associada a hipocalcemia e hipopotassemia), alterações da absorção intestinal, pancreatite, insuficiência renal e monitoramento do tratamento com magnésio durante a toxemia gravídica. Os níveis de magnésio devem ser avaliados durante o tratamento de longa duração com medicamentos que diminuem os níveis deste elemento como a cisplatina, anfotericina B, aminoglicosídeos e furosemida. Também deve ser avaliado na suspeita de hipoparatireoidismo, já que sua deficiência está relacionada à diminuição da secreção e ação do paratormônio.
Na presença de hipomagnesemia, sintomas neurológicos e gastrointestinais nem sempre são acompanhados de dosagens baixas de magnésio sérico. Níveis normais ou apenas marginais podem ser detectados em pacientes sintomáticos. Nestes casos a determinação do magnésio intraeritrocitário ou magnésio urinário apresentam maior sensibilidade.
Interpretação clínica:
Dentre as causas mais comuns de diminuição do magnésio estão o alcoolismo agudo, as perdas gastrointestinais (uso abusivo de laxantes e vômitos) e as perdas renais (diuréticos, necrose tubular, acidose tubular renal). A hipomagnesemia pode causar hipocalcemia e hipopotassemia, que levam a sintomas neurológicos e eletrocardiográficos, que ocorrem quando a depleção de magnésio chega a um nível sérico em torno de 1,0 a 1,2 mg/dL. Deficiências severas estão ligadas a disfunções neuromusculares, como tetania, convulsões, fraqueza, irritabilidade e delírio. Níveis baixos de magnésio, após um infarto do miocárdio, podem indicar um mau prognóstico. A hipermagnesemia tem como causa mais comum a iatrogenia (antiácidos contendo magnésio, enemas com magnésio, intoxicação por lítio, nutrição parenteral) e a insuficiência renal aguda ou crônica. Os efeitos adversos aparecem com valores superiores a 3,0 mg/dL. O magnésio sérico pode permanecer normal mesmo quando existe uma depleção de até 20% das reservas corpóreas.
Sinônimos:
Bacterioscopia de fungos; Micológico; Pesquisa de Fungos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Esse exame pode ser realizado em diferentes materiais clínicos.
– Em caso de materiais como pele, pêlos, unhas enviar em papel preto, em temperatura ambiente.
– Material de córnea, urina e líquor enviar em frasco estéril, enviar refrigerados.
– Secreções em geral, enviar em meio de transporte Amies (meio com carvão ativado), enviar em temperatura ambiente.
– Não é realizado em fezes.
Interpretação:
Uso:
Diagnóstico de infecções fúngicas.
A pesquisa é realizada através de microscopia direta (após tratamento do material e/ou coloração).
Sinônimos:
Microproteinúria
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Colher, preferencialmente, a primeira urina da manhã ou com intervalo mínimo de 04 horas após a última micção. Desprezar o primeiro jato de urina, e sem interromper a micção, coletar o segundo jato de urina.
– Enviar a amostra em tubo de transporte com no minimo 3,0 mL de urina.
Interpretação:
A nefropatia diabética franca é precedida pela presença de pequenas quantidades de albumina urinária não detectadas pelos métodos convencionais, tendo por isto sido determinada de microalbuminúria. A determinação da microalbuminúria é útil no acompanhamento do diabetes mellitus desde o diagnóstico, a fim de acompanhar e tomar as medidas necessárias para evitar ou retardar o estabelecimento de doença renal diabética franca. Pode-se efetuar uma triagem para nefropatia diabética através de amostra de urina, que pode ser aleatória ou a primeira da manhã. A concentração de albumina é determinada por nefelometria em mg/L ou pela relação albumina/creatinina (mg/g de creatinina). Um valor acima de 17mg/L de albumina na urina tem uma sensibilidade de 100% e especificidade de 80% para a presença de microalbuminúria. Pode-se confirmar os casos positivos de microalbuminúria encontrados em amostra única em urina de 12 horas noturna, que não sofre a influência de exercícios, sendo o mais indicado, ou na urina de 24 horas. Para firmar o diagnóstico, recomenda-se que, num período de seis meses, sejam encontrados pelo menos de dois a três resultados alterados, para descartar variações técnicas e oscilações da excreção de albumina.
Sinônimos:
Bacilos álcool-ácido resistentes, Baciloscopia; BK
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Urina – Realizar higiene genitais, desprezar o primeiro jato e colher todo volume da primeira urina da manhã em frasco estéril, enviar uma alíquota no frasco estéril de 50 mL.
Escarro – A coleta de escarro deve ser realizada preferencialmente de manhã ao se levantar, antes da higiene oral e do desjejum. Lavar várias vezes a boca com água pura, gargarejando e bochechando abundantemente. Fazer várias inspirações profundas e tossir várias vezes procurando obter o material da árvore brônquica. Uma boa amostra de escarro é obtida após esforço de tosse, e não a que se obtém da faringe ou por aspiração de secreções nasais, nem tampouco a que contém somente saliva. O aspecto ideal da amostra é mucopurulento. Enviar o material em frasco estéril volume mínimo 2,0 mL.
Líquidos Nobres – Enviar de 5,0 a 10,0 mL, preferencialmente em tubo Falcon para evitar derramamento durante o transporte.
Pode ser realizado na linfa, devendo dessa forma ser coletada do lóbulo da orelha ou prega do cotovelo e ser enviada as lâminas.
Critério de rejeição da amostra:
Urina – Rejeitar volumes menores de 10 mL.
Escarro – Pouca amostra e saliva.
Linfa – Lâminas com sangue e linfonodos.
Interpretação:
Interpretação do exame:
As infecções causadas por micobactérias têm aumentado sua incidência devido ao aumento no número de casos de imunodeficiência e ao desenvolvimento de resistência aos quimioterápicos observado na atualidade. Processos patológicos causados por estes microorganismos são de difícil diagnóstico, devido à característica crônica e inespecífica do processo e à dificuldade de isolamento do germe nos locais afetados. A baciloscopia é o meio diagnóstico mais usado nos diagnósticos de tuberculose pulmonar. Consiste em exame simples, rápido e barato. Os materiais empregados podem ser variados, desde escarro, sangue, urina, biópsia, etc.
Indicações:
Diagnóstico de processos infecciosos causados por micobactérias.
Interpretação clínica:
Qualquer resultado positivo confirma o diagnóstico de tuberculose, entretanto, um resultado negativo não afasta a doença uma vez que o teste possui sensibilidade de apenas 50-60 %.
Sugestão de leitura complementar:
Ridley DS, Jopling WH. A classification of leprosy for research purposes. Lepr Rev 1962; 33:119-28.
Manual Nacional de Vigilância Laboratorial da Tuberculose e outras bactérias. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. 2008. Disponível em http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_vigilancia_laboratorial_tuberculose.pdf, consulta em 29 de novembro de 2015.
Sinônimos:
Pesquisa de Rotavírus, gastroenterite viral
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Frasco estéril. Caso exame não for realizado no momento refrigerar a amostra.
Interpretação:
Os rotavírus são a principal causa mundial de gastroenterites com desidratação em crianças. O diagnóstico precoce através da detecção do rotavírus nas fezes evita o uso desnecessário de antibióticos e orienta medidas epidemiológicas. Os rotavírus podem também causar infecção em adultos. A doença é geralmente moderada, com casos também ocorrendo entre viajantes, de forma epidêmica, após contato com a água.
O diagnóstico da infecção por rotavirus é realizado através da detecção do antígeno viral nas fezes. Pacientes podem excretar o vírus nas fezes por até 4 a 10 dias após o início do quadro.
Indicação:
Diarréia, náuseas e vômitos, particularmente em lactentes e crianças até 2 anos, esporadicamente em crianças maiores e adultos. Gastroenterites agudas não bacterianas.
Interpretação clínica:
O exame apresenta 100% de especificidade. A sensibilidade é menor uma vez que é realizado em amostras isoladas (limite de sensibilidade = 10 milhões de virions/g de fezes). A positividade é maior nos primeiros 3 a 5 dias e, para aumenta-la, o exame deve ser realizado em mais de 1 amostra.
Sugestão de leitura complementar:
Alexandre C. Linhares. Epidemiologia das infecções por rotavírus no Brasil e os desafios para o seu controle. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro 2000; 16(3): 629-46.
Sinônimos:
Sangue oculto nas fezes
Instruções:
Informações de preparo e coleta
1. Não é necessário dieta alimentar específica.
2. Não ingerir bebidas alcoólicas.
3. Evitar alimentos que resultem em resíduos sólidos, contendo partículas duras. Coma alimentos pastosos e líquidos, de fácil digestão. Evite, ainda, uma dieta farta.
4. Suspender toda e qualquer medicação à base de ferro e vitaminas, assim como drogas anti-inflamatórias e aspirina. Quando utilizados por prescrição médica, a interrupção deverá ser determinada pelo médico.
5. Escovar os dentes com cuidado, usando escova de cerdas macias, evitando traumatizar as gengivas: por menores que sejam, possíveis sangramentos, mesmo não visíveis, alteram o resultado do exame.
6. Não é recomendado amostras de pacientes com sangramento proveniente de hemorroidas ou menstruação.
7. Não usar purgantes ou laxantes antes da coleta.
Evitar o contato da amostra com urina ou água do vaso sanitário.
Interpretação:
Uso:
Teste imunológico específico para hemoglobina humana. Auxílio ao diagnóstico de lesões da mucosa gastrointestinal.
Causas mais freqüentes de sangramento das porções baixas do trato digestivo: colite, carcinoma de cólon, diverticulite. Causas de sangramento gastrointestinal superior: gastrite, câncer gástrico, úlcera péptica, varizes esofagianas.
Sinônimos:
Kalemia, ionograma, potassemia
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Estabilidade:
7 dias refrigerado em tubos fechados.
Interpretação:
Presente em grandes concentrações no espaço intracelular, o potássio tem importância na manutenção do equilíbrio eletrolítico e as variações em suas concentrações interferem com a contração muscular. Níveis abaixo de 3mEq/L no sangue são associados a sintomas neuromusculares, os quais, junto com alterações eletrocardiográficas também são encontrados na hiperpotassemia. Doenças que cursam com hiperplaquetemia também podem apresentar hiperpotassemia por liberação do potássio intraplaquetário. A presença de hemólise na amostra coletada aumenta sensivelmente o nível de potássio. Inúmeras drogas interferem sobre o potássio, aumentando ou diminuindo os seus níveis.
Indicações:
Avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácidobásicos.Valores aumentados: infusão rápida de vitamina K. Valores diminuídos: vômitos prolongados, diarréia, acidose tubular renal, insuficiência renal, síndrome de Fanconi, aldosteronismo primário ou secundário, síndrome de Cushing, administração de ACTH, cortisona ou testosterona.
Interpretação clínica:
Níveis aumentados no sangue: choque, transfusões, desidratação, cetoacidose, insuficiência renal, hipertireoidismo, insuficiência suprarrenal, iatrogenia, uso de inibidores da conversão de angiotensina, hemólise (no paciente ou na amostra). Níveis baixos no sangue: vômitos, perdas intestinais (retocolite, doença de Crohn, diarréias agudas), perdas renais (nefrites, acidose tubular renal, diuréticos), alcalose, queimaduras extensas.
OBS: Interferentes: bloqueadores adrenérgicos +, ácido aminocapróico +, angiotensina +, agentes antineoplásicos +, cefaloridina +, ciclosporina +, digoxina +, epinefrina +, heparina +, lítio+, manitol +, metilcilina +, agentes antiinflamatórios +, penicilina +, tetraciclina +, adrenérgicos -, aminoglicosídeos -, aspirina -, anfotericina -, carbenicilina -, diuréticos -.
Sinônimos:
PCR / Imunoturbidimetria
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos. Enviar refrigerado.
Sinônimos:
CRP
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Uso:
Marcador de fase aguda de processos infecciosos ou inflamatórios; seguimento terapêutico das doenças reumáticas em geral. fator de risco isolado de risco coronariano. A concentração plasmática aumenta em doenças do colágeno, neoplasias, pós-operatório, infarto do miocárdio e em doenças infecciosas agudas (pielonefrite aguda) e crônicas. Na febre reumática, o seu reaparecimento pode sugerir regularização do processo; nas vasculites sistêmicas, pode servir de parâmetro para acompanhamento do tratamento.
Estudos prospectivos tem demonstrado que a proteína C reativa (PCR) pode ser usada para predizer o futuro evento cardiovascular. Métodos com alta sensibilidade são usados para este propósito. Concentrações aumentadas de PCR precedem em anos, antecipando o primeiro evento coronariano ou cerebral em indivíduos de alto risco. A PCR é usualmente dosada nos laboratórios clínicos por imunonefelometria ou imunoturbidimetria ,métodos reprodutíveis, capazes de medir a PCR com limites de detecção baixos. Muito embora este limite de detecção seja adequado para a tradicional utilização clínica da PCR monitorando uma infecção, torna-se inútil para predizer risco coronariano e doença cerebrovascular, em população aparentemente normal. A grande maioria dos estudos originais que examinaram a utilidade clínica para predizer o futuro enfarto do miocárdio tem usado o PCR ultra-sensível. Este ensaio é capaz de medir concentrações de PCR até 0,05 mg/dL. Estudos demonstraram que mulheres aparentemente normais com concentrações de PCR >0,21 mg/dL tem 3 vezes maior probabilidade de enfarto do miocárdio e 2 vezes risco de doença arterial periférica, quando comparadas com outro grupo com concentrações de PCR <0,55 mg/L (ou <0,055
Sinônimos:
Proteinuria 24h, Proteina urina, Proteinas urinarias, PT
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Coletar urina de 24h e enviar uma alíquota de 4,0 mL em tubo de transporte ao laboratório, junto com a informação do volume total urinário.
Interpretação:
Uso:
Avaliação de doenças renais.
A proteinúria não é uma doença; trata-se de um marcador clínico, indicando a existência de uma anormalidade renal evidente.
Quando causada por doença renal ou sistêmica, é acompanhada por outras anormalidades clínicas tais como: creatinina sérica elevada, sedimento urinário anormal, evidência de enfermidade sistêmica (febre, erupção da pele, vasculite).
Principais razões para o desenvolvimento de proteinúria: proteinúria funcional (processo benigno originado por agressores fisiológicos ou psicológicos, tais como enfermidades agudas, exercícios, estresse emocional e uma entidade bem descrita denominada “proteinúria ortostática”); superprodução de proteínas plasmáticas filtráveis circulantes (proteínas de Bence Jones, associadas com mieloma múltiplo); proteinúria glomerular (resultante de anormalidades na membrana basal glomerular); proteinúria tubular (ocorre como resultado de reabsorção defeituosa das proteínas filtradas normalmente no túbulo proximal, tendo como causas a presença de necrose tubular aguda, lesão tóxica por chumbo ou aminoglicosídeos e alterações metabólicas hereditárias, como doença de Wilson e síndrome de Fanconi).
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Jejum não necessário. Colher o soro de preferência pela manhã. Lipemia pode atuar como interferente.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Uso:
Avaliação das hipoproteinemias e hiperproteinemias.
Valores aumentados:
Hiperimunoglobulinemias, gamopatia policlonal, gamopatias monoclonal.
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não necessário;
– Lipemia pode atuar como interferente;
– Colher o soro de preferência pela manhã;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Uso:
Avaliação das hipoproteinemias e hiperproteinemias.
Valores aumentados:
Hiperimunoglobulinemias, gamopatia policlonal, gamopatias monoclonal.
Valores diminuídos:
Perda protéica, síndrome nefrótica, doença crônica do fígado, desnutrição, agamaglobulinemia.
Sinônimos:
PSAL/PSAT, Antígeno Prostático Espec. Livre /Total
Instruções:
Informações de preparo e coleta
— Jejum não necessário;
— Preparo: para realização do exame o paciente precisa atender às seguintes condições:
— não ter ejaculado nas últimas 48 horas;
— não ter feito exercício em bicicleta (ergométrica ou não) nos últimos dois dias;
— não ter andado de motocicleta nos últimos dois dias;
— não ter praticado equitação nos últimos dois dias;
— não ter usado supositório nos últimos três dias;
— não ter recebido sondagem uretral ou feito exame de toque retal nos últimos três dias;
— não ter feito cistoscopia nos últimos cinco dias;
— não ter realizado ultra-sonografia transretal nos últimos sete dias;
— não ter feito colonoscopia ou retossigmoidoscopia nos últimos 15 dias;
— não ter realizado estudo urodinâmico nos últimos 21 dias;
— não ter feito biópsia de próstata nos últimos 30 dias.
–Obs.: no caso de homens que tenham feito prostatectomia total (retirada total da próstata), o preparo não é necessário.
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Aliquotar a amostra em tubo de transporte encaminhando a amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
Interpretação:
Uso:
Diagnóstico e monitoramento de tratamento farmacológico e/ou cirúrgico de patologias prostáticas (câncer de próstata, hiperplasia prostática benigna e prostatites); teste de triagem para detecção precoce de câncer de próstata.
O PSA é uma proteína seminal com funções enzimáticas, produzido pela próstata, glândulas periuretrais e periretal. Embora presente em altas concentrações em fluidos seminais, o PSA está presente em concentrações muito baixas na circulação do homem saudável.
Fisiologicamente, a maioria do PSA presente na circulação está ligado à antiquimotripsina (ACT) e alfa-2-macroglobulina, inibidores das serina-proteases; somente uma pequena fração de PSA encontra-se livre na forma circulante. Esta condição de associação a outras proteínas provavelmente contribui com a meia vida elevada do composto na circulação (2 a 3 dias).
O PSA, devido à sua produção fisiológica muito particularmente associada à próstata, é utilizado como molécula marcadora de volume prostático, uma vez que suas concentrações tendem a refletir o volume do órgão. A associação do uso do PSA rotineiramente e do toque retal está contribuindo para o estabelecimento de diagnóstico de HPB (Hiperplasia Benigna da Próstata) e câncer de próstata precocemente, o que facilita o tratamento e confere índices de sobrevivência progressivamente melhores aos indivíduos afetados. Indivíduos com PSA alterado devem ser investigados com ultra-sonografia transretal, biópsia e outros métodos, conforme indicação clínica. Até recentemente, o ponto de corte para homens normais era de 0,0 a 4,0 ng/mL. Valores acima deste patamar deveriam ser investigados, podendo tipicamente representar HPB, câncer de próstata ou prostatites agudas (geralmente acompanhadas de sintomas clínicos típicos e perceptíveis).
A diferenciação de patologias é, desta forma importante. São utilizadas várias estratégias diferenciais, posto que o tratamento é diverso em cada caso. O uso da determinação de percentual de PSA livre e biópsia prostática é a mais freqüente.
Valores superiores a 10 ng/mL são mais freqüentemente associados a câncer de próstata, embora outras causas (especialmente prostatites) possam ocorrer.
A determinação do PSA isoladamente não possui índices de especificidade e sensibilidade que permitam a utilização do teste isoladamente como marcador de câncer de próstata. Valores considerados normais podem ser encontrados em pacientes com câncer de próstata (até 20%) e valores considerados aumentados podem não estar associados a câncer. Portanto, é mais útil a associação de dados do PSA com outros marcadores para o estabelecimento dos diagnósticos (ultra-som transretal, toque retal, biópsia prostática, avaliação clínica, associação de dados – PSA velocidade, que marca a variação de PSA em dosagens seriadas ou PSA densidade, que associa o valor do PSA ao volume da próstata no USTR). Discute-se atualmente o estreitamento da faixa de normalidade em função da idade ,no entanto o uso desta tabela é controverso e os médicos em geral (urologistas) preferem os valores de referência para todas as idades.
Bibliografia:
Caplan A, Kratz A. Prostate-specific antigen and the early diagnosis of prostate cancer. Am J Clin Pathol. 2002;117(Suppl 1):S104-S108
Dew T, Coker C, Saadeh F, et al. Influence of investigative and operative procedures on serum prostate-specific antigen concentration. Ann Clin Biochem. 1999;36(Pt3):340-346
Sinônimos:
Natremia, Na+ no sangue.
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Informar os medicamentos em uso.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
É um cátion presente em grande quantidade no líquido extracelular. Suas variações, seja por redução (hiponatremia) ou por aumento (hipernatremia), provocam também alterações na osmolaridade sérica. Seu poder osmótico lhe proporciona capacidade de distribuição da água corporal. Níveis abaixo de 120mEq/L resultam em alterações neurológicas que vão desde fraqueza muscular a alterações de comportamento, distúrbios de equilíbrio e coma.
Indicações:
Avaliação dos distúrbios hidroeletrolíticos e ácido básicos.
Interpretação clínica:
Causas de hipernatremia: desidratação, situacões que provocam perdas líquidas por via gastrointestinal (por exemplo, vômitos), pulmonar (hiperpnéia) ou cutânea (por exemplo, sudorese excessiva); situações que aumentam a diurese, diabetes insípidus, diabetes insípidus nefrogênico, diabetes mellitus, diuréticos, fase diurética da nefrose tubular aguda, diurese que se segue à obstrução do trato urinário, nefropatia hipercalcêmica, nefropatia hipopotassêmica, administração excessiva de sódio (iatrogênica), hipernatremia essencial, devido a lesões hipotalâmicas. Causas de hiponatremia: hemodiluição (a osmolaridade sérica está diminuída), medicamentos diuréticos (por exemplo tiazídicos), insuficiência cortical suprarrenal, nefropatia com perda de sal, secreção insuficiente de hormônio anti-diurético. Falsa hiponatremia (a osmolalidade do soro está normal ou aumentada): hiperlipidemia, hiperglicemia (a concentracão do sódio sérico diminui 3 mEq/L por cada 100 mg/dL de aumento da glicemia).
Sinônimos:
Urina Parcial; Urina Tipo I; EPU; EAS.
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Realizar higienização da região genital com água e sabão. A coleta ideal para adultos é a primeira urina da manhã, desprezando o primeiro jato e coletando o jato médio diretamente no frasco estéril. Transferir cuidadosamente a urina para o tubo contendo conservante, homogeneizar e refrigerar.
Interpretação:
O EAS é um dos exames mais utilizados como triagem das principais funções metabólicas do organismo, doenças renais, infecções urinárias, doenças sistêmicas e grau de hidratação, através da urina. Hoje, os métodos automatizados permitem uma avaliação padronizada dos elementos presentes na amostra examinada, por meio de leitores ópticos de tiras reagentes.
Indicações: Este exame visa detectar os elementos anormais e analisar o sedimento urinário em amostras de urina.
Interpretação clínica:
Elementos anormais:
– Aspecto: a turvação na urina, geralmente, resulta da presença de leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias e cristais amorfos. E, com menor frequência, da presença de lipídios, muco, linfa, cristais, leveduras e matéria fecal.
– Cor: as colorações anormais da urina mais frequentes são o vermelho, variando de rosado a negro pela presença de sangue, hemoglobina ou mioglobina, e o amarelo escuro ou âmbar pela presença anormal de bilirrubina.
– Densidade: é definida pelo número e tamanho das partículas presentes. Os principais responsáveis são a uréia, os cloretos e os fosfatos. Glicose e contrastes radiológicos elevam de forma importante a densidade urinária.
– pH: aumenta em dietas ricas em frutas e vegetais, alcalose metabólica sem perda de potássio, vômitos prolongados, alcalose respiratória, infecção do trato urinário por microrganismos que utilizam a uréia, como Proteus spp e Pseudomonas spp, após refeições, acidose tubular renal, acidose tubular renal e terapia alcalina. Diminui em dietas ricas em proteínas, acidose metabólica, como ocorre na acidose diabética, alcalose metabólica por perda de potássio, acidose respiratória, infecções do trato urinário por Escherichia coli, dietas hipoclóricas e diarréias severas.
– Proteínas: a proteinúria é muitas vezes o primeiro indicador de doença renal. Condições não renais também podem aumentar a excreção de proteínas, sendo de causa pré-renal, glomerular, tubular e pós-renal. As principais causas de proteinúria são lesão da membrana glomerular, diminuição da reabsorção tubular, mieloma múltiplo, proteinúria ortostática, pré-eclâmpsia e nefropatia diabética. Frequentemente está associada à hemoglobinúria e ao achado de número significativo de cilindros, hemácias e leucócitos no exame microscópico. O resultado é semiquantitativo e expresso em cruzes.
– Glicose: geralmente aparece na urina quando está superior a 180mg/dL no sangue. As causas de glicosúria são diabetes mellitus, doenças que afetam a reabsorção tubular, como síndrome de Fanconi e doença renal avançada, e outras causas de hiperglicemia transitória. O resultado é expresso em cruzes. A pesquisa por fita reagente tem sensibilidade a partir de 50mg/dL. Mesmo em concentrações elevadas, a influência do ácido ascórbico é consideravelmente eliminada neste método já que, quando a glicose se apresenta a partir de 100mg/dL, não é provável haver falso-negativos.
– Cetonas: compreendem o ácido acetoacético, a acetona e o ácido beta-hidroxibutírico. Pode-se detectá-las quando há um comprometimento na utilização de carboidratos como principal fonte energética e as reservas de gordura precisam ser metabolizadas para gerar energia. A cetose pode ser encontrada em condições associadas à diminuição da ingesta de carboidratos, redução da utilização de carboidratos (diabetes mellitus), distúrbios digestivos, eclâmpsia, dietas desbalanceadas, vômitos e diarréia. Quando presente, o resultado é expresso em cruzes.
– Bilirrubinas: elevadas quando a bilirrubina conjugada aumenta no soro. Está presente nas icterícias obstrutiva e parenquimatosa, e ausente nas icterícias hemolíticas. A sensibilidade é a partir de 0,5mg/dL. Medicamentos que corem a urina podem interferir na reação.
– Urobilinogênio: menos de 1mg/dL na urina é normal. Pode estar elevado nas hepatopatias, distúrbios hemolíticos e porfirinúrias. A ausência de urobilinogênio na urina e nas fezes significa obstrução do ducto biliar, que impede a passagem normal de bilirrubina para o intestino. A sensibilidade do método é a partir de 0,4mg/dL. Medicamentos que corem a urina podem interferir na reação.
– Hemoglobina: pode ocorrer como resultado da lise de hemácias produzida no trato urinário ou como resultado de hemólise intravascular e a consequente filtração glomerular de hemoglobina. A verdadeira hemoglobinúria, ou seja, hemoglobina livre passando diretamente o glomérulo para o ultrafiltrado, é pouco comum. A lise de hemácias na urina geralmente apresenta uma mistura de hemoglobinúria e hematúria, mas nos casos de hemólise intravascular não serão encontradas hemácias. Várias doenças renais e do trato urinário podem resultar em hematúria com hemoglobinúria, como as glomerulonefrites, pielonefrites, cistites, cálculos e tumores. O mesmo ocorre com algumas doenças extra-renais, como a hipertensão maligna, tumores, episódios agudos de febre, traumas, exercícios intensos e certas drogas. A sensibilidade corresponde a 10 eritrócitos/µL.
Sedimento:
– Hemácias: quando aumentadas significa rompimento da integridade da barreira vascular por injúria ou doença membranosa glomerular ou no trato geniturinário. As condições que resultam em hematúria incluem várias doenças renais, como glomerulonefrites, pielonefrites, cistites, cálculos, tumores e traumas. Qualquer condição que resulte em inflamação ou comprometa a integridade do sistema vascular pode também resultar em hematúria. Em amostras colhidas de mulheres, a possibilidade de contaminação menstrual deve ser considerada. A presença de hemácias e cilindros na urina, que igualmente pode ocorrer após exercícios intensos, tem importante valor preditivo positivo no diagnóstico de patologias renais, quando em quantidade significativa.
– Leucócitos: podem ser encontrados entrar na urina através de qualquer ponto ao longo do trato urinário ou através de secreções genitais. A piúria pode resultar de infecções bacterianas ou de outras doenças renais e do trato urinário, que podem ser acompanhadas de bactérias ou não, como no caso da infecção por Chlamydia. Também está presente em patologias não infecciosas, como a glomerulonefrite, lúpus eritematosos sistêmicos e tumores.
– Cristais: encontrados com frequência na urina e raramente têm significado clínico. São formados pela precipitação dos sais da urina submetidos a alterações no pH, na temperatura e na concentração, o que afeta sua solubilidade. A sua identificação pode sugerir doenças hepáticas, erros inatos do metabolismo ou lesão renal causada pela cristalização tubular de metabólitos de drogas. Os cristais anormais mais importantes são cistina, colesterol, leucina, tirosina, sulfonamidas, corantes radiográficos e ampicilina.
– Cilindros: são exclusivamente renais e formam-se especialmente na luz do túbulo contornado distal e ducto coletor. O seu principal componente é a proteína de Tamm-Horsfall, mucoproteína secretada somente pelas células tubulares renais, cujo aparecimento na urina é influenciado pelos materiais presentes no filtrado no momento de sua formação, pelo período em que permanecem no túbulo, pela presença de íons e pH. O tamanho dos cilindros pode variar em função do diâmetro do túbulo no qual foram formados. Cilindros largos, por exemplo, indicam a formação em túbulos renais dilatados ou em túbulos coletores. O achado de muitos cilindros céreos indica prognóstico desfavorável. Assim, cada um dos tipos encontrados no sedimento representa diferentes condições clínicas. Seguem alguns exemplos de condições nos quais podem estar aumentados:
– Hialinos – glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica, insuficiência cardíaca congestiva, exercício físico. Normal: de 0 a 2 por campo;
– Hemáticos – glomerulonefrite, exercício físico intenso, nefrite lúpica, hipertensão maligna;
– Leucocitários – pielonefrite;
– Células epiteliais – lesões tubulares renais;
– Granulosos – estase do fluxo urinário, exercício físico, infecção urinária;
– Céreos – estase do fluxo urinário;
– Graxos – síndrome nefrótica, nefropatia diabética, doença renal crônica, glomerulonefrite;
– Largos – estase significativa do fluxo urinário, insuficiência renal.
– Muco: proteína fibrilar produzida pelo epitélio tubular renal e pelo epitélio vaginal. Não é clinicamente significativo, mas o aumento costuma ser associado à contaminação vaginal.
– Células epiteliais: algumas resultam da descamação normal de células velhas; outras representam lesão epitelial por processos inflamatórios ou doenças renais. Costumam ser encontrados três tipos:
Escamosas – são as mais frequentes e com menor significado clínico, originadas do revestimento vaginal, uretra feminina e das porções inferiores da uretra masculina;
– Transicionais ou caudadas – originadas do cálice e pelve renais, ureter e bexiga. Se a descamação é normal, encontram-se em pequena quantidade na urina, mas aumentam após cateterização e outros procedimentos de instrumentação do trato urinário. Podem também ocorrer no carcinoma renal;
– Células dos túbulos renais – representam a descamação do epitélio tubular. São mais elevadas em recém-nascidos do que crianças mais velhas e adultos. Encontram-se células dos túbulos contornados distal e proximal na urina como resultado de isquemia aguda ou doença tubular renal tóxica, como a necrose tubular aguda por metais pesados ou drogas. Células dos túbulos coletores podem ser vistas doenças renais, como nefrite, necrose tubular aguda, rejeição a transplante renal e envenenamento por salicilatos. Quando aparecem como fragmentos intactos do epitélio tubular, indicam trauma, choque, sepsis ou necrose isquêmica do epitélio tubular. Se há passagem de lipídios pela membrana glomerular, como nos casos de nefrose lipídica, as células do túbulo renal os absorvem e são chamadas corpos adiposos ovais. Em geral, são vistas em conjunto com gotículas de gordura que flutuam no sedimento.
OBS: Descreve-se se há presença de espermatozoides e se é detectado uso de substância interferente, como por exemplo, antissépticos urinários que prejudiquem a leitura dos componentes urinários.
Sinônimos:
T3 total; TT3; Triiodotironina
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum mínimo de 3 horas;
– O cliente deve informar os medicamentos tomados nos últimos 30 dias, especialmente hormônios tiroidianos e amiodarona;
– Caso esteja utilizando hormônio tiroidiano (Euthyrox®, Puran T4®, Levoid® ou Synthroid®), o cliente precisa fazer a coleta antes da próxima dose ou, no mínimo, quatro horas após a ingestão do medicamento;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Pode-se encaminhar no tubo primário ou aliquotar a amostra em tubo de transporte encaminhando a amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 560 uL
Interpretação:
Aproximadamente 20% do T3 é produzido na tireóide; o restante é proveniente dos tecidos periféricos por desiodação do T4. Na maioria (99,7%), o T3 circula ligado a proteínas séricas, principalmente a TBG.
Indicações:
Investigação de tireotoxicose por T3, detecção precoce da recorrência hipertireoidismo após interrupção de antitireoidiano.
Interpretação clínica:
Geralmente está elevado no hipertireoidismo, apesar de não ser, geralmente, essencial para o diagnóstico, exceto nas formas de hipertireoidismo por secreção de T4. Na resistência aos hormônios tireoidianos, tanto o T3 total quanto o T3 livre estarão elevados diante de um quadro clínico de hipotireoidismo ou de eutireoidismo. No hipotireoidismo, o T3 demora a cair, e pode estar normal na presença de T4 diminuído e de TSH aumentado. Devido a sua menor afinidade pela TBG, quando dosamos T3, as alterações de ligação descritas para o T4 não se mostram tão evidentes, especialmente as que se referem à TBG. A síndrome do eutireoidiano doente apresenta níveis baixos de T3 com TSH normal ou baixo. O T3 também pode estar reduzido em pessoas muito idosas, no pós-operatório, no jejum prolongado e em pacientes em uso de corticosteróides, amiodarona ou altas doses de propranolol, devido à conversão diminuída de T4 em T3. Quase a totalidade do T3 encontra-se ligada às proteínas de transporte (TBG, TBPA e Albumina). Assim como ocorre com o T4, condições que alterem essas proteínas (Ex: gravidez, uso de estrogênios) podem alterar o TT3 na mesma direção (em uma proporção um pouco menor do que com o T4), motivo pelo qual se prefere a dosagem da fração livre no sangue (T3 livre). O TT3 encontra-se elevado no hipertireoidismo, podendo, em determinados casos detectar-se a sua elevação com T4 ainda normal, assim como no hipertireoidismo por T3 onde apenas este encontra-se elevado. Por outro lado, no hipotireoidismo, como ocorre aumento da conversão periférica de T4 para T3, este último pode ainda estar normal quando o T4 já está diminuído e o TSH elevado. Pode-se encontrar T3 diminuído em algumas situações como: doenças graves, pós-operatório, jejum prolongado, uso de medicações, em pacientes acamados por longo período e em pacientes com deficiência de proteínas ligadoras. Pode estar aumentado quando há aumento de proteinas ligadoras e secundariamente à presença de anticorpos anti-T3.
Sugestão de leitura complementar:
Andersen S, et al. Narrow individual variations in serum T(4) and T(3) in normal subjects: a clue to the understanding of subclinical thyroid disease. J Clin Endocrinol Metab, 87: 1068-72, 2002.
Grabenstein J. T3, the other thyroid hormone. Clin Cornerstone 2005; 7 Suppl 2: S16-9.
Sinônimos:
T3L, Free T3, FT3
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não necessário
– O cliente deve informar os medicamentos tomados nos últimos 30 dias, especialmente hormônios tiroidianos e amiodarona. Caso esteja utilizando hormônio tiroidiano (Euthyrox®, Puran T4®, Levoid® ou Synthroid®), o cliente precisa fazer a coleta antes da próxima dose ou, no mínimo, quatro horas após a ingestão do medicamento;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Pode-se encaminhar no tubo primário ou aliquotar a amostra em tubo de transporte encaminhando a amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
Cerca de 0,3% do T3 circula sob a forma livre, sendo considerada a fração metabolicamente ativa. a dosagem de T3 livre também não sofre influência significativa dos níveis de TBG circulantes, podendo apresentar-se em níveis normais em pacientes em uso de medicamentos ou em outras situações que alterem a TBG. Nesses casos, é possível encontrar diminuição ou elevação do T3 total com T3 livre normal.
Indicações:
Avaliação da fração metabolicamente ativa da triiodotironina. Indica-se a dosagem de T3 livre para pacientes com diagnóstico duvidoso de hipertireoidismo, quando se deseja avaliar possíveis alterações de ligação ou resistência periférica aos hormônios tireoidianos.
Interpretação clínica:
Geralmente está elevado no hipertireoidismo, apesar de não ser, geralmente, essencial para o diagnóstico, exceto nas formas de hipertireoidismo por secreção de T4. Na resistência aos hormônios tireoidianos, tanto o T3 total quanto o T3 livre estarão elevados diante de um quadro clínico de hipotireoidismo ou de eutireoidismo. Em geral, a sua dosagem tem boa correlação com o T3 total, exceto quando existem alterações significativas das proteínas carrreadoras, como ocorre, por exemplo, na gravidez e com o uso de estrogênios, quando se pode observar T3 total elevado com T3 livre normal. Nessas condições, o T3 livre retrata mais fielmente a condição tireoidiana. O T3, seja total ou livre, não é um bom parâmetro para o diagnóstico do hipotireoidismo, uma vez que, devido ao aumento da conversão periférica de T4 para T3 que ocorre nessa patologia, na tentativa de se manter o eutireoidismo, pode-se encontrar T3 ainda normal quando o paciente já tem T4 baixo e TSH elevado, sendo esses os melhores parâmetros. Na tireotoxicose factícia e iatrogência por T3, observa-se FT3 elevado, com Ft4 e TSH baixos ou suprimidos. O uso de fórmulas de emagrecimento contendo T3 é um dos exmeplos mais comuns desta observação. Da mesma forma, o uso de Triac, pela sua similaridade estrutural ao T3 e por contaminação do produto, leva a esta mesma alteração laboratorial.
Sugestão de leitura complementar:
Cooper DS. Approach to the patient with subclinical hyperthyroidism. J Clin Endocrinol Metab 2007; 92 (1): 3-9. Larsen PR, Davies TF, Schlumberger M, Hay ID. Thyroid Physiology and Diagnostic Evaluation of Patients with Thyroid Disorders. In: Larsen: Williams Textbook of Endocrinology, 10th ed., 2003 Saunders, Elsevier.
Wilson GR, Curry RW Jr. Subclinical thyroid disease. Am Fam Physician 2005; 72 (8): 1517-24.
Sinônimos:
Tetraiodotironina, tiroxina, T4 total
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum mínimo necessário de 3 horas;
– O cliente deve informar os medicamentos tomados nos últimos 30 dias, especialmente hormônios tiroidianos e amiodarona. Caso esteja utilizando hormônio tiroidiano (Euthyrox®, Puran T4®, Levoid® ou Synthroid®), o cliente precisa fazer a coleta antes da próxima dose ou, no mínimo, quatro horas após a ingestão do medicamento;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Pode-se encaminhar no tubo primário ou aliquotar a amostra em tubo de transporte encaminhando a amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
A tiroxina (T4) é o principal hormônio secretado pela glândula tireóide. Os hormônios tireoidianos circulam na corrente sanguínea quase que totalmente ligados às proteínas plasmáticas. As 3 proteínas transportadoras de HT mais importantes são a transtirretina (TTR), a albumina e a globulina ligadora de tiroxina (TBG). Circulam ligados a esta última 99,98% do T4 e o nível deste hormônio no sangue é especialmente afetado por fatores que alteram a sua ligação à TBG, mesmo que não haja doença tireoidiana. Na verdade, as alterações de T4T são mais comumente encontradas em consequência de alterações de proteínas de ligação, principalmente a TBG, e não por disfunção da tireóide.
Indicações:
Útil na complementação da avaliação tireoidiana quando o T4 livre deixa dúvidas quanto ao diagnóstico, como ocorre, por exemplo, na gestação em que o T4 livre tende a ter níveis mais baixos.
Interpretação clínica:
Valores elevados devem ser interpretados com cautela devido às interferências sofridas por fatores que alteram as proteínas transportadoras.
A entidade denominada hipertiroxinemia eutireoidiana pode ser confundida com a síndrome de resistência ao hormônio tireoidiano (SRHT). Nessa situação, ocorre elevação do T4 em associação com TSH normal em indivíduo eutireóidiano, devido a vários fatores como uso de drogas como estrógenos e alterações clínicas, como falência hepática, presença de anti T4 e outros fatores.
Sugestão de leitura complementar:
Kronenberg HM, Melmed S, Polonsky K. Laboratory assessment of thyroid status. Williams Textbook of Endocrinology. 11th ed. Elsevier; 2012.
Total Thyroxine (TT4) and Total Triiodothyronine (TT3) Methods: Diagnostic Accuracy of Total Hormone Measurements. [acesso em 2012 dez 26]. Disponível em: www. medscape.com
Sinônimos:
T4L
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Este exame não necessita de jejum.
– Informar medicamentos utilizados nos últimos 30 dias, em especial hormônios tireoidianos e amiodarona. Se tomar medicamentos para a tireoide, no dia da coleta do exame, tomar o medicamento após a coleta do exame, ou de acordo com a orientação médica.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Apenas 0,02% do T4 circula como T4 livre (T4L) que é o metabolicamente ativo. Apesar de ser uma medida estimada é o método de escolha seguindo o TSH na confirmação de disfunção tireoidiana devido à experiência já adquirida com a sua interpretação.
Indicações:
Confirmação de disfunção de tireoidiana e monitoração do tratamento.
Interpretação clínica:
Elevado no hipertireoidismo e diminuído no hipotireoidismo. Sofre interferência de vários fatores e seus reasultados devem ser analisados em conjunto com o TSH: 1) medicamentos e drogas que alteram a produção, secreção e metabolismo de hormônios tireoidianos, principalmente se em duas ou mais associações; 2) medicamentos que deslocam os HT das proteínas carreadoras; 3) anticorpos heterófilos e fator reumatóide; 4) anti T4; doenças não tireoidianas; 5) medicações que interferem na absorção de LT4 (para os que estão em reposição).
Mais informações em breve!
Mais informações em breve!
Sem sinônimos
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não necessário;
– A coleta deve ser feita até duas horas após o horário habitual de acordar ou conforme solicitação médica. A preferência do horário de coleta não se aplica a crianças menores de 10 anos. O cliente deve informar os medicamentos em uso, especialmente hormônios esteróides;
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 560 uL
Interpretação:
Um por cento da testosterona circula sob forma livre (TL). Esta é a fração biologicamente ativa, que se liga ao receptor de androgênios e é também reduzida a 5a-dihidrotestosterona (DHT), que se liga a este receptor de forma mais forte e estável, tento potência androgênica 5 vezes maior que a testosterona. Testosterona livre e biodisponível são calculadas por uma fórmula encontrada no site www.alvaro.com.br, que considera os valores de testosterona total em ng/dL, albumina como um valor fixo de 4,3 em g/dL e SHBG em nmol/L).
Indicações:
Diagnóstico do hipogonadismo masculino; avaliação de puberdade precoce; diagnóstico de tumores virilizantes; avaliação do hirsutismo.
Interpretação clínica:
No hipogonadismo de origem testicular ou de origem central, seus níveis são baixos. Em casos de hirsutismo, é comum o achado de pelo menos uma discreta elevação dos níveis de testosterona. Dosagens muito altas sugerem tumores virilizantes do ovário, sendo raros os casos de tumores de supra-renal produtores de testosterona isoladamente. Para a confirmação de valores baixos de testosterona total é indicada a dosagem de testosterona livre e biodisponivel.
Sinônimos:
Testosterona
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Crianças até 6 anos de idade: jejum de 3 horas. Crianças maiores de 6 anos e adultos: jejum de 8 horas.
– Informar os medicamentos em uso, em especial hormônios esteróides.
– A coleta deve ser feita pela manhã, até 2 horas após o horário habitual de acordar, ou de acordo com o pedido médico. Para crianças abaixo de 10 anos, essa recomendação não se aplica.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
A testosterona é um esteroide androgênico secretada principalmente nos testículos, sendo o principal hormônio masculino. É também produzida em pequena quantidade pelas suprarrenais e ovários. A concentração plasmática de testosterona nos homens é cerca de 7 a 8 vezes maior do que nas mulheres e a produção diária cerca de 20 vezes maior. Circula, em sua maior parte, ligada à SHBG e à albumina, como testosterona total (TT). Indicações: Diagnóstico do hipogonadismo masculino; avaliação de puberdade precoce; diagnóstico de tumores virilizantes; avaliação do hirsutismo.
Interpretação clínica:
No hipogonadismo de origem testicular ou de origem central, seus níveis são baixos. Em casos de hirsutismo, é comum o achado de pelo menos uma discreta elevação dos níveis de testosterona. Dosagens muito altas sugerem tumores virilizantes do ovário, sendo raros os casos de tumores de supra-renal produtores de testosterona isoladamente. Para a confirmação de valores baixos de testosterona total é indicada a dosagem de testosterona livre e biodisponivel.
Sinônimos:
TTPA
Instruções:
Informações de preparo e coleta
ORIENTAÇÃO DE COLETA:
– Jejum não necessário.
– Anotar os medicamentos em uso;
– Obter sangue por punção venosa e evitar garroteamento por mais de 01 minuto, hemólise, formação de bolhas e aspiração de líquido tissular. A agulha deve penetrar diretamente na veia na primeira tentativa (punção NÃO traumática). O sangue deve fluir livremente sem que seja necessário aplicar demasiada força ao êmbolo. Não realizar o teste em amostra cuja punção for difícil (punção traumática);
– Preferencialmente coleta a vácuo (agulha com calibre 19 a 22);
– Coletar a amostra com seringa de plástico e centrifugar em tubos plásticos. O uso de material de vidro não siliconizado pode alterar falsamente os resultados. Após remover a agulha, utilizar a porção central da amostra na seringa, usando as porções anterior e posterior para outros testes;
– No caso de sistema de coleta a vácuo, usar tubo de plástico ou vidro siliconizado (menor lesão, menos contaminação e evita formação de coágulos in vitro);
– Ao realizar coleta para testes da coagulação para execução remota (outro laboratório – apoio), o tubo de citrato deve ser o SEGUNDO na ordem de coleta dos tubos. Pode ser após o frasco de hemocultura ou do tubo de descarte sem aditivo, na falta destes coletar um tubo de citrato para descarte.
Obs: Não colher antes do citrato, ou utilizar como descarte tubos sem anticoagulante contendo ativadores de coágulos. É muito importante que o tubo de citrato seja coletado antes do tubo de EDTA. Se houver apenas exames de coagulação, o primeiro tubo deve ser descartado.
– A proporção sangue/anticoagulante deve ser exatamente de 9:1 (9 partes de sangue para 1 de anticoagulante – citrato 3,2% tamponado);
– Homogeneizar a amostra por inversão suave de 5 a 8 vezes (a falha na homogeneização adequada do sangue em tubos com anticoagulante precipita a formação de microcoágulos).
PROCESSAMENTO DA AMOSTRA:
– A amostra deve ser centrifugada imediatamente após coleta por 15 minutos a 3000 rpm;
– SEPARAR o plasma com cuidado para não misturá-lo com o sedimento.
– Deixando sempre uma parte da amostra para não pipetar o sedimento (plaquetas/leucócitos);
– Repetir esse processo de centrifugação e transferir novamente o sobrenadante para outro tubo de transporte (esse procedimento deve ser realizado para obtenção de um plasma pobre em plaquetas inferior a 10000/mm³);
– Volume mínimo para ser encaminhado é de 2,0 mL;
– Congelar o plasma imediatamente após a centrifugação;
– Manter a amostra congelada durante o armazenamento e transporte;
– As amostras deverão chegar ao local do destino ainda congeladas, sendo mantidas assim até o momento da análise. As amostras não podem ser recongeladas, interferindo diretamente nos fatores de coagulação, levando a resultados incorretos.
– Amostras que apresentam fibrina e ou coágulos NÃO são adequadas para o envio. Uma nova amostra será solicitada.
INTERFERENTES:
Antibióticos, anticoagulante orais, heparina, epinefrina, contraceptivos orais, estreptoquinase.
Interpretação:
O TTPA Detecta as deficiências dos fatores VIII, IX, XI e XII, precalicreína e cininogênio de alto peso molecular. Avalia os fatores das vias intrínseca e comum da coagulação.
Indicação:
Teste de triagem para deficiências de fator, presença de inibidores e para monitorar o uso de heparina não fracionada.
Interpretação clínica:
Os resultados são relacionados em tempo (em segundos) e em termos de relação TTPA paciente/TTPA média do valor de referência. Se o TTPA é prolongado com tempo de protrombina (TP) é possível que haja deficiência dos fatores VIII, IX, XI, XII, cininogênio de alto peso molecular, precalicreína ou a presença de um inibidor da via intrínseca. No caso de controle de heparinoterapia não fracionada, é importante realizar o teste o mais rápido possível (em até 1 hora) após a coleta, para evitar a neutralização heparina pelo fator plaquetário 4.
Sinônimos:
TAP
Instruções:
Informações de preparo e coleta
ORIENTAÇÃO DE COLETA:
– Jejum não necessário
– Anotar os medicamentos em uso;
– Obter sangue por punção venosa e evitar garroteamento por mais de 01 minuto, hemólise, formação de bolhas e aspiração de líquido tissular. A agulha deve penetrar diretamente na veia na primeira tentativa (punção NÃO traumática). O sangue deve fluir livremente sem que seja necessário aplicar demasiada força ao êmbolo. Não realizar o teste em amostra cuja punção for difícil (punção traumática);
– Preferencialmente coleta a vácuo (agulha com calibre 19 a 22);
– Coletar a amostra com seringa de plástico e centrifugar em tubos plásticos. O uso de material de vidro não siliconizado pode alterar falsamente os resultados e não é aceito em nossa área técnica.
– No caso de sistema de coleta a vácuo, usar tubo de plástico ou vidro siliconizado (menor lesão, menos contaminação e evita formação de coágulos in vitro);
– Ao realizar coleta para testes da coagulação para execução remota (outro laboratório – apoio), o tubo de citrato deve ser o SEGUNDO na ordem de coleta dos tubos. Pode ser após o frasco de hemocultura ou do tubo de descarte sem aditivo, na falta destes coletar um tubo de citrato para descarte.
Obs: Não colher antes do citrato, ou utilizar como descarte tubos sem anticoagulante contendo ativadores de coágulos. É muito importante que o tubo de citrato seja coletado antes do tubo de EDTA. Se houver apenas exames de coagulação, o primeiro tubo deve ser descartado.
– A proporção sangue/anticoagulante deve ser exatamente de 9:1 (9 partes de sangue para 1 de anticoagulante – citrato 3,2% tamponado);
– Homogeneizar a amostra por inversão suave de 5 a 8 vezes (a falha na homogeneização adequada do sangue em tubos com anticoagulante precipita a formação de microcoágulos).
PROCESSAMENTO DA AMOSTRA:
– A amostra deve ser centrifugada imediatamente após coleta por 12 minutos a 3200 rpm;
– SEPARAR o plasma com cuidado para não misturá-lo com o sedimento.
– Deixando sempre uma parte da amostra para não pipetar o sedimento (plaquetas/leucócitos);
– Repetir esse processo de centrifugação e transferir novamente o sobrenadante para outro tubo de transporte (esse procedimento deve ser realizado para obtenção de um plasma pobre em plaquetas inferior a 10000/mm³);
– Volume mínimo para ser encaminhado é de 2,0 mL;
– Congelar o plasma imediatamente após a centrifugação;
– Manter a amostra congelada durante o armazenamento e transporte;
– As amostras deverão chegar ao local do destino ainda congeladas, sendo mantidas assim até o momento da análise. As amostras não podem ser recongeladas, interferindo diretamente nos fatores de coagulação, levando a resultados incorretos.
– Amostras que apresentam fibrina e ou coágulos NÃO são adequadas para o envio. Uma nova amostra será solicitada.
INTERFERENTES:
Antibióticos, anticoagulante orais, heparina, epinefrina, contraceptivos orais, estreptoquinase.
Interpretação:
O TP avalia as via extrínseca e comum da coagulação, sendo dependente da integridade dos fatores VII, V, II, e X. Como os resultados do TP do mesmo paciente e na mesma amostra podem variar entre laboratórios, criou-se uma tromboplastina padrão, de modo que os reagentes para TP devem ser comparados à tromboplastina padrão, o que é denominado Índice de Sensibilidade Internacional (ISI).
Indicação:
Monitorização do uso de anticoagulantes orais antivitamina K.
Interpretação clínica:
Os resultados do TP podem ser reportados em tempo de protrombina, atividade enzimática (%) e RNI (ver também RNI). O valor de referência para o TP varia de acordo com o reagente utilizado.
Um tempo de protrombina alargado está relacionado principalmente ao uso de determinadas medicações, doenças hepáticas ou deficiência de fator VII. É pouco sensível à deficiência de fibrinogênio, mas hipofibrinogenemia grave (fibrinogênio inferior a 100 mg/dL) encontra-se alargado; na afibrinogenemia está incoagulável. Pode estar prolongado em deficiências hereditárias, principalmente do fator VII, ou adquiridas, como na deficiência de vitamina K, coagulação intravascular disseminada (CID), uso de medicamentos e doença hepática. Em relação ao ISI, quanto mais próximo de 1,0, mais sensível é a tromboplastina.
Sinônimos:
Aspartato aminotransferase, AST, SGOT
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
A Transaminase glutamato oxaloacética (TGO) ou aspartato transaminase (AST) é uma enzima que catalisa a interconversão de aminoácidos e alfacetoácidos. Está presente em vários tecidos, mas atividades maiores são observadas no fígado, coração e músculo estriado e, mínimas, no rim e no pâncreas. Está presente no citoplasma e nas mitocôndrias e, portanto, sua elevação indica comprometimento celular. Pequenas elevações são observadas durante a gravidez. Aumenta de forma significativa na necrose hepática, anemias hemolíticas, pancreatite aguda, cirrose hepática, hepatites, icterícia obstrutiva, mononucleose, hipotireoidismo, trauma e infarto cerebral, dermatomiosites, queimaduras severas, distrofias musculares, lesões da musculatura esquelética, cateterismo e angioplastia cardíaca. Inúmeras drogas comumente usadas podem elevar os níveis de AST (isoniazida, eritromicina, progesterona e esteróides anabólicos, entre outras), o que a torna útil na monitoração de terapias com substâncias hepatotóxicas.
Indicações:
Dosagens seriadas de TGO são úteis no acompanhamento da evolução de uma afecção hepatobiliar, especialmente quando existe necrose das células hepáticas. Nas hepatopatias alcoólicas, na cirrose ativa, nas obstruções extra hepáticas e nas lesões hepáticas metastáticas a TGO é um marcador mais sensível que a transaminase glutâmico pirúvica (TGP).
Interpretação clínica:
Nas formas graves de hepatites virais podem ser encontrados níveis séricos de TGO de 1.000 a 3.000 UI/L e naquelas com lesões menos graves os níveis estão entre 500 e 1000 UI/L. Nas hepatopatias crônicas e nas lesões focais observa-se níveis de 50 a 200 UI/L. Nessas situações, geralmente os níveis de TGP são maiores que os de TGO e os casos nos quais os níveis de TGO são mais elevados do que os de TGP são de pior prognóstico. Na colestase intra e extra hepática sem necrose hepatocelular os níveis de TGO não se elevam muito, raramente excedendo 300 UI/L. Na hepatite alcoólica os valores de TGO geralmente são inferiores a 300 UI/L, mas se elevam bastante nas situações de uso concomitante de álcool e acetaminofen, sendo superiores aos níveis de TGP. As lesões hepáticas por metástases hepáticas, hepatomas, lesões por tetracloreto de carbono, hemocromatose também cursam com elevação da TGO. A colecistite algumas vezes pode cursar com aumento de TGO e aumentos de 1,8 vezes são observados 24 horas após colecistectomia por laparoscopia em 73% dos pacientes. Também se eleva nos casos de congestão hepática por insuficiência cardíaca. Nas lesões hepatocelulares alcoólicas a TGO se eleva mais que a TGP com relação TGO/TGP de 3:1 a 4:1.
No infarto agudo do miocárdio (IAM) os níveis de TGO começam a subir de 6 a 8 horas após o aparecimento da dor, com pico entre 24 e 48 horas e normalizam entre o terceiro e sétimo dias, sendo seus níveis maiores que os de TGP. Os níveis de TGO guardam relação com a gravidade da lesão miocárdica e níveis superiores a 400 a 500 UI/L são observados em casos de IAM que evoluem para óbito. Nos casos de IAM não acompanhados de choque ou insuficiência cardíaca o aumento da TGO é discreto. Nos quadros de pericardite, miocardite e no pós operatório de cirurgias cardíacas também se observa elevação dos níveis de TGO.
Nas doenças musculares os níveis de TGO (e com menor frequência da TGP) aumentam pouco na distrofia muscular de Duchenne, na polimiosite e na dermatomiosite. Os níveis de TGO também podem estar elevados na síndrome de Reye, mononucleose, citomegalia, traumas cardíaco ou da musculatura esquelética, exercícios intensos, queimaduras graves, infecções, infarto e embolia pulmonar, pancreatite, tumores, choque, hipotireoidismo, anemias hemolíticas, obstrução intestinal, acidose lática, hipertermia maligna, febre tifóide, talassemia maior, doença de Von Gierke, choque tóxico, doenças do sistema nervoso central, infarto cerebral, hemorragias, pancreatite, infarto renal, hemofilia, obesidade e desnutrição. Grandes cirurgias podem aumentar os níveis de TGO em 50%.
Níveis baixos de TGO são observados na uremia, na deficiência de vitamina B6 e na cetoacidose.
Sinônimos:
Alanina aminotransferase, ALT, SGPT, GPT
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
É uma enzima intracelular presente em grandes quantidades no fígado e no rim e em pequenas quantidades na musculatura esquelética, coração e pâncreas. É uma enzima intracelular citoplasmática que catalisa a interconversão de aminoácidos e alfacetoácidos. Quantidades mínimas são observadas na pele, no baço e no pulmão. Sua atividade nas hemácias é seis vezes maior que no plasma. Sua origem é citoplasmática e, desta forma, eleva-se rapidamente após a lesão hepática sendo, portanto, um marcador sensível da função hepática. É um marcador mais específico para a lesão hepática que a TGO. Como teste de função hepática, a ALT é mais sensível para detecção de danos do hepatócito do que para a obstrução biliar, considerada um excelente marcador hepatocelular. Encontram-se níveis elevados na hepatite infecciosa e tóxica, doença pancreática, mononucleose, cirrose, icterícia obstrutiva e carcinoma metastático. Em pacientes com infarto do miocárdio, a ALT geralmente está normal ou ligeiramente elevada. Entretanto, insuficiência cardíaca ou choque com necrose hepática concomitante pode fazer subir seus níveis.
Indicações:
Dosagens repetidas de TGP são úteis no acompanhamento da evolução de uma doença hepatobiliar, especialmente quando existe necrose das células hepáticas. Também pode estar relacionada a lesões em outros órgãos, como rins, musculatura esquelética, coração e pâncreas.
Interpretação clínica:
Nas formas graves de hepatites virais podem ser encontrados níveis séricos de 1.000 a 3.000 UI/L e em lesões menos graves os níveis estão entre 500 e 1000 UI/L. Níveis de TGP persistentemente altos nos quadros agudos sugerem a evolução para cronicidade. Nas hepatopatias crônicas menos graves e nas lesões focais observam-se níveis de 50 a 200 UI/L. Na colestase intra e extra hepática sem necrose hepatocelular os níveis de TGP não se elevam muito, raramente excedendo 300 UI/L. Aumentos de 2,2 vezes são observados 24 horas após colecistectomia por laparoscopia em 82% dos pacientes. Nas lesões hepáticas secundárias a choque, insuficiência cardíaca, asfixia e trauma também se observa elevação dos níveis de TGP. Aumentos menores são observados na cirrose, icterícia colestática e tumores hepáticos. A lesão hepática pelo acetaminofen é potencializada pela ingestão de álcool. Outras situações clínicas que cursam com aumento dos níveis de TGO incluem mononucleose, citomegalia, infarto do miocárdio extenso, miocardite, miosite, pré eclâmpsia, trauma muscular, rabdomiólise, polimiosite, dermatomiosite, alcoolismo crônico, filariose, queimaduras extensas, pancreatite grave e síndrome de Reye.
Sugestão de leitura complementar:
American Gastroenterological Association medical position statement: evaluation of liver chemistry tests. Gastroenterology 2002;123:1364-6
Lee TH, Kim WR, Poterucha JJ. Evaluation of elevated liver enzymes. Clin Liver Dis 2012; 16(2): 183-98
Sinônimos:
Siderofilina
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não necessário
– Coletar amostra em tubo gel;
– Aguardar 30 min para retração do coagulo;
– Realizar a centrifugação em 3.200 RPM por 12 min;
– Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interpretação:
A transferrina é o maior componente da fração beta globulina. É responsável pelo transporte do ferro para a medula óssea, onde as células precursoras de eritrócitos e de linfócitos possuem receptores de superfície para a transferrina.
Indicação:
Avaliação diagnóstica de anemia.
Interpretação clínica:
Está aumentada na deficiência crônica de ferro, podendo se alterar até antes dos níveis séricos do ferro. Entretanto, sua sensibilidade é limitada, uma vez que de 30 a 40% dos pacientes com anemia ferropriva crônica, podem ter transferrina normal. Deve ser interpretada junto com a capacidade total de ligação do ferro e com o índice de saturação da transferrina. Na anemia por deficiência de ferro aumenta a síntese da transferrina assim como a sua capacidade de ligação (capacidade ferropéxica total- CFP) e a saturação de transferrina calculada é baixa. Já na anemia por inflamação crônica há diminuição da síntese de transferrina e a capacidade ferropéxica (CFP) é reduzida e o percentual de saturação da transferrina é, geralmente, normal.
Sugestão de leitura complementar:
Andrews NC. Disorders of iron metabolism. New Eng J Med, 1999, 341 (26):1986-95.
Prakash D. Anemia in the ICU- Anemia of Chronic Disease Versus Anemia of Acute Illness. Crit Care Clin 2012; 28(3); 333-43
Wiess G, Goodnough LT. Anemia of chronic disease. N Engl J Med 2005; 352: 1011-23.
Sinônimos:
Triglicérides
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Manter dieta habitual nos 5 dias antes da coleta
– Este exame não necessita de jejum.
– Não ingerir bebidas alcoólicas 72 horas antes do exame.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Os Triglicérides ou gorduras neutras são ésteres de ácidos graxos com glicerol e representam a maior quantidade de gordura do organismo (95%), provenientes da dieta e do fígado. Quando provenientes da dieta sofrem digestão no duodeno e íleo proximal, são hidrolisados a glicerol e ácidos graxos livres pela ação de lipases e ácidos biliares e, após a absorção, são novamente sintetizados nas células epiteliais intestinais e combinados com colesterol e apolipoproteínas para formar quilomícrons, que, por sua vez, são transportados via ducto torácico para a circulação. Como são insolúveis no sangue, são transportados sob a forma de quilomícrons (triglicérides exógenos) ou VLDL (triglicérides endógenos). Apesar da controvérsia de seu papel na doença arteriosclerótica sua elevação, concomitante com a de colesterol é considerada fator de risco para doença arterial coronariana (DAC). Valores altos também são detectados na resistência insulínica, síndrome nefrótica e pancreatite. Acima de 2.000mg/dL, predispõe à pancreatite aguda. Também pode elevar-se em consequência do uso de medicamentos, como a prednisona. A hipertrigliceridemia pós-prandial é associada à elevação do risco de morbimortalidade cardiovascular, independente de níveis de triglicerídeos de jejum normais.
Indicações:
Avaliação das do metabolismo lipídico e das dislipidemias.
Interpretação clínica:
Os triglicérides estão elevados em: hiperlipoproteinemias tipos I, IIb, III, IV e V, deficiência da lipase lipoproteica familiar, deficiência do cofator da lipase lipoproteica (Apo C-II) disbetalipoproteinemia familiar, resistência insulínica, hipotireoidismo, síndrome nefrótica, obstruções biliares, cirrose, hepatites virais, pancreatite crônica, porfiria aguda intermitente e doenças de depósito de glicogênio, entre outras. Concentrações extremamente elevadas são encontradas na pancreatite aguda. Alguns alcoólatras têm hipertrigliceridemia, às vezes com níveis muito elevados, mas que normalizam com a abstinência. Os triglicérides estão diminuídos na hipolipoproteinemia e na betalipoproteinemia, hipertireoidismo, lactosúria, desnutrição, síndromes de má-absorção, linfangectasia intestinal e nas doenças do parênquima hepático em fase terminal.
Sugestão de leitura complementar:
Borge G. Nordestgaard; Marianne Benn; Peter Schnohr; et al. Nonfasting Triglycerides and Risk of Myocardial Infarction, Ischemic Heart Disease, and Death in Men and Women. JAMA 2007;298(3):299-308.
Sposito AC, Caramelli B, Fonseca FAH, Bertolami MC. IV Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Disponível em http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2007/IV_diretriz_DA.asp, consulta em 19 de julho de 2012.
Sinônimos:
Troponina cardíaca, cTnI, Troponina I
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Jejum não necessário
Recipiente:
Soro gel separador.
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
**** Importante ****
Volume mínimo de 540 uL
Interferente:
Hemólise
Interpretação:
As troponinas são constituídas por três diferentes proteínas (C, T e I) que estão presentes nos músculos esqueléticos e cardíaco, sendo importantes para o processo contrátil. A troponina I apresenta código genético e seqüência de aminoácidos específica, o que possibilita a sua identificação isolada, sendo útil no diagnóstico de infarto do miocárdio. No miocárdio, encontra-se fortemente ligada ao aparelho contrátil, cujos níveis plasmáticos, em condições normais, são extremamente baixos. A troponina I cardíaca, com peso molecular de 22,5 Kda e as suas duas isoformas de músculo esquelético possuem uma considerável homologia de sequência de aminoácidos, mas a cTnl contem uma sequência adicional de terminal-N altamente especifica para o miocárdio. A troponina I, ao contrário da troponina T, não se eleva em pacientes com insuficiência renal. Esse marcador tem sido apontado como o marcador de lesão miocárdica mais próximo do ideal, com valor prognóstico tanto no infarto como na angina instável. Microinfartos que cursam com os demais marcadores bioquímicos normais, podem apresentar níveis elevados de troponina. Para a Organização Mundial de Saúde, para o diagnóstico de IAM é necessária a presença de dois critérios, entre: precordialgia com duração igual ou superior a 30 minutos, alterações eletrocardiográficas compatíveis e alteração dos marcadores bioquímicos. E a troponina I é superior a qualquer outro marcador.
Indicações:
Marcador bioquímico do infarto do miocárdio com alta sensibilidade e especificidade, útil tanto no diagnóstico como no acompanhamento da evolução, além de ser um marcador prognóstico.
Interpretação clínica:
Após a ocorrência de dano cardíaco, a Troponina I é liberada no sangue de 4 a 6 horas após o início da dor. O padrão de liberação de Troponina I é similar à CK-MB, porém, enquanto os níveis de CK-MB retornam ao normal após 72 horas, a Troponina I permanece elevada por 6-10 dias, fornecendo assim uma janela maior para a detecção de dano cardíaco. Valores normais de Troponina excluem lesão miocárdica em pacientes com CK elevada. Apresenta sensibilidade de 33% nas primeiras duas horas, 50% entre 2 e 4 horas, 75% entre 4 e 8 horas, aproximando-se de 100% em oito horas após o início do quadro e até 6 dias. Sua especificidade aproxima-se de 100%. Comparando-se com a CK-MB, observa-se uma concordância de 85%. Avaliações seriadas de Troponina I são úteis no diagnóstico do infarto agudo do miocárdio (IAM), recomendando-se controles a cada 6 a 8 horas nas primeiras 48 horas após o início do quadro. No diagnóstico de IAM em pós-operatórios, quando os níveis de CK-MB podem estar elevados devido à lesão muscular a Troponina I é o único marcador cardíaco que não se altera nas lesões da musculatura cardíaca, sendo a mais específica para o diagnóstico: eleva-se entre 4 e 6 horas após o início do quadro, com pico após 10 a 24 horas, permanecendo elevada por 4 a 7 dias. Apresenta sensibilidade superior a 98% (no pico) e especificidade de 95%. A Troponina também pode estar elevada, em menores níveis, na angina instável, no trauma cardíaco, no transplante cardíaco, em cirurgias de revascularização miocárdica, insuficiência cardíaca e miocardite.
Sugestão de leitura complementar:
Antman, EM, Hand, M, Armstrong, PW, et al. 2007 focused update of the ACC/AHA 2004 Guidelines for the Management of Patients With ST-Elevation Myocardial Infarction: a report of the American College of Cardiology/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines (Writing Group to Review New Evidence and Update the ACC/AHA 2004 Guidelines for the Management of Patients With ST-Elevation Myocardial Infarction). J Am Coll Cardiol. 2008;51:210-47
Wilkins JT, Lloyd-Jones DM. Are novel serum biomarkers informative?
Med Clin North Am 2012; 96(1): 1-11
Sinônimos:
TSH, tireotropina , tireotrofina
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
– Jejum não necessário
– Informar medicamentos utilizados nos últimos 30 dias, em especial hormônios tireoidianos, amiodarona e glicocorticóides. – – Suspender o uso de suplementos com biotina, 3 dias antes da coleta deste exame.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
Quando a função hipotálamo-hipofisária está intacta, pequenas alterações nas concentrações dos hormônios tireoidianos livres resultam em grandes alterações nas concentrações séricas de TSH, tornando este o melhor indicador de alterações discretas da produção tireoidiana.
Indicações:
Avaliação da função tireoidiana.
Interpretação clínica:
TSH elevado geralmente é visto no hipotireoidismo, associado a T4livre baixo. Se o TSh está elevado com T4 livre ainda normal trata-se de quadr de hipotireoidismo sub clínico. O contráiro ocorre no hipertireoidismo, que cursa com TSH suprimido e T4 livre elevado. E, se T4 livre ainda está em ívei snormais e TSH claramente suprimido ou na faixa entre 0,1 e 04 ?UI/mL, trata-se de hipertireoidismo subclínico.
Na doença não tireoidiana menos grave, pode-se observar: TSH e T4 normais, T3 diminuído e T3 reverso elevado. No estágio mais severo: TSH normal ou baixo/suprimido, principalmente nos pacientes em uso de dopamina e glicocorticoides; T4 também diminui, e, na fase de recuperação, o TSH se eleva, voltando posteriormente, ao normal.
A insuficiência suprarrenal cursa com TSH elevado, que diminui após a reposição de corticosteroide. A anorexia nervosa cursa com TSH e T4L baixos.
São vários os medicamentos que podem interferir com dosagem do TSH. A maioria exerce interferência funcional, principalmente quando utilizados em 2 ou 3 associações. Alguns frequentemente usados, frequentemente aumentando TSH: amiodarona, beta bloqueadores (principalmente propranolol), carbamazepina, difenilhidantoina, espironolactona, fenobarbital, furosemida, lítio, medicamentos contendo iodo, metoclopramida e sulfonluréias, entre outros. Alguns que podem interferir diminuindo o TSH: ácdo acetil sallicílico, corticosteroides, agonistas dopaminérgicos, fenclofenaco, heparina, metformina, nifedipina, piridoxina e entre outros. Outros, podem interferir aumentando ou dimunuyindo-o, como anfetaminas e hormônios esteroides.
Sugestão de leitura complementar:
Garber JR, Cobin RH, Gharib H, et al. Clinical Practice Guidelines for Hypothyroidism in Adults: Cosponsored by the American Association of Clinical Endocrinologists and the American Thyroid Association. Thyroid. 2012; 22 (1): 1201-35.
Guber HA, Farag AF, Lo JS, Sharp JW. Evaluation of Endocrine Function. 21st ed.; 2007.
Sinônimos:
Nitrogênio uréico
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
A uréia é o metabólito quantitativamente mais importante do catabolismo das proteínas (principal fonte de excreção do nitrogênio) e da desaminação dos aminoácidos. Produzida no fígado, passa para a circulação onde é degradada em níveis intersticiais e eliminada pelo suor, pelo trato gastrointestinal e pelo rim. Livremente filtrada pelos glomérulos, dependendo do estado de hidratação, entre 40% a 80% de seu volume são reabsorvidos nos túbulos proximais. Sua concentração varia em indivíduos sadios, com influência de diversos fatores, como grau de hidratação, dieta protéica e função renal. É utilizada na avaliação do estado do funcionamento renal e, em conjunto com a creatinina plasmática, sua dosagem é de grande auxílio na diferenciação entre azotemia pré e pós-renal. Em comparação com a creatinina, a uréia tem maior variação de acordo com a dieta, eleva-se mais precocemente nos casos de insuficiência renal e não sofre influência da massa muscular. Glicocorticóides e hormônio tireoidiano (efeito catabólico protéico) tendem a aumentá-la, enquanto androgênios e hormônio de crescimento, por seus efeitos anabólicos, diminuem sua formação.
Indicações:
Seu uso clássico como parâmetro de avaliação da função renal vem sendo substituída pela dosagem de creatinina. No entanto, a elevação dos níveis de uréia é mais precoce que os de creatinina na insuficiência pré-renal, aumentando, precocemente na desidratação e, tambén, devido à influência do catabolismo protéico, aumento com as dietas hiperprotéicas, uso de esteróides, infecções, traumas e hemorragias digestivas. Nos pacientes que fazem uso de cefalosporinas, nos quais os valores de creatinina estão falsamente diminuídos, os níveis de uréia assumem maior importância na avaliação da função renal. Como é uma molécula rapidamente difusível, seus níveis séricos caem rapidamente após a diálise, sendo útil no controle dessa terapia. A uréia também tem o seu papel no acompanhamento do suporte nutricional. A relação uréia/creatinina no soro pode ser bom indicador de ritmo de catabolismo protéico.
Interpretação clínica:
Os níveis séricos de uréia se elevam na insuficiência renal, sendo que naquelas de origem pré-renal, a uréia se eleva mais que a creatinina. Uremia pré-renal (função renal normal), produção elevada de uréia ou diminuição do fluxo sanguíneo: catabolismo proteico aumentado, choque traumático ou hemorrágico, desidratação, cetoacidose, vômitos, diarréia, queimaduras, insuficiência cardíaca congestiva, infarto agudo do miocárdio, hemorragias do trato gastrintestinal, quadros neurológicos agudos, insuficiência adrenal, infecções, toxemia e perda de massa muscular. Uremia renal, doença renal intrínseca: glomerulonefrite aguda, nefrite crônica, rim policístico, nefroesclerose, necrose tubular aguda, pielonefrite, doença tubular aguda ou crônica ou lesão parenquimatosa difusa. Uremia pós-renal (reabsorção da uréia), obstrução do fluxo renal: obstrução do trato urinário por cálculo, obstrução extrínseca, tumores de bexiga, tumores ou hipertrofia de próstata ou defeitos congênitos de bexiga ou uretra.
Níveis baixos de uréia são observados no final da gestação, na infância, na administração endovenosa excessiva de líquidos, na insuficiência hepática grave, na síndrome de secreção inapropriada de ADH, na acromegalia e na doença celíaca devido a menor absorção protéica intestinal.
Sinônimos:
Vitamina D Total, vit D3 + D2, 25 OHD
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Preparo:
Este exame não necessita de jejum.
Recipiente:
Tubo seco ou gel separador
Coleta:
Realizar coleta utilizando material e recipiente adequados. Aguardar 30 min para retração completa do coágulo. Centrifugar a amostra a 3200 rpm por 12 minutos e acondicionar corretamente.
Interpretação:
É o metabólito utilizado para a determinação de suficiência de vitamina D (VD) por ser o metabólito mais abundante e estável. Sua meia vida é de 2 a 3 semanas e a regulação de sua hidroxilação hepática é pobremente regulada pelo fígado, de modo que os níveis circulantes refletem diretamente a VD ingerida e/ou sintetizada na pele. Por outro lado a 25 OHD tem alta variabilidade intra individual, de até 40,3%, e seus níveis séricos são altamente dependentes de fatores ambientais e da exposição direta aos raios UVB. Também é vista heterogeneidade entre grupos raciais quanto às manifestações da deficiência de VD, devido a polimorfismos da proteína ligadora de VD (DBP), a principal proteína ligadora da VD da qual dependem suas concentrações séricas.
Vários fatores podem interferir na dosagem da VD e devem ser levados em consideração quando da sua interpretação. Mulheres em uso de anticoncepcionais orais podem ter níveis elevados devido à maior produção de DBP. Por outro lado os níveis de DBP podem estar diminuídos em estados hipoproteinêmicos, como na síndrome nefrótica. A absorção de VD pode estar diminuída em pacientes com doenças hepáticas, biliares ou gastrointestinais, por diminuição de absorção e produção inadequada de bile. Medicações como colestiramina e laxativos à base de óleos minerais podem inibir a absorção de VD. Anticonvulsivantes inibem estimulam as enzimas hepáticas com aumento do metabolismo e excreção.
Indicações:
Avaliação da deficiência de vitamina D
Interpretação clínica:
– VD inferior a 10 ng/mL indica deficiência e predispõe a osteoporose e osteomalácia. – Acima de 16 ng/mL supre as necessidades de 50% da população e acima de 20 ng/mL supre as necessidades de 97,5% da população, segundo o Institute of Medicine (IOM). Devem ser correlacionados com dados de anamnese, exame físico, exames complementares de avaliação do metabolismo do cálcio e, nos indivíduos com fatores de risco, com a densitometris óssea.
– Níveis entre 20 e 32 ng/mL são os que se correlacionam com melhor absorção intestinal de cálcio e menores níveis de PTH. No entanto é importante ressaltar que a VD pode já estar baixa antes que se desenvolva o hiperparatireoidismo secundário e que alguns pacientes mantém o PTH ainda dentro dos valores de referência.
– A Endocrine society recomenda entre 30 e 100 ng/mL como o ideal. É o intervalo que apresenta melhor correlacao com a absorcao de calcio, densidade mineral ossea e niveis de PTH. Como garantia de suficiência, em função da grande variabilidade entre métodos e interindividual, recomenda-se que se procure manter a VD em torno de 40 ng/mL em cada indivíduo. Deve-se ressaltar que alguns indivíduos podem apresentar hipercalciúria acima de 70 a 75 jng/mL e, portanto, se acima desse nível a VD deve ser monitorada cuidadosamente.
– Acima de 150 ng/mL é passível de causar intoxicação.
Sugestão de leitura complementar:
Holick MF, Binkley NC, Bischoff-Ferrari HA, Gordon CM, Hanley DA, Heaney RP, Murad MH, Weaver CM; Endocrine Society. Clinical Practice Guideline Evaluation, Treatment and Prevention of Vitamin D Deficiency: an Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab 2011; 96 (7): 1911-30.
Ross AC, Manson JE, Abrams SA, Aloia JF, Brannon PM, Clinton SK, Durazo-Arvizu RA, Gallagher JC, Gallo RL, Jones G, Kovacs CS, Mayne ST, Rosen CJ, Shapses SA. The 2011
Report on dietery Reference Intakes for Calcium and Vitamin D from the Institute of Medicine: what Clinicians Need to Know. J Clin endocrinol Metab 2009; 96 (1): 1-6.
Sinônimos:
Filoquinona, fitonadiona, coagulação, hepatopatias
Instruções:
Informações de preparo e coleta
– Jejum não necessário
– Não ingerir bebida alcoólica nas últimas 24 horas.
– Informar medicamentos em uso.
– Mínimo de 2,0 mL de soro congelado.
– Enviar a amostra em tubo âmbar.
Analito a ser analisado:
Vitamina K1
Interpretação:
Uso:
Teste indicado para investigação de deficiência de vitamina K. Sendo uma vitamina lipossolúvel, sua absorção depende da emulsificação das gorduras no trato digestivo. Várias situações podem ser acompanhadas de deficiência de vitamina K, tais como má absorção intestinal de gorduras, bloqueio do fluxo biliar, vigência de antibioticoterapia e período neo-natal.
Sinônimos:
VHS
Instruções:
Informações de preparo e coleta
Orientações de coleta:
1 – Recomendado evitar dieta rica em gordura antes da coleta;
2 – Coletar amostra no tubo com EDTA;
3 – Encaminhar amostra sob refrigeração, de 2ºC a 8ºC.
4 – Evitar o contato direto com o gelo.
Interpretação:
É um exame sensível, mas pouco específico dos processos inflamatórios. Ainda é solicitado, mais por costume do que por sua real utilidade e vem sendo substituído por outros marcadores mais específicos de inflamação.
Indicações:
Marcador pouco específico de atividades infecciosas inespecíficas, estados inflamatórios, doenças autoimunes e reumáticas.
Interpretação clínica:
Eleva-se nos processos inflamatórios agudos e crônicos, nas lesões e destruição tecidual, sendo utilizado no controle evolutivo das doenças reumáticas ou crônicas.